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Fluxo cambial está negativo em US$ 4,2 bilhões

Em novembro, o fluxo cambial fechou positivo (mais entrada que saída) em US$ 4,876 bilhões

Notas de dólar (SXC.HU)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de dezembro de 2012 às 13h36.

Brasília – As saídas de dólares do país superaram as entradas, neste mês, até a última sexta (14), em US$ 4,215 bilhões, informou hoje (18) o Banco Central (BC). Em novembro, o fluxo cambial fechou positivo (mais entrada que saída) em US$ 4,876 bilhões.

O saldo negativo veio tanto do fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), com US$ 1,648 bilhão, quanto do comercial (operações relacionadas a exportações e importações), com US$ 2,567 bilhões.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, no final do ano “as oscilações [nos resultados do fluxo] são normais”. Maciel explicou que nesse período, as remessas de lucros e dividendos do Brasil para o exterior são maiores. Além disso, os gastos com viagens internacionais, transportes e aluguéis de equipamentos aumentam. Maciel acrescentou ainda que o “desempenho da balança comercial está abaixo do observado no ano passado”, com aumento de importações. Segundo Maciel, o saldo negativo também sofreu influência de importações feitas pela Petrobras.

Hoje, o BC adotou medida que facilita a ampliação de liquidez (recursos disponíveis) de dólares no país ao publicar circular que altera o recolhimento compulsório, recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC, sobre a posição vendida de câmbio.


Com a medida, o BC facilitou a posição vendida de câmbio, que ocorre quando as instituições financeiras apostam na queda da moeda norte-americana no mercado futuro. Pela nova regra, toda vez que a posição vendida de câmbio ultrapassar US$ 3 bilhões, 60% do excedente serão recolhidos como depósito compulsório. Ao definir o limite de US$ 3 bilhões, o BC retornou à regra anterior, estabelecida em janeiro de 2011. Em julho do ano passado, o BC tinha reduzido para US$ 1 bilhão. A nova regra vale a partir do próximo dia 20.

De acordo com o BC, em novembro, a posição de câmbio dos bancos era comprada (indicava expectativa de alta do dólar) em US$ 914 milhões. Em dezembro, até o dia 14, a posição se inverteu para vendida em US$ 3,651 bilhões.

No último dia 4, o BC adotou outra medida que também pode ampliar a quantidade de dólares disponíveis no país e influenciar a taxa de câmbio, em alta. O BC ampliou o prazo de operações de pagamento antecipado (PA) de exportações. O prazo para fazer a antecipação, em relação à data do embarque da mercadoria ou da prestação do serviço, passou de 360 dias para 1,8 mil dias (cinco anos). O BC informou que fez uma avaliação do mercado e percebeu que essas operações estavam em falta no mercado, mesmo com o aumento da demanda.

No último dia 22, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o Brasil não tem qualquer objetivo formal ou informal para a taxa de câmbio, mas poderia adotar medidas para resolver a “questão temporária de liquidez na virada do ano”. De acordo com Tombini, no final do ano, a oferta de dólares costuma ser menor do que a demanda, mas esse movimento tende a se reverter no início do próximo período.

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Brasília – As saídas de dólares do país superaram as entradas, neste mês, até a última sexta (14), em US$ 4,215 bilhões, informou hoje (18) o Banco Central (BC). Em novembro, o fluxo cambial fechou positivo (mais entrada que saída) em US$ 4,876 bilhões.

O saldo negativo veio tanto do fluxo financeiro (investimentos em títulos, remessas de lucros e dividendos ao exterior e investimentos estrangeiros diretos, entre outras operações), com US$ 1,648 bilhão, quanto do comercial (operações relacionadas a exportações e importações), com US$ 2,567 bilhões.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, no final do ano “as oscilações [nos resultados do fluxo] são normais”. Maciel explicou que nesse período, as remessas de lucros e dividendos do Brasil para o exterior são maiores. Além disso, os gastos com viagens internacionais, transportes e aluguéis de equipamentos aumentam. Maciel acrescentou ainda que o “desempenho da balança comercial está abaixo do observado no ano passado”, com aumento de importações. Segundo Maciel, o saldo negativo também sofreu influência de importações feitas pela Petrobras.

Hoje, o BC adotou medida que facilita a ampliação de liquidez (recursos disponíveis) de dólares no país ao publicar circular que altera o recolhimento compulsório, recursos que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC, sobre a posição vendida de câmbio.


Com a medida, o BC facilitou a posição vendida de câmbio, que ocorre quando as instituições financeiras apostam na queda da moeda norte-americana no mercado futuro. Pela nova regra, toda vez que a posição vendida de câmbio ultrapassar US$ 3 bilhões, 60% do excedente serão recolhidos como depósito compulsório. Ao definir o limite de US$ 3 bilhões, o BC retornou à regra anterior, estabelecida em janeiro de 2011. Em julho do ano passado, o BC tinha reduzido para US$ 1 bilhão. A nova regra vale a partir do próximo dia 20.

De acordo com o BC, em novembro, a posição de câmbio dos bancos era comprada (indicava expectativa de alta do dólar) em US$ 914 milhões. Em dezembro, até o dia 14, a posição se inverteu para vendida em US$ 3,651 bilhões.

No último dia 4, o BC adotou outra medida que também pode ampliar a quantidade de dólares disponíveis no país e influenciar a taxa de câmbio, em alta. O BC ampliou o prazo de operações de pagamento antecipado (PA) de exportações. O prazo para fazer a antecipação, em relação à data do embarque da mercadoria ou da prestação do serviço, passou de 360 dias para 1,8 mil dias (cinco anos). O BC informou que fez uma avaliação do mercado e percebeu que essas operações estavam em falta no mercado, mesmo com o aumento da demanda.

No último dia 22, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que o Brasil não tem qualquer objetivo formal ou informal para a taxa de câmbio, mas poderia adotar medidas para resolver a “questão temporária de liquidez na virada do ano”. De acordo com Tombini, no final do ano, a oferta de dólares costuma ser menor do que a demanda, mas esse movimento tende a se reverter no início do próximo período.

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