Frigoríficos investigados só poderão vender no mercado interno
O frigoríficos investigados pela "Carne Fraca" não poderão exportar, mas continuam autorizados a vender internamente sob um regime especial de fiscalização
Estadão Conteúdo
Publicado em 20 de março de 2017 às 19h40.
Última atualização em 20 de março de 2017 às 20h21.
Brasília - O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse nesta segunda-feira, 20, que os frigoríficos investigados pela Operação Carne Fraca não poderão exportar, mas continuam autorizados a vender ao mercado doméstico sob um regime especial de fiscalização.
Mesmo com os problemas mencionados pela investigação, o ministro reafirma a confiança na carne brasileira e lembra que o sistema de fiscalização do Brasil não foi quebrado e o problema foram algumas pessoas.
Ao lembrar que a investigação levou dois anos e casos reportados no caso se referem muito provavelmente a produtos que não estão mais no mercado, Maggi explicou que os frigoríficos investigados estão passando por um processo especial de investigação e poderão continuar vendendo ao mercado doméstico, o que deve prevalecer por pelo menos três semanas.
"O consumidor pode consumir com tranquilidade o produto brasileiro", disse em entrevista na portaria do Ministério.
Para o ministro, não há nenhuma preocupação para o consumidor brasileiro,que continua sendo protegido pelo Sistema de Inspeção Federal (SIF) do Ministério da Agricultura.
"O SIF não está sob suspeita. O que está sob suspeita são as pessoas", disse o ministro.
"Espero deixar o assunto circunscrito aos 21 frigoríficos citados na investigação."
Quando há problema, frigoríficos podem fazer um recall da carne - com a retirada do produto do mercado. Essa solução foi adotada pela BRF, que está retirando lotes com o selo de inspeção "SIF 1010".
Maggi disse ainda que o ministério está colhendo amostras de carne nos supermercados e, caso encontre problemas, vai recomendar a retirada das mercadorias.
Maggi fez questão de frisar que toda a preocupação do Ministério da Agricultura diz respeito à sanidade dos produtos brasileiros.
"A corrupção é uma questão da Polícia Federal", disse Maggi.
"Não vamos nos contrapor à ação da Polícia Federal", disse.