Feriados causarão prejuízo de R$ 54,6 bi à indústria em 2016
O levantamento tem como base a relação de feriados e pontos facultativos divulgada pelo Ministério do Planejamento
Da Redação
Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 17h28.
Rio de Janeiro - As perdas da indústria de transformação brasileira com os sete feriados e três pontos facultativos federais que cairão em dias de semana em 2016 serão de R$ 54,6 bilhões, de acordo com o estudo O Custo Econômico dos Feriados Federais para a Indústria, divulgado hoje (5) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O levantamento tem como base a relação de feriados e pontos facultativos divulgada pelo Ministério do Planejamento e não inclui o Dia do Servidor Público, “por ser ponto facultativo não consagrado como feriado”, nem a Quarta-feira de Cinzas, por ser ponto facultativo até as 14h.
Segundo o gerente de Ambiente de Negócios e Infraestrutura do Sistema Firjan, Guilherme Mercês, o valor representa 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país.
“Em um ano em que a economia não cresce e com essa quantidade de feriados, fica complicado crescer”, comentou.
O economista disse que o prejuízo com os feriados nacionais esse ano será menor do que em 2015 (R$ 59,9 bilhões), porque “a gente teve um recorde de feriados em dias de semana [no ano passado]. Esse ano, há um feriado a menos em dia de semana, por isso o valor é menor do que em 2015, mas é um volume bastante alto”.
Mercês explicou que quando o feriado cai em dia de semana, paralisa as atividades ou impõe custos trabalhistas dobrados às indústrias que optam por permanecer funcionando.
Os setores que têm trabalho contínuo, como o siderúrgico, por exemplo, são os mais prejudicados. As indústrias que atuam sob demanda, como a de plásticos e de vestuário, também são afetadas, segundo o economista.
“Elas têm que parar. Não vale a pena incorrer em custos trabalhistas dobrados para manter o funcionamento da indústria”.
A redução do chamado custo Brasil e a busca pelo aumento da competitividade da indústria brasileira têm levado a Firjan a defender o deslocamento dos feriados que caem no meio da semana para a segunda ou sexta-feira, uma bandeira antiga da entidade.
Segundo Mercês, em todo o mundo há tentativas de redução do número de feriados, visando ampliar a produtividade dos setores público e privado.
“Essa bandeira é muito importante, não só para o setor produtivo, mas para o governo, que está com problemas fiscais. Obviamente, em dias de feriado, o governo arrecada menos impostos”.
A solução, segundo o economista, não é eliminar os dias parados, mas “empurrar” os feriados que caem na terça ou na quinta-feira para dias próximos aos fins de semana. “A gente já mitigaria os prejuízos”, calculou.
A Firjan também vai calcular as perdas para a indústria nacional causadas pelos feriados locais dos estados e municípios. “O impacto não é restrito aos feriados federais. A gente ainda tem muitos feriados estaduais e municipais”.
Rio de Janeiro - As perdas da indústria de transformação brasileira com os sete feriados e três pontos facultativos federais que cairão em dias de semana em 2016 serão de R$ 54,6 bilhões, de acordo com o estudo O Custo Econômico dos Feriados Federais para a Indústria, divulgado hoje (5) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O levantamento tem como base a relação de feriados e pontos facultativos divulgada pelo Ministério do Planejamento e não inclui o Dia do Servidor Público, “por ser ponto facultativo não consagrado como feriado”, nem a Quarta-feira de Cinzas, por ser ponto facultativo até as 14h.
Segundo o gerente de Ambiente de Negócios e Infraestrutura do Sistema Firjan, Guilherme Mercês, o valor representa 3,7% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial do país.
“Em um ano em que a economia não cresce e com essa quantidade de feriados, fica complicado crescer”, comentou.
O economista disse que o prejuízo com os feriados nacionais esse ano será menor do que em 2015 (R$ 59,9 bilhões), porque “a gente teve um recorde de feriados em dias de semana [no ano passado]. Esse ano, há um feriado a menos em dia de semana, por isso o valor é menor do que em 2015, mas é um volume bastante alto”.
Mercês explicou que quando o feriado cai em dia de semana, paralisa as atividades ou impõe custos trabalhistas dobrados às indústrias que optam por permanecer funcionando.
Os setores que têm trabalho contínuo, como o siderúrgico, por exemplo, são os mais prejudicados. As indústrias que atuam sob demanda, como a de plásticos e de vestuário, também são afetadas, segundo o economista.
“Elas têm que parar. Não vale a pena incorrer em custos trabalhistas dobrados para manter o funcionamento da indústria”.
A redução do chamado custo Brasil e a busca pelo aumento da competitividade da indústria brasileira têm levado a Firjan a defender o deslocamento dos feriados que caem no meio da semana para a segunda ou sexta-feira, uma bandeira antiga da entidade.
Segundo Mercês, em todo o mundo há tentativas de redução do número de feriados, visando ampliar a produtividade dos setores público e privado.
“Essa bandeira é muito importante, não só para o setor produtivo, mas para o governo, que está com problemas fiscais. Obviamente, em dias de feriado, o governo arrecada menos impostos”.
A solução, segundo o economista, não é eliminar os dias parados, mas “empurrar” os feriados que caem na terça ou na quinta-feira para dias próximos aos fins de semana. “A gente já mitigaria os prejuízos”, calculou.
A Firjan também vai calcular as perdas para a indústria nacional causadas pelos feriados locais dos estados e municípios. “O impacto não é restrito aos feriados federais. A gente ainda tem muitos feriados estaduais e municipais”.