Economia

Fraqueza de negócios da Eurozona cai mais que o esperado

Segundo Índice de Gerentes de Compras, contínua queda em novas encomendas sugere que a recuperação total ainda está longe

Trabalhador em uma fábrica na Itália: PMI preliminar do Markit da Zona do Euro subiu para 48,9 em junho ante 47,7 em maio (Stefano Rellandini/Reuters)

Trabalhador em uma fábrica na Itália: PMI preliminar do Markit da Zona do Euro subiu para 48,9 em junho ante 47,7 em maio (Stefano Rellandini/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2013 às 08h58.

Londres - A fraqueza do setor privado da zona do euro diminuiu mais do que o esperado neste mês, mostrou nesta quinta-feira a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), mas a contínua queda em novas encomendas sugere que a recuperação total ainda está longe.

Os dados deverão ser comemorados pelo Banco Central Europeu (BCE), uma vez que a fraqueza melhorou nos 17 países do bloco.

O PMI preliminar do Markit, que responde por cerca de 85 por cento da leitura final e é visto como um indicador confiável para o bloco, subiu para 48,9 em junho ante 47,7 em maio.

Esse foi o maior nível desde março de 2012, e superou as estimativas em pesquisa da Reuters junto a 23 economistas de 48,1. Mas o índice está abaixo da marca de 50 que separa crescimento de contração em 21 dos últimos 22 meses.

"A esse ritmo, devemos ver estabilização no terceiro trimestre e o crescimento surgindo no quarto. É correspondente à visão de autoridades de que a segunda metade do ano parece muito melhor", disse o economista-chefe do Markit, Chris Williamson.

A zona do euro está em recessão há um ano e meio e o Markit informou que os últimos dados de PMI sugerem que a economia vai contrair 0,2 por cento no atual trimestre.

Em um sinal de que haverá um tempo antes de qualquer recuperação acontecer, as novas encomendas caíram pelo 23º mês, embora o subíndice tenha subido para 47,4, ante 46,8.

O BCE está sob crescente pressão para adotar mais ações para ajudar a acabar rapidamente com a mais longa recessão do bloco, mas economistas consultados pela Reuters no mês passado não preveem qualquer afrouxamento da política nos próximos meses.

"Autoridades da zona do euro ficarão sem dúvida animados com essa melhora dos indicadores, sugerindo que o BCE não verá necessidade de qualquer outra ação no curto prazo", disse Williamson.

O PMI preliminar sobre o setor de serviços, que compõe a maior parte da economia do bloco, saltou para 48,6 no mês passado ante 47,2, maior nível desde janeiro mas o 17º mês abaixo de 50. Ainda assim, ficou acima da estimativa mais otimista em pesquisa da Reuters, cuja mediana foi de 47,5.

Já o PMI preliminar da indústria avançou para 48,7, ante 48,3, pouco acima da expectativa de 48,6.

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