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Faturamento da indústria mineira cai em junho, diz Fiemg

Em junho ante o mesmo mês de 2013, a queda foi de 12,31% e ante maio foi de 7,12% - ou de 5,61% em dados dessazonalizados

Indústria: em MG, faturamento real vem apresentando quedas cada vez mais acentuadas desde março (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2014 às 16h50.

Belo Horizonte - O faturamento real da indústria mineira apresentou queda no mês de junho em todas as bases de comparação, conforme dados divulgados nesta terça-feira, 05, pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Em junho ante o mesmo mês de 2013, a queda foi de 12,31% e ante maio foi de 7,12% - ou de 5,61% em dados dessazonalizados.

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No primeiro semestre, o faturamento da indústria de Minas Gerais registrou recuo de 6,64% ante o mesmo período do ano passado.

"O desaquecimento do mercado nacional em virtude da Copa do Mundo, da maior seletividade dos bancos na concessão de crédito para compra de veículos e da queda de confiança do consumidor diante do cenário de baixo crescimento econômico influenciou o resultado negativo", explicou a Fiemg, em nota enviada à imprensa.

O faturamento real vem apresentando quedas cada vez mais acentuadas desde março, com o fraco desempenho nos mercados doméstico e externo.

Além disso, a retração nos investimentos e no consumo das famílias influenciou o primeiro semestre fraco.

A entidade mencionou que outro fator relevante foi o recuo na demanda internacional, devido às restrições impostas pela Argentina à importação de veículos.

"Para o segundo semestre é esperada uma recuperação moderada no comportamento da indústria, passada a Copa do Mundo, com a interrupção do ciclo de alta das taxas de juros e com as medidas de estímulo ao crédito anunciadas pelo Banco Central", apontou a Fiemg.

As horas trabalhadas e a massa salarial acompanharam a retração na atividade produtiva, dado o menor número de horas extras, a concessão de feriados em função da Copa, a redução de turnos de produção e a concessão de férias coletivas em importantes empresas.

Ante junho de 2013, houve diminuição de 4,35% e de 0,31%, respectivamente. Na comparação com maio, as quedas foram de 4,13% e 5,92%.

No primeiro semestre, as horas trabalhadas diminuíram 1,85%, porém a massa salarial real acumulou aumento de 4,32%.

A utilização da capacidade instalada caiu 3,88 pontos porcentuais, passando de 87,15% em maio para 83,27% em junho.

O indicador médio de utilização da capacidade instalada no primeiro semestre de 2014 foi de 84,79%, redução de 0,43 ponto porcentual, frente aos mesmos meses do ano anterior (85,22%).

Revisões de projeções

A Fiemg também fez uma revisão das suas principais projeções de indicadores econômicos e industriais para 2014.

Para o PIB nacional, a entidade passou de uma expectativa de crescimento de 1,10% para 0,9%; para a produção industrial no país, passou de queda de 0,14% para diminuição de 1,15%, enquanto a produção de Minas Gerais terá um crescimento de 0,7% ante aumento de 2,78%.

Para as exportações brasileiras, a entidade acredita em um montante de US$ 241,8 bilhões ante US$ 244,04 bilhões da projeção anterior. Do total, Minas exportará US$ 31,7 bilhões.

Antes, a Fiemg esperava que as vendas externas mineiras atingissem US$ 34,2 bilhões. A taxa de câmbio que a Fiemg espera para o final do ano é de R$ 2,35/US$ ante R$ 2,40/US$ da expectativa anterior.

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