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Europa dependerá mais de gás da Rússia nos próximos anos

Administração da Gazprom se mostrou otimista em sua reunião anual com investidores em Londres

Gasoduto: União Europeia acusou a Gazprom de usar o gás como arma política e disse que buscará diversificar suas fontes de suprimento (Brett Gundlock/Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2014 às 13h57.

Londres - A Europa vai se tornar ainda mais dependente do fornecimento de gás da Gazprom nos próximos anos, disse a estatal russa nesta segunda-feira, apesar dos clamores por sanções contra Moscou por conta da crise na Ucrânia.

Com a ação da empresa em queda de mais de 13 por cento em meio à tensão do mercado em relação à estabilidade do fluxo de gás russo através da Ucrânia, a administração da Gazprom se mostrou otimista em sua reunião anual com investidores em Londres.

"A Gazprom aumentou sua fatia de mercado na Europa porque a produção doméstica europeia diminuiu em países como Grã-Bretanha e Noruega... não vemos sinais de que a situação irá mudar na Europa", disse o vice-presidente da estatal, Alexander Medvedev.

A Gazprom, que cobre por mais de quarto da demanda de gás europeia, cortou as exportações para a Ucrânia duas vezes ao longo da última década em meio a discussões de preços com Kiev.

A União Europeia acusou a Gazprom de usar o gás como arma política e disse que buscará diversificar suas fontes de suprimento.

A fatia do mercado europeu de gás da Gazprom aumentou de 25,6 para 30 por cento no ano passado, disse Medvedev, já que a empresa exportou um volume recorde de 162,7 bilhões de metros cúbicos (bcm), enquanto o consumo europeu encolheu.

"A Europa simplesmente não verá a chegada de fornecedores de gás de tal calibre (como Rússia, Noruega ou Argélia) tão cedo", afirmou Medvedev.

A exportação de gás russo para a Europa nos próximos quatro anos deve ser só um pouco menor que em 2013, disse ele. A Ucrânia escoa menos da metade do total do volume russo para a Europa, com o resto indo via Bielorrúsia, sob os Mares Báltico e Negro.

Medvedev declarou que até a Rússia construir um novo gasoduto --conhecido como Fluxo do Sul-- para a Europa sob o Mar Negro, contará com a Ucrânia para o escoamento de pelo menos 70 bcm por ano.

Os executivos da Gazprom disseram que o escoamento para a Europa ocorre normalmente via Ucrânia, mas deram poucas indicações sobre a situação no local. Os investidores fizeram poucas perguntas sobre o tema.

"A administração da Gazprom não tem influência na situação na Ucrânia; é o governo que decidirá, não a Gazprom", disse Oleg Maximov, do banco Sberbank CIB.

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Londres - A Europa vai se tornar ainda mais dependente do fornecimento de gás da Gazprom nos próximos anos, disse a estatal russa nesta segunda-feira, apesar dos clamores por sanções contra Moscou por conta da crise na Ucrânia.

Com a ação da empresa em queda de mais de 13 por cento em meio à tensão do mercado em relação à estabilidade do fluxo de gás russo através da Ucrânia, a administração da Gazprom se mostrou otimista em sua reunião anual com investidores em Londres.

"A Gazprom aumentou sua fatia de mercado na Europa porque a produção doméstica europeia diminuiu em países como Grã-Bretanha e Noruega... não vemos sinais de que a situação irá mudar na Europa", disse o vice-presidente da estatal, Alexander Medvedev.

A Gazprom, que cobre por mais de quarto da demanda de gás europeia, cortou as exportações para a Ucrânia duas vezes ao longo da última década em meio a discussões de preços com Kiev.

A União Europeia acusou a Gazprom de usar o gás como arma política e disse que buscará diversificar suas fontes de suprimento.

A fatia do mercado europeu de gás da Gazprom aumentou de 25,6 para 30 por cento no ano passado, disse Medvedev, já que a empresa exportou um volume recorde de 162,7 bilhões de metros cúbicos (bcm), enquanto o consumo europeu encolheu.

"A Europa simplesmente não verá a chegada de fornecedores de gás de tal calibre (como Rússia, Noruega ou Argélia) tão cedo", afirmou Medvedev.

A exportação de gás russo para a Europa nos próximos quatro anos deve ser só um pouco menor que em 2013, disse ele. A Ucrânia escoa menos da metade do total do volume russo para a Europa, com o resto indo via Bielorrúsia, sob os Mares Báltico e Negro.

Medvedev declarou que até a Rússia construir um novo gasoduto --conhecido como Fluxo do Sul-- para a Europa sob o Mar Negro, contará com a Ucrânia para o escoamento de pelo menos 70 bcm por ano.

Os executivos da Gazprom disseram que o escoamento para a Europa ocorre normalmente via Ucrânia, mas deram poucas indicações sobre a situação no local. Os investidores fizeram poucas perguntas sobre o tema.

"A administração da Gazprom não tem influência na situação na Ucrânia; é o governo que decidirá, não a Gazprom", disse Oleg Maximov, do banco Sberbank CIB.

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