G20 dirá que economia se recupera e crise não foi superada
Líderes devem manter essencialmente o conteúdo divulgado por ministros das Finanças em julho
Da Redação
Publicado em 6 de setembro de 2013 às 10h02.
São Petersburgo - O G20 dirá em seu comunicado que a economia global está melhorando mas que ainda é cedo demais para dizer que superou a crise, disse à Reuters nesta sexta-feira uma autoridade russa envolvida na elaboração do texto.
Líderes do G20 - que reúne economias desenvolvidas e emergentes que representam 90 por cento da economia mundial e dois terços de sua população - devem manter essencialmente o conteúdo divulgado por ministros das Finanças em julho.
O comunicado de então exigia que mudanças à política monetária têm que ser "cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas." Novos elementos vão se referir a uma iniciativa de crescimento proposta pela Austrália, que assume a presidência do G20 no próximo ano, uma proposta alemã de endurecer a regulação do chamado "sistema bancário sem regulação" e a ampliação do prazo para o controle do protecionismo comercial.
"Em comparação com o início da presidência russa, definitivamente houve uma mudança na avaliação, e isso está refletido no comunicado dos líderes", disse Andrei Bokarev, chefe do departamento de Relações Internacionais do Ministério das Finanças.
"Mas definitivamente é cedo demais para dizer que a crise foi superada e que será fácil a partir de agora." Potências emergentes e desenvolvidas do G20 tiveram dificuldades para encontrar um ponto comum em relação aos problemas provocados pela perspectiva de o Estados Unidos reduzirem seu estímulo. Ainda assim, conseguiram produzir um documento "equilibrado", disse Bokarev.
O G20, que se uniu em resposta à crise global de 2009, agora enfrenta uma economia dos EUA que avança, com os países em desenvolvimento enfrentando problemas devido à perspectiva de redução do estímulo monetário pelo Federal Reserve.
Qualquer que seja o tom adotado pelo G20, para os mercados ele será nulo em comparação com o relatório mensal de emprego dos EUA a ser divulgado nesta sexta-feira, que deve ditar se o Fed agirá este mês ou não.
Sinais iniciais de mudanças na Europa após uma crise de dívida soberana mantiveram os líderes da região fora da linha de fogo pela primeira vez em três anos.
"Quero dizer, nesse G20 não fomos mais o foco de atenção", disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.
Negociações difíceis
O debate sobre a saúde da economia mundial, presidido pelo presidente russo Vladimir Putin na quinta-feira, foi difícil e refletiu as preocupações sobre a desaceleração do crescimento no mundo em desenvolvimento.
Os Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- concordaram em contribuir com 100 bilhões de dólares para um fundo de reserva cambial que pode ajudar a conter uma possível crise de balanço de pagamento.
Mas o fundo é uma gota no oceano em comparação com os trilhões negociados em mercados cambiais diariamente e ele não deve ser finalizado antes do próximo ano, no mínimo.
São Petersburgo - O G20 dirá em seu comunicado que a economia global está melhorando mas que ainda é cedo demais para dizer que superou a crise, disse à Reuters nesta sexta-feira uma autoridade russa envolvida na elaboração do texto.
Líderes do G20 - que reúne economias desenvolvidas e emergentes que representam 90 por cento da economia mundial e dois terços de sua população - devem manter essencialmente o conteúdo divulgado por ministros das Finanças em julho.
O comunicado de então exigia que mudanças à política monetária têm que ser "cuidadosamente calibradas e claramente comunicadas." Novos elementos vão se referir a uma iniciativa de crescimento proposta pela Austrália, que assume a presidência do G20 no próximo ano, uma proposta alemã de endurecer a regulação do chamado "sistema bancário sem regulação" e a ampliação do prazo para o controle do protecionismo comercial.
"Em comparação com o início da presidência russa, definitivamente houve uma mudança na avaliação, e isso está refletido no comunicado dos líderes", disse Andrei Bokarev, chefe do departamento de Relações Internacionais do Ministério das Finanças.
"Mas definitivamente é cedo demais para dizer que a crise foi superada e que será fácil a partir de agora." Potências emergentes e desenvolvidas do G20 tiveram dificuldades para encontrar um ponto comum em relação aos problemas provocados pela perspectiva de o Estados Unidos reduzirem seu estímulo. Ainda assim, conseguiram produzir um documento "equilibrado", disse Bokarev.
O G20, que se uniu em resposta à crise global de 2009, agora enfrenta uma economia dos EUA que avança, com os países em desenvolvimento enfrentando problemas devido à perspectiva de redução do estímulo monetário pelo Federal Reserve.
Qualquer que seja o tom adotado pelo G20, para os mercados ele será nulo em comparação com o relatório mensal de emprego dos EUA a ser divulgado nesta sexta-feira, que deve ditar se o Fed agirá este mês ou não.
Sinais iniciais de mudanças na Europa após uma crise de dívida soberana mantiveram os líderes da região fora da linha de fogo pela primeira vez em três anos.
"Quero dizer, nesse G20 não fomos mais o foco de atenção", disse o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso.
Negociações difíceis
O debate sobre a saúde da economia mundial, presidido pelo presidente russo Vladimir Putin na quinta-feira, foi difícil e refletiu as preocupações sobre a desaceleração do crescimento no mundo em desenvolvimento.
Os Brics --Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul-- concordaram em contribuir com 100 bilhões de dólares para um fundo de reserva cambial que pode ajudar a conter uma possível crise de balanço de pagamento.
Mas o fundo é uma gota no oceano em comparação com os trilhões negociados em mercados cambiais diariamente e ele não deve ser finalizado antes do próximo ano, no mínimo.