Inflação de alimento no IPC deve seguir acelerando
De acordo com a Fipe, os alimentos industrializados avançaram de 1,26% para 1,42%, da segunda para a terceira leitura de maio
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2014 às 16h32.
São Paulo - A inflação de alimentos no varejo paulistano sinaliza que pode seguir trajetória ascendente pelo menos até o final deste mês, segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas ( Fipe ), Rafael Costa Lima.
O grupo Alimentação, que iniciou maio em desaceleração de 0,88% (ante 1,23% no fechamento de abril), ficou em 0,87% na segunda quadrissemana e voltou a acelerar na terceira (últimos 30 dias terminados na sexta-feira, dia 23), para 0,90%.
"Os produtos in natura começaram o mês com queda, mas diminuíram o ritmo de baixa. A alta dos industrializados ainda se mantém. Apenas a dos semielaborados está perdendo ímpeto. Mas são os industrializados que praticamente estão segurando a inflação, pois têm peso expressivo", avaliou, acrescentando que o subgrupo tem participação de 10,9% no IPC, quase a soma do peso dos in natura (3,29%) e dos semielaborados (5,9%).
A previsão da Fipe é de uma variação de 0,95% para o grupo Alimentação no fim de maio, ante 1,23% em abril. Para o IPC, a expectativa é de 0,35%, ante 0,53% no mês passado.
De acordo com a Fipe, os alimentos industrializados avançaram de 1,26% para 1,42%, da segunda para a terceira leitura de maio.
Costa Lima ressaltou que a maioria dos produtos que integra o subgrupo subiu neste levantamento. Ele citou como exemplo a alta dos derivados da carne (de 1,92% para 2,25%) e o aumento registrado em panificados (de 1,18% para 1,91%).
"Os derivados do leite desaceleraram, mas estão com taxa elevada (de 1,87% para 1,34%)", disse.
Segundo Costa Lima, os preços dos alimentos industrializados estão demorando mais para reagir ao alívio das matérias primas no atacado recentemente.
Já os alimentos in natura, que foram os primeiros a sentir os efeitos da deflação no atacado agrícola, dão indícios de que o período de preços mais baixos no âmbito do IPC-Fipe está terminando. De acordo com o instituto, os itens in natura registraram queda de 0,66% na terceira quadrissemana do mês, após recuo de 1,64%.
"Diminuíram a queda. Estão voltando para mais próximos da estabilidade. As frutas estão reduzindo a velocidade de baixa (de 1,20% para 1,91%) e os legumes inverteram o sinal (de recuo de 2,65% para alta de 3,33%) - uma cortesia do tomate, que está subindo 14,78% (de 1,21%)", explicou.
Os alimentos semielaborados, por sua vez, tiveram inflação de 0,93% na terceira leitura do mês, depois de 1,54% na segunda.
O subgrupo ainda é o único a trazer perspectivas benéficas para a inflação do paulistano. Um dos destaques dos semielaborados, disse Costa Lima, foi a deflação das carnes bovinas, de 0,05%, e a alta de apenas 0,11% das carnes suínas.
"Os preços dos leites é que ainda se mantêm em nível elevado (3,26%)", disse. Alimentação fora do Domicílio também desacelerou no período, para 0,71% (ante 0,94%). Segundo Costa Lima, a tendência é que os alimentos in natura sigam diminuindo o ritmo de queda, os industrializados ainda apresentem altas fortes e os semielaborados praticamente zerando a taxa", finalizou.
São Paulo - A inflação de alimentos no varejo paulistano sinaliza que pode seguir trajetória ascendente pelo menos até o final deste mês, segundo o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas ( Fipe ), Rafael Costa Lima.
O grupo Alimentação, que iniciou maio em desaceleração de 0,88% (ante 1,23% no fechamento de abril), ficou em 0,87% na segunda quadrissemana e voltou a acelerar na terceira (últimos 30 dias terminados na sexta-feira, dia 23), para 0,90%.
"Os produtos in natura começaram o mês com queda, mas diminuíram o ritmo de baixa. A alta dos industrializados ainda se mantém. Apenas a dos semielaborados está perdendo ímpeto. Mas são os industrializados que praticamente estão segurando a inflação, pois têm peso expressivo", avaliou, acrescentando que o subgrupo tem participação de 10,9% no IPC, quase a soma do peso dos in natura (3,29%) e dos semielaborados (5,9%).
A previsão da Fipe é de uma variação de 0,95% para o grupo Alimentação no fim de maio, ante 1,23% em abril. Para o IPC, a expectativa é de 0,35%, ante 0,53% no mês passado.
De acordo com a Fipe, os alimentos industrializados avançaram de 1,26% para 1,42%, da segunda para a terceira leitura de maio.
Costa Lima ressaltou que a maioria dos produtos que integra o subgrupo subiu neste levantamento. Ele citou como exemplo a alta dos derivados da carne (de 1,92% para 2,25%) e o aumento registrado em panificados (de 1,18% para 1,91%).
"Os derivados do leite desaceleraram, mas estão com taxa elevada (de 1,87% para 1,34%)", disse.
Segundo Costa Lima, os preços dos alimentos industrializados estão demorando mais para reagir ao alívio das matérias primas no atacado recentemente.
Já os alimentos in natura, que foram os primeiros a sentir os efeitos da deflação no atacado agrícola, dão indícios de que o período de preços mais baixos no âmbito do IPC-Fipe está terminando. De acordo com o instituto, os itens in natura registraram queda de 0,66% na terceira quadrissemana do mês, após recuo de 1,64%.
"Diminuíram a queda. Estão voltando para mais próximos da estabilidade. As frutas estão reduzindo a velocidade de baixa (de 1,20% para 1,91%) e os legumes inverteram o sinal (de recuo de 2,65% para alta de 3,33%) - uma cortesia do tomate, que está subindo 14,78% (de 1,21%)", explicou.
Os alimentos semielaborados, por sua vez, tiveram inflação de 0,93% na terceira leitura do mês, depois de 1,54% na segunda.
O subgrupo ainda é o único a trazer perspectivas benéficas para a inflação do paulistano. Um dos destaques dos semielaborados, disse Costa Lima, foi a deflação das carnes bovinas, de 0,05%, e a alta de apenas 0,11% das carnes suínas.
"Os preços dos leites é que ainda se mantêm em nível elevado (3,26%)", disse. Alimentação fora do Domicílio também desacelerou no período, para 0,71% (ante 0,94%). Segundo Costa Lima, a tendência é que os alimentos in natura sigam diminuindo o ritmo de queda, os industrializados ainda apresentem altas fortes e os semielaborados praticamente zerando a taxa", finalizou.