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Governo quer mostrar serviço em 30 dias

Com o presidente da República e seus ministros devidamente empossados, começa a execução do plano A do novo governo. Na cerimônia de transmissão da faixa presidencial, ontem (1/1), José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil, resumiu o que governo quer fazer: em um mês, mostrar ação em áreas críticas como combate à fome e segurança pública. […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

Com o presidente da República e seus ministros devidamente empossados, começa a execução do plano A do novo governo. Na cerimônia de transmissão da faixa presidencial, ontem (1/1), José Dirceu, ministro-chefe da Casa Civil, resumiu o que governo quer fazer: em um mês, mostrar ação em áreas críticas como combate à fome e segurança pública. A idéia é fazer isso sem descuidar da busca da estabilidade econômica. Assim, se o governo estiver em alta e a inflação em baixa, ficará mais fácil partir para as reformas desejadas, ao longo deste ano e de 2004.

A preocupação é preservar o maior patrimônio político do novo governo, que são o alto índice de apoio e as elevadas expectativas populares. Esse patrimônio é sólido como ouro nas negociações com o Congresso, que começam em fevereiro. Mas pode virar fumaça em meses, se o presidente e seu gabinete se deixarem absorver só pelas tarefas macroeconômicas, como o controle da inflação.

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Antônio Palocci, ministro da Fazenda e zelador do superávit nas contas públicas, sabe que as verbas para projetos sociais têm de aumentar. Elas não poderão ser retidas na boca do caixa. Seu parceiro nessa tarefa é Guido Mantega, ministro do Planejamento, que recusou o rótulo de cortador de despesas: Não é questão só de corte, é de como fazer o gasto. Como exemplo de gastos inteligentes, Mantega cita a execução de uma política industrial e uma política agrícola - inexistentes no governo que termina , segundo ele.

No front político, o PT e seus aliados dedicam-se a negociar, ao longo de janeiro, as Presidências da Câmara e do Senado. A Câmara está sintonizada com as necessidades de mudança, mas não dá para falar em uma agenda de votações antes de definirmos os presidentes no Congresso , afirmou o deputado João Paulo Cunha (PT-SP), líder de seu partido na Câmara e virtual candidato a presidir a Casa. Ao mesmo tempo, os ministros de cada área encaminham suas reformas. As discussões das reformas trabalhista, previdenciária e tributária têm de andar juntas. São um tripé da mudança que queremos, não dá para separa-las , disse Jaques Wagner, do Trabalho. Ele recomendará ao presidente Lula que retire do Senado a proposta de flexibilização da legislação trabalhista. Wagner quer um Fórum Nacional do Trabalho funcionando em até 90 dias, para que empresários e assalariados formulem uma nova proposta, a ser enviada ao Congresso até o início de 2004.

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