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Hillary pressiona Índia a restringir petróleo iraniano

O Irã é o segundo maior fornecedor de energia para a Índia

A questão causa irritação nas relações indo-americanas (Evaristo Sa/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2012 às 14h12.

Kolkata - A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton , intensificou na segunda-feira a pressão sobre a aliada Índia para que reduza ainda mais a importação de petróleo iraniano, sinalizando que isso seria uma condição para isentar Nova Délhi contra sanções financeiras.

O Irã é o segundo maior fornecedor de energia para a Índia. Publicamente, o governo local rejeita as sanções ocidentais, mas reservadamente tem pressionado suas refinarias a reduzirem suas importações do Irã entre 15 e 20 por cento.

A questão causa irritação nas relações indo-americanas. Nova Délhi não quer passar a impressão de se curvar demais à pressão dos EUA, e não quer depender demais do petróleo saudita.

Em visita à cidade indiana de Kolkata (ex-Calcutá), Hillary disse que os EUA desejam endurecer as sanções econômicas ao Irã para obrigar o país a retomar as negociações sobre o seu programa nuclear. O Ocidente suspeita que o Irã esteja tentando desenvolver armas nucleares, algo que a República Islâmica nega.

"Achamos que a Índia, como um país que entende a importância de tentar usar a diplomacia para tentar resolver essas ameaças difíceis, está certamente trabalhando para reduzir suas aquisições de petróleo iraniano", afirmou ela. "Saudamos os passos dados até agora. Esperamos que façam ainda mais." Hillary, que horas depois se reuniria em Délhi com o primeiro-ministro Manmohan Singh, disse que a Arábia Saudita, o Iraque e outras nações petrolíferas estão elevando sua oferta para compensar a eventual perda do fornecimento iraniano.

"Se não houvesse possibilidade de a Índia ir ao mercado e atender a suas necessidades, iríamos entender. Mas acreditamos que há um fornecimento adequado e que há formas de a Índia continuar atendendo às suas exigências energéticas." Ela disse que os EUA decidirão daqui "a cerca de dois meses" sobre isentar ou não a Índia de sanções norte-americanas contra países que importam petróleo do Irã. Em março, Washington concedeu essas isenções ao Japão e a dez países da União Europeia, que haviam reduzido suas importações de petróleo do Irã.

Uma autoridade indiana familiarizada com o processo havia anteriormente manifestado a expectativa de que Hillary fosse anunciar a isenção durante a sua visita de três dias.

Mas um funcionário norte-americano disse no domingo que Carlos Pascual, enviado especial dos EUA que negocia com países importadores do petróleo iraniano, deve visitar a Índia em meados de maio para discutir a questão.

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Kolkata - A secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton , intensificou na segunda-feira a pressão sobre a aliada Índia para que reduza ainda mais a importação de petróleo iraniano, sinalizando que isso seria uma condição para isentar Nova Délhi contra sanções financeiras.

O Irã é o segundo maior fornecedor de energia para a Índia. Publicamente, o governo local rejeita as sanções ocidentais, mas reservadamente tem pressionado suas refinarias a reduzirem suas importações do Irã entre 15 e 20 por cento.

A questão causa irritação nas relações indo-americanas. Nova Délhi não quer passar a impressão de se curvar demais à pressão dos EUA, e não quer depender demais do petróleo saudita.

Em visita à cidade indiana de Kolkata (ex-Calcutá), Hillary disse que os EUA desejam endurecer as sanções econômicas ao Irã para obrigar o país a retomar as negociações sobre o seu programa nuclear. O Ocidente suspeita que o Irã esteja tentando desenvolver armas nucleares, algo que a República Islâmica nega.

"Achamos que a Índia, como um país que entende a importância de tentar usar a diplomacia para tentar resolver essas ameaças difíceis, está certamente trabalhando para reduzir suas aquisições de petróleo iraniano", afirmou ela. "Saudamos os passos dados até agora. Esperamos que façam ainda mais." Hillary, que horas depois se reuniria em Délhi com o primeiro-ministro Manmohan Singh, disse que a Arábia Saudita, o Iraque e outras nações petrolíferas estão elevando sua oferta para compensar a eventual perda do fornecimento iraniano.

"Se não houvesse possibilidade de a Índia ir ao mercado e atender a suas necessidades, iríamos entender. Mas acreditamos que há um fornecimento adequado e que há formas de a Índia continuar atendendo às suas exigências energéticas." Ela disse que os EUA decidirão daqui "a cerca de dois meses" sobre isentar ou não a Índia de sanções norte-americanas contra países que importam petróleo do Irã. Em março, Washington concedeu essas isenções ao Japão e a dez países da União Europeia, que haviam reduzido suas importações de petróleo do Irã.

Uma autoridade indiana familiarizada com o processo havia anteriormente manifestado a expectativa de que Hillary fosse anunciar a isenção durante a sua visita de três dias.

Mas um funcionário norte-americano disse no domingo que Carlos Pascual, enviado especial dos EUA que negocia com países importadores do petróleo iraniano, deve visitar a Índia em meados de maio para discutir a questão.

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