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Geadas voltam a afetar áreas agrícolas do PR; RS escapa

Geou forte no Paraná na madrugada desta quarta-feira, afetando áreas de produção agrícola que já tinham sido prejudicadas por uma geada no final de julho

Fazendeiro em uma plantação de trigo: boa parte das lavouras de trigo no Paraná está em estágio de desenvolvimento mais avançado, vulnerável ao frio intenso (Mohamed Abd El Ghany/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2013 às 12h58.

São Paulo - Geou forte no Paraná na madrugada desta quarta-feira, afetando áreas de produção agrícola que já tinham sido prejudicadas por uma geada no final de julho, disseram técnicos agrícolas e meteorologistas, mas não houve problemas relevantes no Rio Grande do Sul, onde a safra de trigo está em desenvolvimento.

Houve registro de temperaturas negativas em vários pontos do Paraná.

"Foi uma madrugada de frio intenso onde destacam-se os registros de 3,9 graus negativos nas estações de Pinhão e na de Inácio Martins. Geadas foram observadas na grande maioria das regiões e, naturalmente, mais extensas no Planalto Central", avaliou o centro de meteorologia paranaense Simepar, em boletim online.

Boa parte das lavouras de trigo no Paraná está em estágio de desenvolvimento mais avançado, vulnerável ao frio intenso. Danos, no entanto, levam diversos dias para se tornarem visíveis para a avaliação detalhada dos técnicos.

O Paraná divide com o Rio Grande do Sul a liderança da produção nacional de trigo. Nesta semana, o governo federal reduziu em 26 por cento a previsão de colheita para a atual safra, em função de prejuízos causados por uma onda de frio no fim de julho.

"Com a geada de hoje, os danos nas lavouras de inverno tendem a se agravar", escreveu o técnico Dirlei Manfio, do Departamento de Economia Rural, em um boletim diário, citando geada forte e moderada na região de Guarapuava, no centro-sul do Estado.

Técnicos da região de Pato Branco também relataram geadas fortes.


"Com certeza os estragos nas culturas de inverno irão intensificar-se, principalmente para a cultura do trigo. Estima-se que de 55 a 60 por das áreas estavam em estádios suscetíveis (vulneráveis ao frio) e foram atingidos", relatou o funcionário do Deral Josemar Bannach Fonseca, em boletim publicado pela entidade.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, houve frio intenso, mas havia condições menos favoráveis para a geada. O fenômeno costuma aparecer com céu aberto, pouca umidade e pouco vento.

"A madrugada estava mais úmida na região norte", disse a meteorologista Aline Tochio Angelo, do Climatempo.

A única geada de nível moderado registrada em território gaúcho foi em Pelotas, no sul do Estado, onde não há plantio de trigo.

Na avaliação da Emater, órgão de assistência técnica do Rio Grande do Sul, as lavouras gaúchas de trigo ainda não estão em fase vulnerável ao frio intenso.

"É uma percentagem relativamente pequena de trigo que temos em uma fase crítica", disse Ataídes Jacobsen, especialistas em trigo da Emater/RS.

O Rio Grande do Sul realiza o plantio de trigo após o Paraná, onde a colheita inclusive já está na fase inicial.

Os produtores gaúchos deverão produzir 2,4 milhões de toneladas do cereal na atual safra, contra cerca de 2 milhões previstas para o Paraná após a recente revisão realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).


Moinhos brasileiros contam com a produção brasileira para reduzir as importações de trigo --sempre necessárias. O Brasil importa grande volume de trigo da Argentina, mas este ano também está comprando quantidades significativas dos Estados Unidos.

Mais frio

A próxima madrugada ainda deverá ser fria no sul do país, avalia o Climatempo.

