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FMI: pandemia já tirou mais dinheiro dos emergentes que crise de 2008

Diretora-geral do FMI Kristalina Georgieva alerta para momento crítico e necessidade de união entre países

Kristalina Georgieva: perdas de emegentes é pior que crise de 2008 (Peter Foley/Getty Images)

Guilherme Dearo

Publicado em 5 de abril de 2020 às 11h19.

Última atualização em 5 de abril de 2020 às 11h24.

A pandemia do novo coronavírus está causando um impacto nos países emergentes pior que a crise financeira global de 2008. Segundo a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) , Kristalina Georgieva, quase US$ 90 bilhões (R$ 450 bilhões) já foram retirados dos mercados emergentes durante a pandemia.

"Nunca na história do FMI nós presenciamos a economia mundial nessa situação", disse Georgieva em anúncio a órgãos de imprensa. "É um dos momentos mais sombrios da humanidade, uma grande ameaça para todo o mundo. Isso requer que permaneçamos unidos e protejamos os mais vulneráveis", disse.

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O FMI está trabalhando junto do Banco Mundial e outras instituições financeiras para tentar aliviar as perdas econômicas causadas pela pandemia, que já contaminou mais de um milhão de pessoas em todo o mundo. Uma das estratégias é fazer com que bancos centrais em países desenvolvidos ajudem os bancos de países emergentes e em desenvolvimento.

Segundo Georgieva, mais de noventa países até agora entraram com pedido de ajuda financeira de fundos internacionais. "Nunca vimos um crescimento de demanda tão grande vindo dos emergentes", analisou.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus alertou para as profundas consequências que países que não estão levando a quarentena a sério podem sofrer, dizendo que governos flexibilizando ou acabando com a quarentena cedo demais podem enfrentar efeitos ainda mais severos e prolongados na economia. "A melhor maneira dos países aliviarem os efeitos econômicos da pandemia é enfrentar o vírus".

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