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França defende UE, mas sem enfraquecer crescimento

O presidente francês advertiu que a excessiva austeridade prejudicará o crescimento dos países europeus

François Hollande: "devem ser razoáveis todos aqueles que querem amputar o orçamento europeu para além do que é possível aceitar", disse (Bertrand Langlois/AFP)
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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 10h19.

Estrasburgo - O presidente francês, François Hollande, advertiu nesta terça-feira que a excessiva austeridade prejudicará o crescimento dos países europeus, dois dias antes da cúpula sobre o orçamento 2014-2020 dos dirigentes da União Europeia.

"Está certo que economizemos, mas não que enfraqueçamos a economia", disse Hollande perante o Parlamento Europeu da cidade francesa de Estrasburgo.

"Devem ser razoáveis todos aqueles que querem amputar o orçamento europeu para além do que é possível aceitar", disse.

Os dirigentes da UE se reúnem na quinta e sexta-feira em uma nova cúpula sobre o orçamento plurianual, mas as possibilidades de um acordo são muito escassas diante de posturas opostas entre Alemanha e Reino Unido, que querem mais cortes, e Espanha, Itália ou França, que resistem a perder as ajudas europeias.

"O orçamento deve proteger os países europeus mais frágeis e mais expostos à crise", afirmou.

Hollande considera que o orçamento deve cumprir quatro princípios: "um nível de gastos que preserve as políticas comuns", uma "política de coesão não apenas para os países beneficiários, mas para o conjunto dos países europeus"; uma "política agrícola que permita reforçar uma indústria tão valiosa" e "um contexto financeiro que continue com o pacto de crescimento", disse Hollande.

Neste sentido, o presidente francês criticou que "o interesse nacional prime sobre o europeu".


A cúpula europeia para negociar o orçamento dos próximos sete anos terminou em novembro sem um acordo entre os chefes de Estado e de Governo dos 27 países.

De um lado, os grandes contribuintes, como Reino Unido e Alemanha, apoiados por Holanda, Áustria e Finlândia, pedem cortes adicionais sobre a primeira proposta de Van Rompuy, enquanto do outro lado cerca de 20 países, liderados por Espanha, Itália e França, querem impedir cortes nas ajudas recebidas por setores como a agricultura, a solidariedade e a coesão (para impulsionar o crescimento e o emprego), em meio a uma prolongada crise da dívida.

A França, um dos três países que mais contribuem ao orçamento da UE, nega-se a perder a ajuda à Política Agrícola Comum (PAC). A segunda economia da Eurozona também precisa que a UE impulsione medidas para reativar o crescimento e equilibrar as contas - também frágeis - em casa. O país prevê um crescimento de 0,8% em 2013, enquanto a Comissão Europeia acredita que não ultrapassará 0,4%.

A Comissão também previu que o déficit francês continue sendo superior à barreira de 3% em 2013, mas também em 2014 (3,5% nos dois casos), quando o governo francês se comprometeu a reduzi-lo a 3% no próximo ano.

"O risco agora não é a indiferença em relação à UE, mas a ruptura", advertiu Hollande perante o Parlamento, em clara referência à intenção do primeiro-ministro britânico de organizar um referendo sobre a permanência do Reio Unido na UE para 2017.

"A UE não é um projeto no qual se pode debater o que já foi alcançado. Não é uma Europa à la carte", ressaltou.

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Estrasburgo - O presidente francês, François Hollande, advertiu nesta terça-feira que a excessiva austeridade prejudicará o crescimento dos países europeus, dois dias antes da cúpula sobre o orçamento 2014-2020 dos dirigentes da União Europeia.

"Está certo que economizemos, mas não que enfraqueçamos a economia", disse Hollande perante o Parlamento Europeu da cidade francesa de Estrasburgo.

"Devem ser razoáveis todos aqueles que querem amputar o orçamento europeu para além do que é possível aceitar", disse.

Os dirigentes da UE se reúnem na quinta e sexta-feira em uma nova cúpula sobre o orçamento plurianual, mas as possibilidades de um acordo são muito escassas diante de posturas opostas entre Alemanha e Reino Unido, que querem mais cortes, e Espanha, Itália ou França, que resistem a perder as ajudas europeias.

"O orçamento deve proteger os países europeus mais frágeis e mais expostos à crise", afirmou.

Hollande considera que o orçamento deve cumprir quatro princípios: "um nível de gastos que preserve as políticas comuns", uma "política de coesão não apenas para os países beneficiários, mas para o conjunto dos países europeus"; uma "política agrícola que permita reforçar uma indústria tão valiosa" e "um contexto financeiro que continue com o pacto de crescimento", disse Hollande.

Neste sentido, o presidente francês criticou que "o interesse nacional prime sobre o europeu".


A cúpula europeia para negociar o orçamento dos próximos sete anos terminou em novembro sem um acordo entre os chefes de Estado e de Governo dos 27 países.

De um lado, os grandes contribuintes, como Reino Unido e Alemanha, apoiados por Holanda, Áustria e Finlândia, pedem cortes adicionais sobre a primeira proposta de Van Rompuy, enquanto do outro lado cerca de 20 países, liderados por Espanha, Itália e França, querem impedir cortes nas ajudas recebidas por setores como a agricultura, a solidariedade e a coesão (para impulsionar o crescimento e o emprego), em meio a uma prolongada crise da dívida.

A França, um dos três países que mais contribuem ao orçamento da UE, nega-se a perder a ajuda à Política Agrícola Comum (PAC). A segunda economia da Eurozona também precisa que a UE impulsione medidas para reativar o crescimento e equilibrar as contas - também frágeis - em casa. O país prevê um crescimento de 0,8% em 2013, enquanto a Comissão Europeia acredita que não ultrapassará 0,4%.

A Comissão também previu que o déficit francês continue sendo superior à barreira de 3% em 2013, mas também em 2014 (3,5% nos dois casos), quando o governo francês se comprometeu a reduzi-lo a 3% no próximo ano.

"O risco agora não é a indiferença em relação à UE, mas a ruptura", advertiu Hollande perante o Parlamento, em clara referência à intenção do primeiro-ministro britânico de organizar um referendo sobre a permanência do Reio Unido na UE para 2017.

"A UE não é um projeto no qual se pode debater o que já foi alcançado. Não é uma Europa à la carte", ressaltou.

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