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Bolsonaro prevê mudanças para policiais federais na reforma da Previdência

Em visita à Câmara, secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, disse que não vê problemas em votar relatório só na próxima semana

Porta voz da Presidência da República Otávio do Rêgo Barros: governo percebe interesse dos parlamentares em atacar a questão previdenciária (Wilson Dias/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 25 de junho de 2019 às 13h31.

Última atualização em 25 de junho de 2019 às 14h19.

Brasília — O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, disse nesta terça-feira, 25, que o presidente Jair Bolsonaro conversou com o Ministério da Economia para pedir que eventuais mudanças em relação a policiais federais sejam feitas em consenso com o Congresso. Na véspera, o governo já tinha sinalizado apoiar alterações em regras de policiais.

Segundo Barros, o governo tem uma expectativa "muito positiva" para a aprovação da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados antes do recesso parlamentar, que começa em 18 de julho.

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A expectativa é positiva para a votação da proposta na comissão especial da reforma nesta semana e pelo plenário da Câmara a seguir, disse.

 

O porta-voz afirmou ainda que o governo percebe um interesse dos parlamentares em atacar a questão da reforma previdenciária, e que espera que essa defesa da reforma se desdobre o quanto antes em votos a favor da proposta.

Votação na Comissão Especial

O secretário especial da Previdência, Rogério Marinho, esteve no período da manhã na reunião da Comissão Especial que analisa a matéria na Câmara. Em uma passagem breve, ele chegou a se reunir a portas fechadas com o relator, Samuel Moreira (PSDB-SP), e com o líder da Maioria, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB). A comissão realiza nesta terça-feira, 25, o terceiro dia de debate desde que o relator apresentou seu texto substitutivo à proposta, no último dia 13.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de que a votação no colegiado aconteça apenas na próxima semana e não nesta quinta-feira, ele disse não ver problema, mas reafirmou sua expectativa de que a votação seja nos próximos dias.

Em relação à economia esperada com a reforma, Marinho disse apenas que "a caneta está com o relator".

Eleições municipais

O porta-voz disse também que Bolsonaro “tem o interesse de apoiar candidatos que estejam alinhados com sua ideologia, seu pensamento e a sua gestão de governo”.

Explicou que “é nesse sentido que ele eventualmente formula pensamentos, antecipa pensamentos” em relação ao assunto. Mas o porta-voz ressalvou que “não me foi dito claramente esse apoio do presidente à deputada Joice Hasselmann”.

Nesta segunda-feira, 24, após participar de almoço com Bolsonaro, no Planalto, a deputada declarou que o presidente defendeu a sua candidatura à Prefeitura de São Paulo. Três outros participantes do almoço, no entanto, disseram ao jornal O Estado de S. Paulo não terem ouvido este diálogo entre o presidente e a deputada, nem que Bolsonaro tenha anunciado apoio à candidatura da líder do governo no Congresso.

“O que o presidente me adiantou é que os comentários feitos no almoço foram comentários não formalizados, não fixados efetivamente”, afirmou o general Rego Barros, ao ser questionado se o presidente, no almoço, havia anunciado ou defendido a candidatura de Joice à prefeitura da capital paulista.

O porta-voz reiterou, no entanto, que “o presidente tem interesse em apoiar todos aqueles candidatos que possuem alinhamento ideológico e de gestão com a Presidência da República e com ele, e, nesse contexto, ele irá agir para selecionar aquelas pessoas, dentro ou fora do partido, que possam colaborar para que termine os seus quatro anos de governo colocando nosso país nos trilhos”.

Perguntado se Bolsonaro pretende subir em palanques de candidatos aliados nas eleições municipais, o porta-voz disse que o presidente não falou sobre isso com ele. Na segunda, em entrevista, a deputada declarou que o presidente puxou o assunto no final do almoço, e, não só a autorizou a falar do apoio à sua candidatura à Prefeitura de São Paulo, como salientou que ela deveria divulgar isso.

“A sinalização do presidente foi um passo muito importante. O desejo do presidente é um pedaço da liberação que eu preciso. No momento em que o meu partido quer, que o presidente Bolsonaro quer, agora vamos começar a conversa com o eleitor”, disse Joice, acrescentando que, se o presidente não a apoiar, não disputará o pleito.

“É um namoro. Eu e o presidente estamos flertando, namorando sobre essa ideia”, resumiu, depois, ao ser questionada sobre os demais apoios em seu partido e alianças. “É um namoro. Eu não disse que vou casar com ninguém. Calma. A eleição é daqui a um ano e meio”, comentou. “Se eu aceitar o desafio, como começamos a conversar, eu vou pra cima. Minha responsabilidade é com o povo de São Paulo para comandar a cidade, quiçá o Estado”, observou a deputada que disse já estar discutindo quem será vice na sua chapa.

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