"Amanhã de manhã ainda deve ter geada no norte e na serra do Rio Grande do Sul, onde a umidade deve diminuir mais", disse Aline. "Deverá haver geada em Santa Catarina quase inteiro e no Paraná também quase inteiro, com exceção do litoral, do norte e do noroeste." Segundo a meteorologista, o frio vai tornar-se menos intenso na sexta-feira, reduzindo as condições para formação de geada.

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São Paulo - Geou forte no Paraná na madrugada desta quarta-feira, afetando áreas de produção agrícola que já tinham sido prejudicadas por uma geada no final de julho, disseram técnicos agrícolas e meteorologistas, mas não houve problemas relevantes no Rio Grande do Sul, onde a safra de trigo está em desenvolvimento.

Houve registro de temperaturas negativas em vários pontos do Paraná.

"Foi uma madrugada de frio intenso onde destacam-se os registros de 3,9 graus negativos nas estações de Pinhão e na de Inácio Martins. Geadas foram observadas na grande maioria das regiões e, naturalmente, mais extensas no Planalto Central", avaliou o centro de meteorologia paranaense Simepar, em boletim online.

Boa parte das lavouras de trigo no Paraná está em estágio de desenvolvimento mais avançado, vulnerável ao frio intenso. Danos, no entanto, levam diversos dias para se tornarem visíveis para a avaliação detalhada dos técnicos.

O Paraná divide com o Rio Grande do Sul a liderança da produção nacional de trigo. Nesta semana, o governo federal reduziu em 26 por cento a previsão de colheita para a atual safra, em função de prejuízos causados por uma onda de frio no fim de julho.

"Com a geada de hoje, os danos nas lavouras de inverno tendem a se agravar", escreveu o técnico Dirlei Manfio, do Departamento de Economia Rural, em um boletim diário, citando geada forte e moderada na região de Guarapuava, no centro-sul do Estado.

Técnicos da região de Pato Branco também relataram geadas fortes.


"Com certeza os estragos nas culturas de inverno irão intensificar-se, principalmente para a cultura do trigo. Estima-se que de 55 a 60 por das áreas estavam em estádios suscetíveis (vulneráveis ao frio) e foram atingidos", relatou o funcionário do Deral Josemar Bannach Fonseca, em boletim publicado pela entidade.

Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, houve frio intenso, mas havia condições menos favoráveis para a geada. O fenômeno costuma aparecer com céu aberto, pouca umidade e pouco vento.

"A madrugada estava mais úmida na região norte", disse a meteorologista Aline Tochio Angelo, do Climatempo.

A única geada de nível moderado registrada em território gaúcho foi em Pelotas, no sul do Estado, onde não há plantio de trigo.

Na avaliação da Emater, órgão de assistência técnica do Rio Grande do Sul, as lavouras gaúchas de trigo ainda não estão em fase vulnerável ao frio intenso.

"É uma percentagem relativamente pequena de trigo que temos em uma fase crítica", disse Ataídes Jacobsen, especialistas em trigo da Emater/RS.

O Rio Grande do Sul realiza o plantio de trigo após o Paraná, onde a colheita inclusive já está na fase inicial.

Os produtores gaúchos deverão produzir 2,4 milhões de toneladas do cereal na atual safra, contra cerca de 2 milhões previstas para o Paraná após a recente revisão realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).


Moinhos brasileiros contam com a produção brasileira para reduzir as importações de trigo --sempre necessárias. O Brasil importa grande volume de trigo da Argentina, mas este ano também está comprando quantidades significativas dos Estados Unidos.

Mais frio

A próxima madrugada ainda deverá ser fria no sul do país, avalia o Climatempo.

"Amanhã de manhã ainda deve ter geada no norte e na serra do Rio Grande do Sul, onde a umidade deve diminuir mais", disse Aline. "Deverá haver geada em Santa Catarina quase inteiro e no Paraná também quase inteiro, com exceção do litoral, do norte e do noroeste." Segundo a meteorologista, o frio vai tornar-se menos intenso na sexta-feira, reduzindo as condições para formação de geada.

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