Economia

Governo faz superávit recorde de R$ 13 bilhões em março

Economia para pagar juros acumulada nos últimos doze meses equivale a 4,39% do PIB e está acima da meta para 2006

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h34.

O setor público consolidado, que inclui governo central, governos regionais e empresas estatais, chegou a um superávit primário de 13,2 bilhões de reais em março, recorde para o mês. O resultado acumulado no ano chega a 21bilhões de reais, ou 4,39% do Produto Interno Bruto (PIB) - abaixo dos 6,32%, ou 27,7 bilhões, registrados no mesmo trimestre de 2005.

De acordo com o Banco Central, o recorde alcançado em março foi possibilitado pelos números positivos de todos os setores. O governo central conseguiu superávit de 5,6 bilhões de reais, as empresas estatais, de 5,5 bilhões, e o s governos regionais, de 2,1 bilhões.

Nos últimos doze meses, a economia feita para pagar juros da dívida totalizou 86,8 bilhões de reais, ou 4,39% do PIB - acima, portanto, da meta de 4,25% fixada pelo governo para 2006. Contudo, o superávit não foi suficiente para pagar os juros nominais, que somaram, no mesmo período, 163,4 bilhões de reais. Com isso, o Brasil fechou março com um rombo nas contas de 76,6 bilhões de reais, ou 3,87% do PIB.

Considerados apenas os três primeiros meses de 2006, os juros nominais apropriados sobre a dívida chegaram a 44,2 bilhões de reais, cifra que gerou um déficit nominal de 23,2 bilhões de reais. Apenas em março a economia feita pelo setor público cobriu as taxas de juros - houve superávit de 286 milhões de reais.

Dívida

A dívida líquida do setor público, por sua vez, ficou em 1,021 trilhão de reais, equivalente a 51,7% do PIB. Na comparação com fevereiro, houve crescimento correspondente ao PIB de 0,2 ponto percentual.

Já a dívida mobiliária federal, excluindo-se o Banco Central, também somou 1,021 trilhão de reais, com um aumento de 11 bilhões em relação ao mês anterior. A estrutura de vencimento da dívida mostrou que a maior parcela dos títulos, 42,7% do total - ou 436, 5 bilhões -, vencerá depois de janeiro de 2008. Outros 29,8% dos títulos, no valor de 304,2 bilhões, têm prazo entre abril e dezembro de 2006, enquanto 27,5% vencem em 2007, com valor total de 280,5 bilhões de reais.

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