Exame Logo

Governo deve leiloar em 2021 campos de petróleo que "sobraram" em 2019

Governo está mais otimista com nova oferta; em 2019, campos de Sépia e Atapu não foram arrematados em meio a incertezas

Plataforma de petróleo: áreas da cessão onerosa foram exploradas pela Petrobras após um acordo que permite a extração de até 5 bilhões de barris, mas depois descobriu-se que havia mais petróleo na região (Germano Lüders/Exame)
R

Reuters

Publicado em 11 de junho de 2020 às 09h06.

Última atualização em 11 de junho de 2020 às 09h07.

A Ministério de Minas e Energia (MME) indicou nesta quarta-feira que os leilões dos volumes excedentes ao contrato de cessão onerosa das áreas do pré-sal de Sépia e Atapu devem acontecer no terceiro trimestre de 2021, após a publicação dos editais no segundo trimestre do próximo ano.

A apresentação da expectativa foi feita em evento reservado a representantes dos mifnistérios com assento no Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de acordo com nota publicada pelo ministério.

Veja também

"É um assunto bastante importante, principalmente agora que estamos discutindo a retomada econômica do país pós-pandemia. Acho que o leilão de Sépia e Atapu tem todas as condições para ser bem-sucedido", disse o ministro Bento Albuquerque.

Na apresentação, o MME reforçou toda a governança do projeto, instrumentos, métodos e processos que estão sendo utilizados.

O trabalho tem sido conduzido buscando não somente o atendimento ao Acórdão TCU nº 2430/2019, mas fundamentalmente a eliminação de incertezas, de modo a tornar o leilão o mais atrativo possível, segundo o ministro.

Prazos maiores para aprovação de regras de leilões de petróleo estabelecidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU) colaboraram para empurrar a oferta das duas áreas para 2021, enquanto o governo buscava uma melhor modelagem, incluindo um acordo de compensações à Petrobras, para definir a venda dos excedentes de Atapu e Sépia.

Os blocos não foram arrematados nos leilões do pré-sal no ano passado em meio a bônus de assinatura bilionários e incertezas sobre pagamentos à estatal.

Ao final de janeiro, o governo publicou que a PPSA deverá representar a União em negociações com a Petrobras para estabelecer o valor da compensação a ser paga à companhia por investimentos já realizados nas áreas de Sépia e Atapu.

As áreas da cessão onerosa foram exploradas pela Petrobras após um acordo em 2010, que permite a extração de até 5 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), mas depois descobriu-se que havia mais petróleo na região, o que levou à licitação de 2019.

Sépia e Atapu, duas de um total de quatro áreas ofertadas em novembro passado, foram as únicas em que a Petrobras não exerceu direito de preferência para ser operadora, uma garantia prevista em lei.

Acompanhe tudo sobre:Governo BolsonaroPetrobrasPetróleo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame