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Governo faz reestruturação interna para aproximar Alca e Mercosul

O governo está criando uma nova subsecretaria para tratar das negociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), assunto que até hoje cabia a Subsecretaria Geral de Assuntos de Integração Econômica e de Comércio Exterior - comandada pelo embaixador Clodoaldo Hugueney Filho e que tem como principal atividade acompanhar a Organização […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h51.

O governo está criando uma nova subsecretaria para tratar das negociações para a formação da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), assunto que até hoje cabia a Subsecretaria Geral de Assuntos de Integração Econômica e de Comércio Exterior - comandada pelo embaixador Clodoaldo Hugueney Filho e que tem como principal atividade acompanhar a Organização Mundial do Comércio.

O Ministério das Relações Exteriores negou a informação que o embaixador Hugueney Filho estaria sendo substituído pelo embaixador Álvaro Alencar - notícia divulgada nesta quinta-feira pela Folha de S.Paulo. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, Hugueney Filho está, na verdade, deixando a posição de co-presidente da Alca, posto para o qual Alencar chegou a ser cogitado, mas que será assumido pelo atual cônsul do Brasil em Buenos Aires, Adhemar Gabriel Bahadian.

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A reorganização interna está sendo efetuada para que as negociações da Alca sejam conduzidas "sob a ótica do Mercosul", informou a assessoria de imprensa do Itamaraty. A nova Subsecretaria Geral para América do Sul (SGAS) deverá ser comandada pelo embaixador Luiz Felipe de Macedo Soares Guimarães e será a responsável pelas negociações políticas e econômicas da região - o que significa que todas as discussões do Mercosul com outros blocos econômicos passa a ser da alçada da SGAS.

Dentro da SGAS, o departamento que conduzirá diretamente as negociações do Mercosul estará sob o comando do embaixador Alberto Simas, que hoje já é o chefe da representação brasileira nas reuniões da Alca.

Há dois dias, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, criticou o modo de negociação que vem sendo empregado na construção Alca. Amorim afirmou que da maneira como vêm sendo conduzidas, as discussões não garantem o atendimento aos interesses brasileiros.

O diplomata destacou dois perigos: a participação simultânea de mais de 30 países nas negociações e a pressão dos Estados Unidos para negociar somente temas de seu interesse - e empurrar os de interesse do Brasil para o âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). A forma de negociação da Alca será discutida no final de maio, quando vem ao Brasil o secretário de Comércio Exterior dos EUA, Robert Zoellick.

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