Exame Logo

Faturamento dos shoppings não cresce nem a metade do previsto

Os shoppings centers no Brasil amargam um início de ano muito menos proveitoso do que se esperava. O faturamento cresceu apenas 0,78% no primeiro trimestre de 2004 em relação ao mesmo período de 2003, segundo uma pesquisa com 78 varejistas. Além de ser bem menor ao projetado 2% de aumento na receita bruta , o […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h16.

Os shoppings centers no Brasil amargam um início de ano muito menos proveitoso do que se esperava. O faturamento cresceu apenas 0,78% no primeiro trimestre de 2004 em relação ao mesmo período de 2003, segundo uma pesquisa com 78 varejistas. Além de ser bem menor ao projetado 2% de aumento na receita bruta , o crescimento inferior a 1% ocorreu sobre uma base muito baixa e de dois anos atrás, pois o setor não registrou crescimento de 2002 para 2003.

Apesar da decepção no primeiro trimestre, a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop), que organizou a sondagem com os empresários de grandes redes, prevê um crescimento real de 3% para 2004. Se a avaliação estiver correta, os 582 shopping centers no Brasil encerrarão o ano com um faturamento total de 48,8 bilhões de reais. "Nossa sorte é que o brasileiro é consumista. Está entre os povos que mais consome no mundo", afirmou Nabil Sahyoun, presidente da Alshop.

Veja também

Segundo Sahyoun, vários fatores permitem fazer essa projeção positiva, como a abertura de novos shoppings ao longo do ano em todo país. Atualmente, 53 estão em construção. O efeito do dissídio das diferentes categorias que foi, na maioria, pouco acima da inflação de 9,3% de 2003, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) sobre a massa salarial da população também é aguardado. As coleções de roupas que chegam às lojas nas próximas semanas devem contribuir para um segundo trimestre mais promissor. "Discutimos a necessidade de os estilistas desenharem roupas realmente vendáveis", afirmou Sahyhoun.

Além disso, como ocorre no meio industrial, como revelou pesquisa da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), a margem de lucro dos varejistas vem sendo achatada, e as negociações de preço com os fornecedores estão cada vez mais duras. "Há situações em que o fornecedor tem, inclusive, deixado a mercadoria em consignação com o lojista", disse o presidente da Alshop.

É com pouco otimismo, entretanto, que a associação percebe a relação da queda da taxa de juros básica da economia com a receita dos estabelecimentos. A redução da Selic não deve, isoladamente, permitir um incremento significativo no faturamento. Apesar de a venda a prazo ser responsável por mais de 70% das transações nas lojas, a redução dos juros ao consumidor não está provocando mais consumo. A queda de mais de 10 pontos percentuais de 26,5% para 16,25% em um ano não se transformou em mais dinheiro no caixa dos lojistas.

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame