Europa dá uma semana à Grécia para tomar ações concretas
Entre as medidas exigidas estão mais cortes no orçamento e a aprovação, pelo Parlamento, do "acordo geral" sobre o plano de austeridade
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2012 às 08h12.
Bruxelas - A Zona do Euro deu o prazo de uma semana à Grécia para empreender "ações concretas", em troca do resgate esperado pelo país para evitar a quebra, e estão, entre as medidas exigidas, mais cortes no orçamento, além da aprovação, pelo Parlamento, do "acordo geral" sobre o plano de austeridade anunciado em Atenas.
"Apesar dos avanços dos últimos dias, não dispomos de todos os elementos necessários para tomar decisões" imediatas (repassar à Grecia a ajuda de 130 bilhões de euros, pendente desde outubro de 2011), afirmou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker. Por este motivo, os ministros de Finanças de 17 países da Zona do Euro vão realizar outra reunião, desta vez na próxima quarta-feira.
Juncker, frisou nesta quinta-feira que só vai desembolsar a ajuda à Grécia se o Parlamento grego der aval ao acordo aprovado horas antes, entre outras "ações concretas".
Pedimos "ações concretas", afirmou, também, o comissário de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, em entrevista à imprensa, ao final da reunião, em Bruxelas.
Juncker fixou o preenchimento de três condições para a concessão da ajuda. Em primeiro lugar, o parlamento grego precisará aprovar domingo o plano de austeridade sobre o qual os partidos políticos gregos e os representantes dos credores públicos da Grécia, reunidos em torno da "troika" (formada por UE, BCE e FMI), concordaram, durante o dia.
Além disso, "o governo grego terá que apresentar uma economia extra de 325 milhões de euros" no orçamento para 2012 do país, e isto "até quarta-feira", insistiu Juncker.
A Zona do Euro também exige que os partidos da coalizão no poder em Atenas apresentem "fortes garantias políticas" sobre seu apoio ao plano de austeridade, precisou.
A Grécia negocia em dois planos paralelos. Espera um novo programa de empréstimos europeus no valor de 130 bilhões de euros, ao mesmo tempo em que procura obter dos bancos credores uma redução de sua dívida no valor de 100 bilhões de euros. Preencher as condições deste plano é uma questão considerada essencial, Mas se a Grécia não receber ajuda, não poderá enfrentar, no dia 20 de março o próximo vencimento de uma parcela da dívida, de 14,4 bilhões de euros, o que obrigará o país a declarar moratória.
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, informou que "o tempo urge" para chegar a um acordo global.
Segundo ele, a Zona do Euro também "estuda a possibilidade" de criar uma conta bloqueada, destinada ao reembolso da dívida grega, uma proposta franco-alemã.
Horas antes da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, os três partidos gregos (socialistas, conservadores e os da extrema-direita) do governo de união nacional anunciaram um "acordo" com os novos cortes.
Mas não foi suficiente, como também fez saber a diretora-gerente del Fondo Monetario Internacional (FMI), Christine Lagarde, advertindo que "ainda há muito a ser feito".
A ideia é reduzir a colossal dívida da Grécia de 160% do seu PIB, Produto Interno Bruto, a 120% até 2020, um nível considerado mais sustentável.
Segundo vazamentos na imprensa, as medidas exigidas pela "troika" incluem um corte geral de 3,3 bilhões de euros, entre eles uma redução de 22% do salário mínimo (que passaria a 586 euros mensais para os 325.000 trabalhadores afetados), além de diminuições no pagamento das pensões e uma supressão rápida de 15.000 empregos na função pública.
Mas a população grega, os sindicatos, assim como numerosos políticos e analistas, consideram que os ajustes só podem agravar a situação de um país que entra em seu quinto ano de recessão, com um índice de desemprego que afetou, em novembro, 20,9% da população ativa.
Cerca de 8.000 pessoas tomaram as ruas de Atenas nesta quinta-feira, em protesto contra os cortes e as medidas de austeridade exigidas por Bruxelas.
As duas principais centrais sindicais -Adedy (funcionários públicos) e GSEE (privados)- convocaram uma nova greve geral para a sexta-feira e o sábado, depois que 20.000 pessoas foram, na terça-feira, às ruas de Atenas.
O preço político destas medidas é considerado elevado para os partidos que se preparam para eleições legislativas antecipadas em março ou abril.
Bruxelas - A Zona do Euro deu o prazo de uma semana à Grécia para empreender "ações concretas", em troca do resgate esperado pelo país para evitar a quebra, e estão, entre as medidas exigidas, mais cortes no orçamento, além da aprovação, pelo Parlamento, do "acordo geral" sobre o plano de austeridade anunciado em Atenas.
"Apesar dos avanços dos últimos dias, não dispomos de todos os elementos necessários para tomar decisões" imediatas (repassar à Grecia a ajuda de 130 bilhões de euros, pendente desde outubro de 2011), afirmou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker. Por este motivo, os ministros de Finanças de 17 países da Zona do Euro vão realizar outra reunião, desta vez na próxima quarta-feira.
Juncker, frisou nesta quinta-feira que só vai desembolsar a ajuda à Grécia se o Parlamento grego der aval ao acordo aprovado horas antes, entre outras "ações concretas".
Pedimos "ações concretas", afirmou, também, o comissário de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, em entrevista à imprensa, ao final da reunião, em Bruxelas.
Juncker fixou o preenchimento de três condições para a concessão da ajuda. Em primeiro lugar, o parlamento grego precisará aprovar domingo o plano de austeridade sobre o qual os partidos políticos gregos e os representantes dos credores públicos da Grécia, reunidos em torno da "troika" (formada por UE, BCE e FMI), concordaram, durante o dia.
Além disso, "o governo grego terá que apresentar uma economia extra de 325 milhões de euros" no orçamento para 2012 do país, e isto "até quarta-feira", insistiu Juncker.
A Zona do Euro também exige que os partidos da coalizão no poder em Atenas apresentem "fortes garantias políticas" sobre seu apoio ao plano de austeridade, precisou.
A Grécia negocia em dois planos paralelos. Espera um novo programa de empréstimos europeus no valor de 130 bilhões de euros, ao mesmo tempo em que procura obter dos bancos credores uma redução de sua dívida no valor de 100 bilhões de euros. Preencher as condições deste plano é uma questão considerada essencial, Mas se a Grécia não receber ajuda, não poderá enfrentar, no dia 20 de março o próximo vencimento de uma parcela da dívida, de 14,4 bilhões de euros, o que obrigará o país a declarar moratória.
O presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, Olli Rehn, informou que "o tempo urge" para chegar a um acordo global.
Segundo ele, a Zona do Euro também "estuda a possibilidade" de criar uma conta bloqueada, destinada ao reembolso da dívida grega, uma proposta franco-alemã.
Horas antes da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, os três partidos gregos (socialistas, conservadores e os da extrema-direita) do governo de união nacional anunciaram um "acordo" com os novos cortes.
Mas não foi suficiente, como também fez saber a diretora-gerente del Fondo Monetario Internacional (FMI), Christine Lagarde, advertindo que "ainda há muito a ser feito".
A ideia é reduzir a colossal dívida da Grécia de 160% do seu PIB, Produto Interno Bruto, a 120% até 2020, um nível considerado mais sustentável.
Segundo vazamentos na imprensa, as medidas exigidas pela "troika" incluem um corte geral de 3,3 bilhões de euros, entre eles uma redução de 22% do salário mínimo (que passaria a 586 euros mensais para os 325.000 trabalhadores afetados), além de diminuições no pagamento das pensões e uma supressão rápida de 15.000 empregos na função pública.
Mas a população grega, os sindicatos, assim como numerosos políticos e analistas, consideram que os ajustes só podem agravar a situação de um país que entra em seu quinto ano de recessão, com um índice de desemprego que afetou, em novembro, 20,9% da população ativa.
Cerca de 8.000 pessoas tomaram as ruas de Atenas nesta quinta-feira, em protesto contra os cortes e as medidas de austeridade exigidas por Bruxelas.
As duas principais centrais sindicais -Adedy (funcionários públicos) e GSEE (privados)- convocaram uma nova greve geral para a sexta-feira e o sábado, depois que 20.000 pessoas foram, na terça-feira, às ruas de Atenas.
O preço político destas medidas é considerado elevado para os partidos que se preparam para eleições legislativas antecipadas em março ou abril.