Economia

Furlan define metas para elevar exportações

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, anunciou as três principais metas do ministério para este ano, encaminhadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. Segundo o ministro, o objetivo das medidas é aumentar as exportações, criar e preservar empregos . A primeira meta, diz o ministro, é […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h17.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, anunciou as três principais metas do ministério para este ano, encaminhadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada. Segundo o ministro, o objetivo das medidas é aumentar as exportações, criar e preservar empregos .

A primeira meta, diz o ministro, é o crescimento das exportações em 10% este ano. Segundo ele, o resultado da balança comercial neste mês de janeiro (superávit de US$ 1,160 bilhão) deve se manter até abril. A partir de meados do ano, o país terá um dólar praticamente equilibrado em relação ao ano anterior, com menor impacto na redução da importação.

A outra prioridade, informou Furlan, será a de identificar as cadeias produtivas responsáveis pelos maiores déficits na balança comercial, como os setores eletroeletrônico e químico. De acordo com Furlan, este trabalho é de longo prazo, mas mostrará como será viável o Brasil fazer os investimentos necessários para que se reduza esse déficit muito consistente ao longo dos últimos 10 anos.

A terceira prioridade do Ministério, informou Furlan, é fazer uma análise setorial, caso os acordos comerciais na OMC, na Alca e do Mercosul com a União Européia, venham a se concretizar. Precisamos analisar quais os setores que poderiam estar mais sensíveis a um impacto depois de concluída estas negociações , comentou.

Argentina

Dentro desse projeto do Mercosul, Furlan afirmou que uma das metas é recuperar as exportações para a Argentina. No ano passado, perdemos US$ 2,7 bilhões e neste ano a nossa meta é reconquistar pelo menos US$ 1 bilhão no que foi perdido , afirmou. No mês passado, porém, as exportações para a Argentina já começaram a mostrar uma recuperação: aumentaram 59,4% em relação a janeiro de 2002. Como a queda nas vendas foi muito grande no ano passado, Furlan ressalta que, com a reativação da economia argentina, será grande o potencial de crescimento das exportações brasileiras.

A queda nas exportações, no ano passado, foi de 53%, em comparação com as de 2001. O Brasil exportou, em 2001, o total de US$ 5 bilhões para aquele mercado, e em 2002 US$ 2,3 bilhões. Os principais produtos exportados no ano passado foram: partes e peças para automóveis e tratores (US$ 149,2 milhões), minérios de ferro (US$ 114,5 milhões) e automóveis (US$ 111 milhões).

Já em 2001 os principais produtos vendidos foram: automóveis (US$ 232,3 milhões), veículos de carga (US$ 156,5 milhões) e motores para veículos (US$ 138,1 milhões). De 2001 para 2002, a Argentina perdeu o lugar de segundo maior país comprador de produtos brasileiros, passando para a sexta colocação.

Camex

Furlan informou que a Câmara de Comércio Exterior (Camex) terá um conselho consultivo do setor privado, o que vai aproximar mais o empresariado dos ministros que participam do colegiado. De acordo com Furlan, a medida vai atender os empresários que vinham reclamando da falta de participação dos exportadores nas decisões sobre comércio exterior.

Ele explicou que alguns assuntos serão submetidos ao conselho consultivo e outros continuarão com a própria Camex, formada por um conselho de ministros sob a presidência do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Será mantido também o Comitê de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex), órgão técnico da Camex.

Furlan informou que a formação do conselho levará em conta a diversificação por setores produtivos e regiões do país. Devem fazer parte do conselho também representantes de entidades de comércio exterior.

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