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Grã-Bretanha corta pela metade previsão de crescimento

O ministro das Finanças, George Osborne, também informou a redução da projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, a 1,8%, frente aos 2% previstos em dezembro

Grã-Bretanha: a relação dívida pública/PIB só começará a diminuir a partir de 2017/2018, um ano depois do previsto, quando deveria situar-se nos 84,8%. (Philippe Lopez/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 15h42.

A Grã-Bretanha terá em 2013 um crescimento de 0,6%, e não de 1,2% como previram há três meses, informou nesta quarta-feira o ministro das Finanças, George Osborne, que atribuiu a redução a dificuldades econômicas internas e externas, principalmente na zona do euro.

Falando à Câmara dos Comuns, o ministro também informou a redução da projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, a 1,8%, frente aos 2% previstos em dezembro.

Além disso, informou que a relação dívida pública/PIB só começará a diminuir a partir de 2017/2018, um ano depois do previsto, quando deveria situar-se nos 84,8%.

"Apesar dos avanços realizados, ainda resta muito a ser feito e será preciso tomar decisões difíceis", afirmou.

Osborne, que apresentou assim seu quarto orçamento desde a chegada ao poder dos conservadores e dos liberais-democratas em 2010, verá sua tarefa comprometida por uma conjuntura cada vez mais degradada.

"A cada orçamento, Osborne chega à Câmara e as coisas ficam piores. Neste governo, as más notícias nunca acabam", criticou Ed Miliband, líder da oposição trabalhista.

Osborne atribuiu a piora das projeções às dificuldades econômicas internas e externas, em particular na zona do euro, principal destino das exportações britânicas, marcadas atualmente pela crise no Chipre.


"Os problemas no Chipre esta semana são uma nova prova de que a crise não acabou e que a situação continua sendo preocupante", enfatizou o ministro ante os Comuns.

Oborne se recusa terminantemente a fazer novos empréstimos para reativar o crescimento, tal como pede o ministro liberal-democrata do Comércio Vince Cable.

Dessa forma, vai financiar 3 bilhões em investimentos em infraestrutura graças aos novos cortes nos orçamentos dos ministérios, mesmo preservando os da Saúde e Educação.

Osborne anunciou, além disso, novas medidas em favor do acesso à propriedade para reativar o mercado imobiliário, e uma redução de um ponto percentual extra do imposto sobre sociedades, a 20%, para apoiar as empresas.

"Como se esperava, a mensagem central do orçamento é que o governo mantém de forma obstinada o rumo da austeridade, sem se preocupar com a fragilidade da economia (...) As medidas orçamentárias não terão grande efeito sobre a economia, de forma que a responsabilidade da reativação continua nas mãos do Banco Central da Inglaterra", opinou Vicky Redwood, da Capital Economics.

De fato, Osborne anunciou também uma revisão dos princípios do Banco da Inglaterra com o objetivo de que a "política monetária desempenhe um papel mais ativo para dar suporte à economia".

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A Grã-Bretanha terá em 2013 um crescimento de 0,6%, e não de 1,2% como previram há três meses, informou nesta quarta-feira o ministro das Finanças, George Osborne, que atribuiu a redução a dificuldades econômicas internas e externas, principalmente na zona do euro.

Falando à Câmara dos Comuns, o ministro também informou a redução da projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014, a 1,8%, frente aos 2% previstos em dezembro.

Além disso, informou que a relação dívida pública/PIB só começará a diminuir a partir de 2017/2018, um ano depois do previsto, quando deveria situar-se nos 84,8%.

"Apesar dos avanços realizados, ainda resta muito a ser feito e será preciso tomar decisões difíceis", afirmou.

Osborne, que apresentou assim seu quarto orçamento desde a chegada ao poder dos conservadores e dos liberais-democratas em 2010, verá sua tarefa comprometida por uma conjuntura cada vez mais degradada.

"A cada orçamento, Osborne chega à Câmara e as coisas ficam piores. Neste governo, as más notícias nunca acabam", criticou Ed Miliband, líder da oposição trabalhista.

Osborne atribuiu a piora das projeções às dificuldades econômicas internas e externas, em particular na zona do euro, principal destino das exportações britânicas, marcadas atualmente pela crise no Chipre.


"Os problemas no Chipre esta semana são uma nova prova de que a crise não acabou e que a situação continua sendo preocupante", enfatizou o ministro ante os Comuns.

Oborne se recusa terminantemente a fazer novos empréstimos para reativar o crescimento, tal como pede o ministro liberal-democrata do Comércio Vince Cable.

Dessa forma, vai financiar 3 bilhões em investimentos em infraestrutura graças aos novos cortes nos orçamentos dos ministérios, mesmo preservando os da Saúde e Educação.

Osborne anunciou, além disso, novas medidas em favor do acesso à propriedade para reativar o mercado imobiliário, e uma redução de um ponto percentual extra do imposto sobre sociedades, a 20%, para apoiar as empresas.

"Como se esperava, a mensagem central do orçamento é que o governo mantém de forma obstinada o rumo da austeridade, sem se preocupar com a fragilidade da economia (...) As medidas orçamentárias não terão grande efeito sobre a economia, de forma que a responsabilidade da reativação continua nas mãos do Banco Central da Inglaterra", opinou Vicky Redwood, da Capital Economics.

De fato, Osborne anunciou também uma revisão dos princípios do Banco da Inglaterra com o objetivo de que a "política monetária desempenhe um papel mais ativo para dar suporte à economia".

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