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Grécia, Chipre e supervisão bancária na reunião da Eurozona

O objetivo deste ajuste, cujos primeiros resultados serão conhecidos dia 13 de dezembro na reunião europeia, é reduzir a dívida grega a 124% do PIB para 2020

O comissário europeu para Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn: Na terça, os ministros dos 27 países da UE tentarão avançar na regulação do setor bancário europeu (©AFP / Georges Gobet)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 17h35.

Atenas - A Grécia iniciou nesta segunda-feira a delicada operação para a recompra da dívida, cujos resultados dependem, em parte, da prorrogação do apoio financeiro da UE e do FMI, e que será examinada pela zona do euro em Bruxelas, juntamente com o resgate de Chipre e a supervisão bancária.

Os ministros de Finanças da zona euro se reúnem nesta tarde para estudar os detalhes da operação grega iniciada nesta segunda-feira para a recompra da dívida em mãos privadas.

O objetivo deste ajuste, cujos primeiros resultados serão conhecidos dia 13 de dezembro na reunião europeia, é reduzir a dívida grega a 124% do PIB para 2020, assim como acordou o Eurogrupo na última reunião, feita há uma semana em Bruxelas.

O êxito da recompra depende do desbloqueio, esperado para dia 13 de dezembro, de novos fundos de empréstimo concedido pela UE e pelo FMI ao país, congelados desde junho, para evitar que este declare a suspensão dos pagamentos.

Os credores privados que desejarem participar do intercâmbio voluntário receberão até 10 bilhões de euros em títulos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

Os tomadores de dívida afetados têm o prazo de até 7 de dezembro para participar desta operação, que será concluída 10 dias depois.

A operação engloba 20 linhas de sua dívida que vencem entre 2023 e 2042, por um montante global de 62,3 bilhões de euros e que estão em mãos de credores privados do país. Em março passado, os credores privados perdoaram 107 bilhões de euros de dívida em seus ativos.


Analistas esperam o perdão de cerca de 20 bilhões de euros em dívida grega nesta transação.

O Estado grego planeja recomprar no mínimo de 30,2% a 38,1% do valor e um máximo entre 32,2% a 40,1%, dependendo do vencimento dos títulos.

O FMI anunciou que vai aguardar os resultados da operação para decidir se irá desbloquear sua cota de crédito concedido a Atenas. O comissário europeu para Assuntos Monetários, Olli Rehn, disse na sexta-feira que está confiante de que a ajuda será entregue, o que deu a entender que ao menos os europeus o farão.

Enquanto isso, o ministro grego das Finanças Yannis Sturnaras, disse na sexta-feira que o país tem um "dever patriótico" para acabar com esta operação com sucesso em um apelo implícito aos bancos gregos para que participem.

O rendimento pago pelos títulos de 10 anos gregos no mercado da dívida na segunda-feira foi o menor desde a reestruturação do mesmo em março. Por volta de 10H00 GMT (08H00 de Brasília), a taxa situou-se em 14,670% contra 16,131% no fechamento de sexta-feira.

O Eurogrupo também vai discutir o resgate de Chipre, para chegar a uma "decisão final o mais rápido possível", disse Rehn, antes de alertar que ainda há muito trabalho a fazer.

"O problema é que, atualmente, não existe uma visão real das necessidades da ilha", confidenciou um diplomata europeu, que espera uma "apresentação completa e transparente da situação econômica em Chipre".

Na terça-feira, os ministros dos 27 países da União Europeia tentarão avançar na regulação do setor bancário europeu através da criação de um organismo supervisor fiscal único para o euro, ligado ao Banco Central Europeu, e através dos acordos finais sobre o marco regulador " Basileia III ", cuja entrada em vigor em 1º de janeiro de 2013 tem gerado dúvidas.

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Atenas - A Grécia iniciou nesta segunda-feira a delicada operação para a recompra da dívida, cujos resultados dependem, em parte, da prorrogação do apoio financeiro da UE e do FMI, e que será examinada pela zona do euro em Bruxelas, juntamente com o resgate de Chipre e a supervisão bancária.

Os ministros de Finanças da zona euro se reúnem nesta tarde para estudar os detalhes da operação grega iniciada nesta segunda-feira para a recompra da dívida em mãos privadas.

O objetivo deste ajuste, cujos primeiros resultados serão conhecidos dia 13 de dezembro na reunião europeia, é reduzir a dívida grega a 124% do PIB para 2020, assim como acordou o Eurogrupo na última reunião, feita há uma semana em Bruxelas.

O êxito da recompra depende do desbloqueio, esperado para dia 13 de dezembro, de novos fundos de empréstimo concedido pela UE e pelo FMI ao país, congelados desde junho, para evitar que este declare a suspensão dos pagamentos.

Os credores privados que desejarem participar do intercâmbio voluntário receberão até 10 bilhões de euros em títulos do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF).

Os tomadores de dívida afetados têm o prazo de até 7 de dezembro para participar desta operação, que será concluída 10 dias depois.

A operação engloba 20 linhas de sua dívida que vencem entre 2023 e 2042, por um montante global de 62,3 bilhões de euros e que estão em mãos de credores privados do país. Em março passado, os credores privados perdoaram 107 bilhões de euros de dívida em seus ativos.


Analistas esperam o perdão de cerca de 20 bilhões de euros em dívida grega nesta transação.

O Estado grego planeja recomprar no mínimo de 30,2% a 38,1% do valor e um máximo entre 32,2% a 40,1%, dependendo do vencimento dos títulos.

O FMI anunciou que vai aguardar os resultados da operação para decidir se irá desbloquear sua cota de crédito concedido a Atenas. O comissário europeu para Assuntos Monetários, Olli Rehn, disse na sexta-feira que está confiante de que a ajuda será entregue, o que deu a entender que ao menos os europeus o farão.

Enquanto isso, o ministro grego das Finanças Yannis Sturnaras, disse na sexta-feira que o país tem um "dever patriótico" para acabar com esta operação com sucesso em um apelo implícito aos bancos gregos para que participem.

O rendimento pago pelos títulos de 10 anos gregos no mercado da dívida na segunda-feira foi o menor desde a reestruturação do mesmo em março. Por volta de 10H00 GMT (08H00 de Brasília), a taxa situou-se em 14,670% contra 16,131% no fechamento de sexta-feira.

O Eurogrupo também vai discutir o resgate de Chipre, para chegar a uma "decisão final o mais rápido possível", disse Rehn, antes de alertar que ainda há muito trabalho a fazer.

"O problema é que, atualmente, não existe uma visão real das necessidades da ilha", confidenciou um diplomata europeu, que espera uma "apresentação completa e transparente da situação econômica em Chipre".

Na terça-feira, os ministros dos 27 países da União Europeia tentarão avançar na regulação do setor bancário europeu através da criação de um organismo supervisor fiscal único para o euro, ligado ao Banco Central Europeu, e através dos acordos finais sobre o marco regulador " Basileia III ", cuja entrada em vigor em 1º de janeiro de 2013 tem gerado dúvidas.

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