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FMI fará "MEA culpa" sobre resgate à Grécia

Em um documento interno, visto pelo Wall Street Journal, o Fundo afirma que subestimou os danos que suas exigências de austeridade causariam ao país

Bandeiras da União Europeia e Grécia: o maior benefício do resgate de 2010 não foi tanto em relação à Grécia, mas em relação à zona do euro como um todo, sugere o documento. (Oli Scarff/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2013 às 15h32.

Nova York - Em uma avaliação crítica da sua própria forma de lidar com a crise financeira na zona do euro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve divulgar um documento oficial admitindo publicamente lapsos grandes no resgate à Grécia, que recebeu uma das maiores ajudas financeiras já concedidas pelo FMI.

Em um documento interno marcado como "estritamente confidencial", visto pelo Wall Street Journal, o Fundo afirma que subestimou os danos que suas exigências de austeridade causariam à economia da Grécia, mas frisou que a resposta à crise grega concedeu tempo à zona do euro para limitar o contágio para o resto da Europa.

Uma versão do documento deve ser divulgada na quinta-feira e será a mais significativa de uma série de análises do FMI nos últimos meses, que tentam avaliar o envolvimento da instituição na crise da zona do euro.

O FMI admitiu que flexibilizou as próprias regras para fazer com que a dívida grega parecesse sustentável e que, em retrospecto, o país não cumpriu três de quatro critérios que o qualificariam para o resgate. Nos últimos três anos, uma série de autoridades do Fundo, incluindo a diretora-gerente, Christine Lagarde, repetidamente afirmaram que a dívida da Grécia era "sustentável" e que seria paga completamente e dentro do prazo.

O documento descreve as incertezas em torno do resgate à Grécia como "tão significativas, que a equipe não foi capaz de afirmar com grande probabilidade que a dívida pública era sustentável". O FMI admitiu ainda que foi muito otimista em relação às perspectivas de uma volta do governo ao mercado de financiamento e à sua capacidade política de implementar as condições do programa de resgate.

O maior benefício do resgate de 2010 não foi tanto em relação à Grécia, mas em relação à zona do euro como um todo, sugere o documento. O resgate "deu à região tempo para proteger outros membros vulneráveis e evitar efeitos potencialmente severos à economia global".

O FMI uniu forças com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) em 2010, formando a chamada Troica, para gerenciar o primeiro resgate de 110 bilhões de euros (US$ 144,03 bilhões) à Grécia. Os três continuaram a gerenciar o segundo resgate, que ocorreu em 2012, e são responsáveis também pelos resgates à Irlanda, Portugal e Chipre. Fonte: Dow Jones Newswires.

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Em um documento interno marcado como "estritamente confidencial", visto pelo Wall Street Journal, o Fundo afirma que subestimou os danos que suas exigências de austeridade causariam à economia da Grécia, mas frisou que a resposta à crise grega concedeu tempo à zona do euro para limitar o contágio para o resto da Europa.

Uma versão do documento deve ser divulgada na quinta-feira e será a mais significativa de uma série de análises do FMI nos últimos meses, que tentam avaliar o envolvimento da instituição na crise da zona do euro.

O FMI admitiu que flexibilizou as próprias regras para fazer com que a dívida grega parecesse sustentável e que, em retrospecto, o país não cumpriu três de quatro critérios que o qualificariam para o resgate. Nos últimos três anos, uma série de autoridades do Fundo, incluindo a diretora-gerente, Christine Lagarde, repetidamente afirmaram que a dívida da Grécia era "sustentável" e que seria paga completamente e dentro do prazo.

O documento descreve as incertezas em torno do resgate à Grécia como "tão significativas, que a equipe não foi capaz de afirmar com grande probabilidade que a dívida pública era sustentável". O FMI admitiu ainda que foi muito otimista em relação às perspectivas de uma volta do governo ao mercado de financiamento e à sua capacidade política de implementar as condições do programa de resgate.

O maior benefício do resgate de 2010 não foi tanto em relação à Grécia, mas em relação à zona do euro como um todo, sugere o documento. O resgate "deu à região tempo para proteger outros membros vulneráveis e evitar efeitos potencialmente severos à economia global".

O FMI uniu forças com a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) em 2010, formando a chamada Troica, para gerenciar o primeiro resgate de 110 bilhões de euros (US$ 144,03 bilhões) à Grécia. Os três continuaram a gerenciar o segundo resgate, que ocorreu em 2012, e são responsáveis também pelos resgates à Irlanda, Portugal e Chipre. Fonte: Dow Jones Newswires.

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