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Goldman eleva projeções para preço do petróleo prevendo cortes de oferta

Banco de investimento espera que o preço de referência do tipo Brent fique em US$ 66 por barril em 2019, ante estimativa de US$ 62,50

Sanções ao Irã e à Venezuela, países membros da Opep, devem fazer preços subirem (Raheb Homavandi/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de abril de 2019 às 11h12.

O Goldman Sachs elevou sua previsão para os preços do petróleo este ano, com a oferta atingida pela implementação de cortes de produção liderados pela Opep e pelas sanções dos EUA ao Irã e à Venezuela.

O banco de investimento informou em nota com data de 8 de abril que agora espera que o preço de referência do Brent fique na média de 66 dólares por barril em 2019, ante estimativa anterior de 62,50 dólares.

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Já o petróleo nos EUA deve ficar em média em 59,50 dólares por barril, acima da última previsão de 55,50 dólares.

Os preços do petróleo atingiram o maior nível em cinco meses nesta terça-feira, com o Brent chegando a 71,34 dólares por barril e o petróleo dos EUA atingindo 64,77 dólares por barril.

Os mercados de petróleo ficaram mais apertados neste ano, dado que os Estados Unidos impuseram sanções aos exportadores de petróleo Irã e Venezuela e o clube de produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiu reduzir a oferta para sustentar os preços.

O Goldman acrescentou que espera que a curva futura do Brent se torne ainda mais invertida, uma situação em que os contratos para entrega futura são mais baratos do que a oferta para entrega imediata (spot). Essa situação geralmente indica um mercado apertado.

Esse movimento ainda vem em momento em que o Goldman espera que o mercado global de petróleo permaneça com um déficit de oferta de cerca de 0,5 milhão de barris por dia no segundo trimestre.

O banco agora vê os preços do Brent em 72,50 dólares por barril no segundo trimestre, ante 65 dólares anteriormente. Mas ele manteve sua previsão de preço do petróleo Brent para 2020 em 60 dólares por barril.

"Embora o ambiente de risco macro e a ameaça de interrupções possam elevar ainda mais os preços spot, ainda esperamos que os preços caiam gradualmente a partir deste verão, à medida que a produção de 'shale' da Opep aumentem", disse o Goldman.

A forma com que a Opep administrará sua saída dos atuais cortes de oferta será um fator fundamental para os preços do petróleo nos próximos meses e anos, acrescentou o Goldman.

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