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EUA aumenta pressão sobre FMI e Banco Mundial

Secretário do Tesouro dos EUA sugeriu que o Banco Mundial se concentre mais nos resultados de seus projetos e em garantir que eles sejam eficientes

Steven Mnuchin: para secretário do Tesouro, debate não é necessário nem realista (Kevin Lamarque/Reuters)
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AFP

Publicado em 22 de abril de 2017 às 10h32.

O governo americano de Donald Trump manifestou nesta sexta-feira sua oposição ao projeto do Banco Mundial de aumentar seu capital para reforçar a capacidade de crédito, e exortou o FMI a melhorar sua vigilância sobre os "desequilíbrios" econômicos.

O Banco Mundial defende há vários meses a necessidade de um aumento de seus recursos para melhorar as possibilidades de ajuda aos países mais pobres e financiar a expansão econômica de gigantes econômicos como China e Índia.

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"Pensamos que um aumento de capital é necessário se queremos responder às aspirações de numerosos países", declarou na quinta-feira o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, ao abrir em Washington as assembleias anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Estados Unidos, primeiro acionista do Banco Mundial, é contrário a esta posição. Em um comunicado publicado no encerramento das reuniões, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, avaliou que o debate "não é necessário e nem realista".

"Pensamos que se pode fazer mais para otimizar o balanço financeiro do Banco Mundial e se evitar uma rápida queda de seus empréstimos", disse Mnuchin, que exortou a instituição a se concentrar mais nos "resultados" de seus projetos de desenvolvimento e em "garantir uma real eficiência" dos mesmos.

Em outro comunicado, Mnuchin exortou o FMI a adotar uma "maneira mais robusta" de monitorar os desequilíbrios econômicos que contribuem para difundir a impressão de que o sistema financeiro "não beneficia a todo mundo".

"Isto deve incluir uma análise sólida da política de taxas de câmbio dos países e dos desequilíbrios externos".

O governo Trump pretende reduzir os déficits comerciais dos Estados Unidos com países como China e Alemanha.

"De acordo com nossa análise, tanto os grandes excedentes comerciais como os grandes déficits comerciais não contribuem para um sistema comercial livre e equitativo", concluiu Mnuchin.

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