Economia

IPCA deve trazer alívio gradual dos preços livres, diz Fibra

Economista-chefe do banco trabalha com a expectativa de aumento médio entre 5% e 6% nos preços dos combustíveis entre novembro e dezembro


	Compras: taxa acumulada do IPCA-15 em 12 meses ficou em 6,49% até agosto
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Compras: taxa acumulada do IPCA-15 em 12 meses ficou em 6,49% até agosto (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 16h07.

São Paulo - Ao avaliar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), o economista-chefe do Banco Fibra, Cristiano Oliveira, disse que a tendência é de alívio dos preços livres nos próximos meses.

"Os livres devem continuar desacelerando devagar. É bastante provável que a inflação acumulada em 12 meses também desacelere, pelo menos até as eleições. Até lá, não deve ter aumento dos administrados", disse ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado, acrescentando que espera alta de 6,25% para o IPCA fechado de 2014.

O economista trabalha com a expectativa de aumento médio entre 5% e 6% nos preços dos combustíveis entre novembro e dezembro.

Segundo ele, a pressão dos administrados deve recair principalmente na inflação de 2015.

Oliveira calculou que um eventual reajuste de ônibus urbano, energia elétrica e gasolina no ano tende a ter um impacto de 1,20 ponto porcentual no IPCA 2015.

"No frigir dos ovos, a inflação do ano que vem será semelhante à de 2014, mas com uma composição diferente. Vai ser o inverso", disse, ao referir-se à estimativa de aceleração dos administrados e de certo alívio dos preços livres em 2015.

Na opinião de Oliveira, a inflação acumulada em 12 meses só deve desacelerar de maneira significativa em meados de 2016.

"Talvez naquele ano, o IPCA pode se afastar dessa zona entre 6% e 6,50%, que é muito perigosa", afirmou.

Hoje o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,14% em agosto, após apresentar elevação de 0,17% em julho.

A taxa acumulada em 12 meses ficou em 6,49% até agosto, depois de atingir 6,51%.

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