Economia

FMI pode dar 3,5 bilhões de euros à Grécia até fim de maio

Conselho Executivo do FMI, que representa os 188 países-membros, se reunirá no dia 30 de maio para discutir o desembolso, disse a porta-voz da organização


	Funcionárias de serviços gerais demitidas do ministério das Finanças grego bloqueiam entrada do prédio, em Atenas, em 22 de maio de 2014
 (AFP)

Funcionárias de serviços gerais demitidas do ministério das Finanças grego bloqueiam entrada do prédio, em Atenas, em 22 de maio de 2014 (AFP)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 15h50.

O Fundo Monetário Internacional está pronto para liberar cerca de 3,5 bilhões de euros (4,8 bilhões de dólares) em fundos de resgate para a Grécia no final de maio, informou um porta-voz do FMI nesta quinta-feira.

O Conselho Executivo do FMI, que representa os 188 países-membros, se reunirá no dia 30 de maio para discutir o desembolso, disse Gerry Rice, porta-voz da organização.

Espera-se que o Conselho libere os 3,5 bilhões de euros, após a aprovação da quinta avaliação do desempenho da Grécia, que está sob um programa de resgate internacional desde 2012, responsável por impopulares reformas de austeridade com o objetivo restaurar as finanças e enfrentar uma enorme dívida pública.

De acordo com o calendário inicial, o FMI deve desembolsar 1,7 bilhão de euros no final de maio, mas as negociações estão atrasadas devido à dificuldade de Atenas em atender as exigências do programa de ajuda.

O próximo desembolso será o dobro "por causa da demora em alcançar um acordo sobre a avaliação entre o FMI e os parceiros do resgate, que são o Conselho Executivo da União Europeia, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu", disse Rice.

A avaliação das contas gregas pelo FMI está prevista para julho.

A chamada "troika" dos credores internacionais concedeu à Grécia um resgate de 110 bilhões de euros em 2010, que dois anos depois passou a ser um pacote de 130 bilhões de euros, após o fracasso do primeiro plano de resgate.

O porta-voz do FMI negou-se a comentar o recente relatório do Financial Times sobre um secreto "Plano Z" discutido conjuntamente em 2012 por FMI, Comissão Europeia e BCE para reconstruir a economia grega e sua infraestrutura financeira, caso o país deixasse a zona do euro.

"É nosso trabalho pensar nos diferentes cenários econômicos, para que possamos oferecer uma consultoria melhor aos nossos países-membros", comentou Rice. "Observamos os riscos. É parte do nosso trabalho."

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