Governo coloca 13 aeroportos para privatização e exclui Congonhas
A concessão de Congonhas renderia pelo menos R$ 5,6 bi, mas por pressão do PR, o governo pisou no freio no processo de concessão do terminal
Reuters
Publicado em 25 de outubro de 2017 às 09h46.
Última atualização em 25 de outubro de 2017 às 10h02.
São Paulo - O governo federal incluiu mais 13 aeroportos no programa de desestatização, que deverão ser concedidos à iniciativa privada, mas deixou de fora o aeroporto de Congonhas, na capital paulista, de acordo com decreto presidencial publicado nesta quarta-feira no Diário Oficial da União.
A concessão de Congonhas renderia ao governo uma arrecadação de outorga de pelo menos 5,6 bilhões de reais, mas por pressão do Partido da República (PR), que comanda o Ministério dos Transportes e a Infraero, o governo pisou no freio no processo de concessão do terminal.
O governo incluiu na lista para futura concessão os aeroportos de Vitória (ES), Recife (PE), Aracajú (SE), Maceió (AL), Macaé (RJ), Juazeiro do Norte (CE); Campina Grande e Bayeux, na Paraíba; e Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop, Alta Floresta e Barra do Garças, todos no Mato Grosso.
"Os aeroportos poderão ser concedidos individualmente ou em blocos, conforme decisão que será subsidiada pelos estudos de modelagem da desestatização", de acordo com o decreto presidencial.
Na sexta-feira, o Ministério dos Transportes confirmou que a concessão de Congonhas, que tinha sido incluída na lista inicial das concessões, estava sendo reavaliada, alegando razões técnicas e temores sobre a sustentabilidade financeira da Infraero sem um dos seus principais aeroportos.