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EUA preveem que renegociação do Nafta começará no fim do ano

O novo secretário de Comércio reconheceu o "nervosismo existente" entre algumas empresas pelo resultado dessas negociações

Wilbur Ross: "Eu gostaria que houvesse resultados amanhã, mas não é assim que o mundo funciona. Provavelmente, as verdadeiras negociações não devem começar antes do fim do ano" (Yuri Gripas/Reuters)
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EFE

Publicado em 8 de março de 2017 às 17h48.

Washington - A renegociação do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte ( Nafta ) com México e Canadá, destacada como uma prioridade pelo presidente dos Estados Unidos , Donald Trump, só começará no fim deste ano, afirmou nesta quarta-feira o secretário de Comércio, Wilbur Ross.

"Eu gostaria que houvesse resultados amanhã, mas não é assim que o mundo funciona. Provavelmente, as verdadeiras negociações não devem começar antes do fim do ano. E as conversas não devem levar substancialmente mais outro ano", disse Ross em uma entrevista à emissora "Bloomberg".

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O novo secretário de Comércio, que foi confirmado no último mês de fevereiro, reconheceu o "nervosismo existente" entre algumas empresas pelo resultado dessas negociações, mas afirmou que isso se deve à "incerteza" gerada. Por isso, ele expressou o desejo de avançar rapidamente sobre a questão.

Segundo a legislação atual, que dá ao presidente poderes especiais para negociar acordos comerciais, Trump deve avisar ao Congresso com 90 dias de antecedência sobre a intenção de revisar um acordo já firmado. Além disso, ele deve apresentar os objetivos dessa negociação à Câmara dos Representantes e ao Senado.

O Nafta, assinado em 1994, inclui uma cláusula para a saída de seus membros, mas exige um aviso prévio de seis meses. Trump classificou o acordo como um "desastre" para a economia e os empregos americanos.

Trump e sua equipe afirmam que o Nafta está diminuindo empregos nos EUA porque empresas americanas se mudaram para o México para aproveitar a mão-de-obra mais barata. Eles apontam o déficit comercial de US$ 60 bilhões com o país vizinho como um sinal do desequilíbrio trazido pelo acordo.

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