Exame Logo

Ex-ministro acredita que Rússia viverá crise inevitável

Ex-ministro de Finanças, Alexei Kudrin afirmou que, no próximo ano, os russos sentirão a crise em plena medida

O ex-ministro das Finanças da Rússia, Alexei Kudrin: "hoje posso dizer que entramos ou entramos em uma crise econômica completamente" (Simon Dawson/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 09h10.

Moscou - A Rússia viverá uma " crise econômica total", afirmou nesta segunda-feira o ex-ministro de Finanças, Alexei Kudrin, artífice da estratégia que permitiu à economia russa superar sem grandes custos as turbulências financeiras de 2008.

"Hoje posso dizer que entramos ou entramos em uma crise econômica completamente. No próximo ano a sentiremos em plena medida", disse Kudrin em entrevista coletiva na sede da agência "Interfax".

Segundo o ex-ministro, mesmo se os preços do petróleo voltarem ao patamar de US$ 80 o barril, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia "será de 2% ou mais" e se os preços ficarem em cerca de US$ 60, "o PIB cairá 4% ou mais".

"A inflação ano que vem será entre 12% e 15%", previu Kudrin, que esteve à frente das finanças russas entre 2000 e 2011 e atualmente preside o Comitê de Iniciativas Cidadãs, uma organização não partidária que reúne profissionais de diferentes setores.

Na sua opinião, a cotação do rublo, que chegou a perder 50% de seu valor em relação às principais divisas internacionais, se estabilizará no primeiro trimestre de 2015 devido, principalmente, à redução das importações.

Kudrin advertiu que as medidas anti-crise poderiam ser estéreis se a Rússia não melhorar suas relações com Ocidente e não adotar medidas de solução à crise ucraniana.

"O que têm que fazer o presidente e o governo? O mais importante é normalizar as relações da Rússia com seus parceiros econômicos, em primeiro lugar com a Europa e os Estados Unidos", ressaltou.

A continuidade do conflito no leste da Ucrânia "é um risco do ponto de vista do endurecimento das sanções (à Rússia), principalmente as financeiras, e reduz a eficácia das medidas anti-crise".

"O desejo de defender a soberania da Federação Russa não está em contradição com a possibilidade de a Rússia conservar sua condição de parceiro comercial confiável", ressaltou o ex-ministro de Finanças.

Sobre o impacto que a crise econômica terá na situação política no país, Kudrin acredita que "a queda do nível de vida será dolorosa, o que aumentará os protestos".

No entanto, assegurou que isso "não solapará as condições para o funcionamento das instituições do Estado".

Veja também

Moscou - A Rússia viverá uma " crise econômica total", afirmou nesta segunda-feira o ex-ministro de Finanças, Alexei Kudrin, artífice da estratégia que permitiu à economia russa superar sem grandes custos as turbulências financeiras de 2008.

"Hoje posso dizer que entramos ou entramos em uma crise econômica completamente. No próximo ano a sentiremos em plena medida", disse Kudrin em entrevista coletiva na sede da agência "Interfax".

Segundo o ex-ministro, mesmo se os preços do petróleo voltarem ao patamar de US$ 80 o barril, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia "será de 2% ou mais" e se os preços ficarem em cerca de US$ 60, "o PIB cairá 4% ou mais".

"A inflação ano que vem será entre 12% e 15%", previu Kudrin, que esteve à frente das finanças russas entre 2000 e 2011 e atualmente preside o Comitê de Iniciativas Cidadãs, uma organização não partidária que reúne profissionais de diferentes setores.

Na sua opinião, a cotação do rublo, que chegou a perder 50% de seu valor em relação às principais divisas internacionais, se estabilizará no primeiro trimestre de 2015 devido, principalmente, à redução das importações.

Kudrin advertiu que as medidas anti-crise poderiam ser estéreis se a Rússia não melhorar suas relações com Ocidente e não adotar medidas de solução à crise ucraniana.

"O que têm que fazer o presidente e o governo? O mais importante é normalizar as relações da Rússia com seus parceiros econômicos, em primeiro lugar com a Europa e os Estados Unidos", ressaltou.

A continuidade do conflito no leste da Ucrânia "é um risco do ponto de vista do endurecimento das sanções (à Rússia), principalmente as financeiras, e reduz a eficácia das medidas anti-crise".

"O desejo de defender a soberania da Federação Russa não está em contradição com a possibilidade de a Rússia conservar sua condição de parceiro comercial confiável", ressaltou o ex-ministro de Finanças.

Sobre o impacto que a crise econômica terá na situação política no país, Kudrin acredita que "a queda do nível de vida será dolorosa, o que aumentará os protestos".

No entanto, assegurou que isso "não solapará as condições para o funcionamento das instituições do Estado".

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCrise econômicaEuropaRússia

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Economia

Mais na Exame