Economia

Governo chinês sinaliza tratamento igualitário para empresas privadas

Uma das exigências para a entrada do país na OMC é o fim dos privilégios para as estatais, como acesso facilitado ao financiamento

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h38.

A China vai conceder às empresas privadas tratamento similar àquele concedido às estatais. O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, principal autoridade econômica do país, afirmou que o governo pretende assegurar um "campo nivelado" de competição. As empresas estatais gozam de acesso facilitado a financiamento público e de reservas legais de mercado, informa o diário americano The Wall Street Journal desta quarta-feira (28/7).

O gesto faz parte da campanha da China para ingressar na Organização Mundial do Comércio (OMC). Pelas regras da OMC, muitas das regalias que as empresas públicas usufruem no país devem ser revogadas.

De acordo com o jornal, que utiliza informações da agência estatal de notícias, Jiabao afirmou segunda-feira, durante um fórum sobre economia, que o governo vai "encorajar, apoiar e guiar" as empresas privadas.

Na avaliação do jornal, trata-se da mais explícita promessa já feita pelo governo de tratar os empreendedores de modo eqüitativo em relação às companhias estatais que dominam a economia. A declaração vem quatro meses depois da emenda constitucional que protegeu o direito de propriedade privada, pela primeira vez desde a a vitória da revolução comunista em 1949.

Uma declaração pública do próprio primeiro-ministro também representa um movimento político da cúpula do governo para neutralizar membros da máquina pública comprometidos com o resguardo de empresas estatais locais.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado eleva projeção do IPCA de 2024 pela 7ª semana consecutiva

Em 4 anos, rotas de integração vão ligar Brasil à Ásia, prevê Tebet

Anatel poderá retirar do ar sites de e-commerce por venda de celulares irregulares

Carteira assinada avança, e número de trabalhadores por conta própria com CNPJ recua

Mais na Exame