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Grécia retorna ao mercado e turistas voltam ao país

Após voltar aos mercados de bônus, o país registrou um ano recorde para o turismo e prevê um 2014 ainda mais forte

Barco em uma praia na Grécia: além de gerar receita, o turismo também é uma grande fonte de investimento para um país mediterrâneo sem recursos (Uriel Sinai/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2014 às 15h22.

Atenas - O bem-sucedido retorno da Grécia aos mercados de bônus é a mais recente de uma série de “mensagens positivas” para a economia, assim como o fato de o país ter registrado um ano recorde para o turismo e prever um 2014 ainda mais forte, disse a ministra do Turismo da Grécia, Olga Kefalogianni.

“Deixamos as grandes dificuldades para trás”, disse Kefalogianni, ontem, em entrevista. “A tendência agora está mudando e veremos a economia grega começar a se recuperar neste ano”.

O primeiro-ministro Antonis Samaras chamou a indústria do turismo, que responde por um sexto do produto interno bruto, de “a primeira locomotiva que começou a empurrar nossa economia para fora de uma dolorosa recessão de seis anos”.

A Grécia recorreu de forma bem-sucedida a mercados de dívidas, na semana passada, pela primeira vez em quatro anos, vendendo 3 bilhões de euros (US$ 4 bilhões) em bônus de cinco anos.

A Grécia viu um recorde de 18 milhões de visitantes no ano passado, quando visitantes de mercados em crescimento, como a China e o Brasil, se somaram aos viajantes da Alemanha e do Reino Unido, que ignoraram as recentes imagens de um país conturbado. As projeções da indústria mostram que este ano irá superar o ritmo do ano passado, disse a ministra.

“As mensagens de todos os nossos mercados são extremamente positivas, o que nos dá a confiança de que 2014 será um novo ano recorde”, disse Kefalogianni. As projeções de seu ministério coincidem com estimativas da Associação Grega de Empresas de Turismo.

Mercados em recuperação

Tradicionais mercados de origem para o turismo grego, que haviam caído drasticamente nos últimos anos, começaram a se recuperar, disse Kefalogianni, com os números de reservas prévias da associação da indústria do país indicando que a Grécia pode esperar mais turistas do Reino Unido, da Alemanha e da França neste ano.


Os alemães são os visitantes mais frequentes do país, seguidos dos cidadãos do Reino Unido, da antiga república iugoslava da Macedônia, da França e da Rússia.

Em resposta à pergunta de se as visitas de turistas russos, que chegaram a 1,4 milhão no ano passado, seriam afetadas pelas tensões entre o país e a União Europeia por causa da Ucrânia, a ministra disse que “nos três primeiros meses de 2014, vimos um aumento de 12 por cento no número de vistos emitidos na Rússia, então eu diria que, no tocante à mensagem, ela é uma muito positiva”.

Além de gerar receita, o turismo também é uma grande fonte de investimento para um país mediterrâneo sem recursos. Parte do plano do governo de melhoria da infraestrutura está desenhado para ajudar a elevar a contribuição do turismo para o PIB do país, disse Kefalogianni.

Em dezembro, o Fundo de Desenvolvimento de Ativos da República Helênica da Grécia, encarregado de levantar dinheiro por meio da venda de ativos, escolheu o Jermyn Street Real Estate Fund IV como ofertante preferencial para a Astir Palace Vouliagmenis SA, uma operadora de resorts de luxo de propriedade do Banco Nacional da Grécia. O Jermyn Street ofereceu 400 milhões de euros por 90 por cento da empresa.

Resort de turismo

Em janeiro, o fundo aceitou a oferta da NCH Capital para construir um resort de turismo na ilha de Corfu. A NCH, com sede em Nova York, pagará 23 milhões de euros pelo arrendamento e investirá 75 milhões de euros para desenvolver um hotel, uma marina e casas privadas de temporada. O negócio marcou o primeiro investimento estrangeiro em terras do Estado em 15 anos.

Em março, a Oaktree Capital Group LLC estabeleceu uma joint venture com a proprietária grega de hotéis Sani SA para administrar até seis resorts de luxo. “É muito positivo para a Grécia que um fundo tão grande quanto a Oaktree” escolha investir no país agora, disse o presidente da Sani, Stavros Andreadis, por telefone. “Isso confirma a confiança do investidor na Grécia”.

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“Deixamos as grandes dificuldades para trás”, disse Kefalogianni, ontem, em entrevista. “A tendência agora está mudando e veremos a economia grega começar a se recuperar neste ano”.

O primeiro-ministro Antonis Samaras chamou a indústria do turismo, que responde por um sexto do produto interno bruto, de “a primeira locomotiva que começou a empurrar nossa economia para fora de uma dolorosa recessão de seis anos”.

A Grécia recorreu de forma bem-sucedida a mercados de dívidas, na semana passada, pela primeira vez em quatro anos, vendendo 3 bilhões de euros (US$ 4 bilhões) em bônus de cinco anos.

A Grécia viu um recorde de 18 milhões de visitantes no ano passado, quando visitantes de mercados em crescimento, como a China e o Brasil, se somaram aos viajantes da Alemanha e do Reino Unido, que ignoraram as recentes imagens de um país conturbado. As projeções da indústria mostram que este ano irá superar o ritmo do ano passado, disse a ministra.

“As mensagens de todos os nossos mercados são extremamente positivas, o que nos dá a confiança de que 2014 será um novo ano recorde”, disse Kefalogianni. As projeções de seu ministério coincidem com estimativas da Associação Grega de Empresas de Turismo.

Mercados em recuperação

Tradicionais mercados de origem para o turismo grego, que haviam caído drasticamente nos últimos anos, começaram a se recuperar, disse Kefalogianni, com os números de reservas prévias da associação da indústria do país indicando que a Grécia pode esperar mais turistas do Reino Unido, da Alemanha e da França neste ano.


Os alemães são os visitantes mais frequentes do país, seguidos dos cidadãos do Reino Unido, da antiga república iugoslava da Macedônia, da França e da Rússia.

Em resposta à pergunta de se as visitas de turistas russos, que chegaram a 1,4 milhão no ano passado, seriam afetadas pelas tensões entre o país e a União Europeia por causa da Ucrânia, a ministra disse que “nos três primeiros meses de 2014, vimos um aumento de 12 por cento no número de vistos emitidos na Rússia, então eu diria que, no tocante à mensagem, ela é uma muito positiva”.

Além de gerar receita, o turismo também é uma grande fonte de investimento para um país mediterrâneo sem recursos. Parte do plano do governo de melhoria da infraestrutura está desenhado para ajudar a elevar a contribuição do turismo para o PIB do país, disse Kefalogianni.

Em dezembro, o Fundo de Desenvolvimento de Ativos da República Helênica da Grécia, encarregado de levantar dinheiro por meio da venda de ativos, escolheu o Jermyn Street Real Estate Fund IV como ofertante preferencial para a Astir Palace Vouliagmenis SA, uma operadora de resorts de luxo de propriedade do Banco Nacional da Grécia. O Jermyn Street ofereceu 400 milhões de euros por 90 por cento da empresa.

Resort de turismo

Em janeiro, o fundo aceitou a oferta da NCH Capital para construir um resort de turismo na ilha de Corfu. A NCH, com sede em Nova York, pagará 23 milhões de euros pelo arrendamento e investirá 75 milhões de euros para desenvolver um hotel, uma marina e casas privadas de temporada. O negócio marcou o primeiro investimento estrangeiro em terras do Estado em 15 anos.

Em março, a Oaktree Capital Group LLC estabeleceu uma joint venture com a proprietária grega de hotéis Sani SA para administrar até seis resorts de luxo. “É muito positivo para a Grécia que um fundo tão grande quanto a Oaktree” escolha investir no país agora, disse o presidente da Sani, Stavros Andreadis, por telefone. “Isso confirma a confiança do investidor na Grécia”.

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