Guardia está praticamente certo para substituir Meirelles, dizem fontes
Segundo fonte palaciana, faltam apenas detalhes e Temer não bateu o martelo ainda porque Meirelles não decidiu quando efetivamente deixará o ministério
Reuters
Publicado em 28 de março de 2018 às 18h24.
Última atualização em 29 de março de 2018 às 16h09.
Brasília - O presidente Michel Temer praticamente fechou a indicação de Eduardo Guardia , secretário-executivo do Ministério da Fazenda , para substituir Henrique Meirelles no cargo assim que o ministro decidir pela desincompatibilização, disseram à Reuters fontes governistas.
Segundo uma fonte palaciana, faltam apenas detalhes e Temer não bateu o martelo ainda porque Meirelles não decidiu quando efetivamente deixará o ministério.
O presidente estuda também outras alterações na equipe econômica, a principal delas, deslocar Dyogo Oliveira, hoje ministro do Planejamento, para comandar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
"O presidente não bateu o martelo ainda, mas está se debatendo essa ideia. A intenção é mudar o perfil de atuação do banco. O Dyogo tem um perfil interessante para reposicionar o BNDES. O presidente tem o desejo de fazer essa mexida", disse a fonte palaciana.
Se a mudança for feita, Mansueto de Almeida, Secretário de Acompanhamento Fiscal da Fazenda --e outro nome que era considerado para o lugar de Meirelles-- assumiria o Planejamento.
Uma terceira fonte, que também pediu para não ser identificada, afirmou que Dyogo não teria intenção de deixar o Planejamento mas iria para o BNDES "se o presidente Temer quiser".
Os nomes de Guardia e Mansueto foram indicados a Temer por Meirelles. O presidente disse ao ministro que poderia indicar seu sucessor na pasta ao sair para fazer parte do projeto político do MDB para as eleições.
O secretário de Acompanhamento Fiscal teria mais trânsito no Congresso, mas Guardia é o nome preferido por Meirelles e não há qualquer resistência por parte de Temer.
Meirelles anunciou na véspera que irá se filiar ao MDB na próxima terça-feira e decidir na semana que vem se disputará as eleições deste ano. Para concorrer no pleito, os ocupantes de cargos no Executivo precisam deixar seus postos até 7 de abril.
(Reportagem acidional de Marcela Ayres)