Exame Logo

Guerra na Ucrânia pode cortar PIB global em 1 p. p. em 2022, diz OCDE

A entidade com sede em Paris também estima que a inflação no mundo poderá ficar pelo menos dois pontos porcentuais mais alta este ano do que estaria em um cenário sem o confronto bélico no Leste Europeu

Economia internacional: A OCDE ressalta que a guerra expôs a importância de minimizar a dependência da importações da Rússia (Serviços de Imprensa da Presidência Ucraniana/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de março de 2022 às 11h49.

O conflito decorrente da invasão da Ucrânia pela Rússia reduzirá o crescimento do Produto Interno Bruto ( PIB) global em mais de um ponto porcentual (p.p.) em 2022, calcula a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), em relatório sobre o impacto econômico da guerra.

A entidade com sede em Paris também estima que a inflação no mundo poderá ficar pelo menos dois pontos porcentuais mais alta este ano do que estaria em um cenário sem o confronto bélico no Leste Europeu.

Veja também

"O aperto no fornecimento de commodities resultante desta guerra está exacerbando os gargalos na cadeia de suprimentos causados pela pandemia, que provavelmente pesarão sobre consumidores e negócios por algum tempo", avalia o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.

Para a Organização, medidas temporárias e direcionadas de apoio fiscal serão necessárias para amortecer o impacto imediato da crise. Políticas no total de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) devem ser suficientes para mitigar substancialmente o impacto econômico sem aumentar consideravelmente a inflação, acrescenta a instituição.

A OCDE ressalta que a guerra expôs a importância de minimizar a dependência da importações da Rússia, diversificar fontes de energia e acelerar a transição de combustíveis fósseis para alternativas renováveis.

"Ainda não sabemos como a guerra vai se desenrolar totalmente, mas sabemos que isso prejudicará a recuperação global e elevará ainda mais a inflação", analisa a vice-secretária-geral e economista-chefe da OCDE, Laurence Boone.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraGuerrasOCDEPIBRússiaUcrânia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame