Economia

Grécia pode precisar de novos empréstimos, diz FMI

A dívida do país ainda não pode ser considerada sustentável, mesmo após recentes medidas de alívio


	Bandeiras da União Europeia e Grécia: a zona do euro quer fazer com que a dívida do país seja cortada em 1,4% do PIB no ano que vem
 (Oli Scarff/Getty Images)

Bandeiras da União Europeia e Grécia: a zona do euro quer fazer com que a dívida do país seja cortada em 1,4% do PIB no ano que vem (Oli Scarff/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2013 às 16h01.

Nova York - A Grécia pode precisar de mais favores dos parceiros europeus mesmo na forma de empréstimos subsidiados, ou perdão de dívida de dívida total, de modo que a enorme dívida do país retorne para níveis sustentáveis, apesar das medidas de alívio da dívida recentes, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Na sua mais recente revisão do programa de empréstimos da Grécia, o FMI disse que as recentes medidas de alívio da dívida não restauraram totalmente a sustentabilidade da dívida da Grécia e alguma combinação de um corte do principal da dívida e redução adicional das taxas de juros sobre os empréstimos será necessária.

O FMI disse também que, se os riscos de queda para o programa grego se materializarem, um alívio adicional da dívida exigirá cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) por ano, cerca de 6 bilhões de euros (US$ 8 bilhões) em transferências fiscais entre 2013 e 2020. Isso poderá incluir taxas de juros próximas a zero sobre os empréstimos governamentais bilaterais para a Grécia e empréstimos por meio da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, em inglês), o fundo de resgate temporário da zona do euro.

Alternativamente, isso exigirá uma redução do principal da dívida de cerca de 25% dos empréstimos da EFSF, empréstimos do governo e os bônus governamentais detidos pelo Banco Central Europeu (BCE), acrescentou o relatório.

O Fundo disse que uma recente recompra de bônus pela Grécia, que cortou 20,6 bilhões de euros da dívida da Grécia, mais economias de taxas de juros menores e períodos de pagamentos mais longos sobre os empréstimos existentes reduzirão a dívida em um total de 16% da produção econômica até 2020, mas isso "não é o suficiente para restaurar a sustentabilidade da dívida".


As medidas recentes levarão a dívida da Grécia para 128% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, acima dos níveis estabelecidos como sustentáveis pelo FMI e parceiros da Grécia na zona do euro em dezembro. A zona do euro se comprometeu em cortar a dívida em 1,4% do PIB em 2014 e adotar medidas extras em 2015 para levar a dívida grega para 124% em 2020 e abaixo de 110% do PIB em 2022.

O FMI aprovou na quarta-feira um adiamento de um pagamento de empréstimo de 3,3 bilhões de euros à Grécia. As informações são da Dow Jones.

Acompanhe tudo sobre:Crise gregaEuropaFMIGréciaPiigsUnião EuropeiaZona do Euro

Mais de Economia

Após pedido do governo, Zanin suspende liminar que reonera a folha de pagamentos por 60 dias

Haddad: governo anuncia na próxima semana medidas sobre impacto e compensação da desoneração

Fiergs pede ao governo Lula flexibilização trabalhista e novas linhas de crédito ao RS

É possível investir no exterior morando no Brasil?

Mais na Exame