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Estúdios;dos EUA lançam campanha contra <EM>download</EM> ilegal de filmes

Para The Wall Street Journal, o efeito prático de campanhas desse tipo ainda é incerto. As ações judiciais provavelmente contribuíram para a retomada das vendas no caso das músicas, mas os preços em queda dos CDs e as promoções também explicam o cresci

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h50.

A indústria americana de cinema segue os passos das gravadores e lança uma campanha para combater na Justiça o download ilegal de filmes. A idéia é evitar logo que a prática se torne um hábito, como é o caso do compartilhamento clandestino de músicas pela internet. A Motion Picture Association of America, entidade que reúne pesos-pesados como Sony, Warner e Buena Vista, anunciou nesta quinta-feira (4/11) que vai apresentar ações de violação de propriedade intelectual contra indivíduos que fizerem ilegalmente trocas online de filmes (leia reportagem do Portal EXAME sobre esforços dos estúdios para coibir a pirataria no Brasil).

Para o americano The Wall Street Journal, a nova campanha tem a vantagem de ser lançada enquanto o download de filmes está apenas começando, ao passo que a indústria fonográfica esperou para reagir até que baixar músicas gratuitamente já tivesse se tornado um hábito enraizado de milhões de pessoas (leia reportagem de EXAME sobre o peso da pirataria e da sonegação na economia brasileira). Embora seja cada vez mais popular, o compartilhamento de filmes ainda representa menos que 2% de todas as trocas online de arquivos, comparado com 60% de participação no caso de músicas e outros arquivos de áudio.

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Uma das razões para que a ameaça aos lucros das companhias ainda não tenha se alastrado é que demora baixar um filme - mesmo comprimido, o arquivo ainda fica com cerca de 700 megabytes. Mas o que motiva a preocupação dos estúdios é a chegada de novas tecnologias cuja rapidez é suficiente para tornar o tamanho dos arquivos irrelevante. Além disso, a Sony e a Microsoft lançaram equipamentos que permitem que filmes baixados pela internet sejam facilmente exibidos em televisores.

De qualquer modo, o efeito de processos legais, diz o Wall Street Journal, ainda é tema de debate, e o caso das músicas serve como referência. A venda total de músicas cresce depois de três anos de declínio, mas o avanço não é extraordinário - cerca de 6% em 2004, até o momento. "As ações judiciais provavelmente contribuíram para a retomada das vendas", diz a reportagem, "mas os preços em queda dos CDs e as promoções" também explicam a tendência. As vendas online vêm aumentando, mas ainda representam menos que 2% de todas as vendas de música.

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