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Estoque de veículos em agosto sobe para 47 dias de vendas

Segundo o presidente da entidade, Alarico Assumpção, esse nível supera em dois dias o estoque registrado em julho

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	Carros estacionados: em razão da retração no comércio de veículos nos últimos meses, como reflexo de uma dos piores desempenhos de vendas desde 2007, o saldo de concessionárias fechadas no acumulado do ano até agosto é de 347 lojas
 (hristian Müller/Thinkstock)

Carros estacionados: em razão da retração no comércio de veículos nos últimos meses, como reflexo de uma dos piores desempenhos de vendas desde 2007, o saldo de concessionárias fechadas no acumulado do ano até agosto é de 347 lojas (hristian Müller/Thinkstock)

A
André Ítalo Rocha

Publicado em 2 de setembro de 2015, 14h13.

São Paulo - O estoque de veículos nos pátios das fábricas e concessionárias em agosto era equivalente a 47 dias de vendas, o correspondente a algo entre 305 mil e 310 mil unidades encalhadas, informou a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Segundo o presidente da entidade, Alarico Assumpção, esse nível supera em dois dias o estoque registrado em julho. Para o setor, um estoque considerado normal é equivalente a 30 dias de vendas.

Em razão da retração no comércio de veículos nos últimos meses, como reflexo de uma dos piores desempenhos de vendas desde 2007, o saldo de concessionárias fechadas no acumulado do ano até agosto é de 347 lojas.

Foram 691 fechamentos e 344 aberturas. O saldo negativo causou a demissão de 17 mil trabalhadores. Segundo o dirigente, as concessionárias consideradas fechadas são aquelas que não emplacaram nenhum veículo no período, mas que poderão reabrir no futuro.

Endividamento

De acordo com a economista Tereza Fernandes, da MB Associados, que presta consultoria econômica a Fenabrave, com o crescente nível das taxas de desemprego no Brasil, o que mais preocupa o setor automotivo para o segundo semestre deste ano é o provável aumento do endividamento das famílias.

"No primeiro semestre, nós começamos a perceber um aumento das demissões no setor privado, especialmente no mercado formal. Com isso, o seguro-desemprego deve durar cinco ou seis meses. Portanto, a partir de outubro, esse dinheiro deve começar a acabar, o que pode causar aumento da inadimplência", explicou Tereza.

Segundo a entidade, o nível de inadimplência atual ainda é baixo, de 4%, mas essa taxa deve aumentar nos próximos meses.

"Eu tinha a expectativa de que a economia já tinha chegado ao fundo do poço, porém essa expectativa começa a cair", disse Tereza. "E nós não estamos vendo uma recuperação do emprego."

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