São Paulo - O principal obstáculo para micro e pequenas empresas exportadoras no Brasil é o alto custo de transporte . A conclusão é de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria ( CNI ), em parceria com a Fundação Getulio Vargas ( FGV ), que listou os dez principais problemas enfrentados por esses negócios para vender produtos para fora.
No estudo, pesquisadores entrevistaram 540 empresários exportadores com até 49 funcionários. Entre eles, 75% exportam produtos há mais de cinco anos. Os empreendedores deram notas de 1 a 5 para os principais entraves durante o processo de exportação, considerando 5 a barreira de maior impacto.
Em primeiro lugar, apareceu o custo com transporte, que recebeu nota média de 3,56, seguido pelas tarifas cobradas em terminais de despacho de cargas, com 3,42. Veja a seguir a lista completa dos dez maiores obstáculos apontados pelos micro e pequenos exportadores brasileiros:
//e.infogr.am/js/embed.js?BFK
Custo Brasil
O resultado do estudo foi surpreendente para o gerente executivo de comércio exterior da CNI, Diego Bonomo. “Historicamente, sempre aparecia o câmbio em primeiro lugar na pesquisa. Mas com a crise econômica, a desvalorização do real reduziu a percepção do câmbio como um problema”, explica Bonomo. Isso porque as exportações se beneficiam com os produtos brasileiros mais baratos para os olhos externos.
Nos primeiros lugares do ranking , apareceram problemas estruturais do Brasil, resultado do chamado custo Brasil associado ao comércio exterior . O alto custo de transporte e as tarifas cobradas por portos e aeroportos são um problema para as grandes empresas também, além das pequenas, e em todas as regiões do Brasil.
Segundo Bonomo, esses problemas estão diretamente relacionados ao terceiro principal obstáculo do ranking: a baixa eficiência do governo no apoio à superação das barreiras às exportações.
“A baixa qualidade da infraestrutura de investimentos é mais difícil de ser solucionada, porque depende de investimentos que chegam a 300 bilhões de reais. Mas algumas questões regulatórias resolveriam o problema das tarifas, que chamamos de tributações invisíveis do comércio exterior”, aponta.
As leis conflituosas, complexas e pouco efetivas estão em quarto lugar do ranking de obstáculos, porque a legislação de comércio exterior do Brasil foi criada na década de 1950 e permanece a mesma até hoje.
“São leis antigas, que dão margem para múltiplas interpretações e estão dispersas em decretos e portarias. Tudo cria uma burocracia enorme para pequenos empresários que não têm um departamento jurídico na empresa”, explica Bonomo.
Falta de financiamento
O estudo da CNI também questionou aos empresários sobre quais dificuldades internas de seus negócios afetam seu desempenho nas exportações. O principal problema apontado por eles foi a falta de dinheiro. Surpreendentemente, mais de 70% não utilizam ou utilizam muito pouco os financiamentos disponíveis.
Isso acontece, principalmente, pela exigência de garantias para os financiamentos, segundo os entrevistados. A falta de informação sobre linhas de crédito disponíveis e as barreiras de acesso em função do porte da empresa foram citadas por metade dos empresários.
“Falta ajustar programas de financiamento dos bancos públicos para pequenas e médias empresas. Há pouca informação do governo sobre essas linhas de crédito”, aponta Bonomo.
- 1. Acima da média
1 /16(Germano Luders/Exame)
São Paulo - Pelo quinto ano consecutivo, a consultoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), o Centro de Liderança Pública (CLP) e a Tendências Consultoria analisaram a
competitividade de cada uma das 27 unidades da federação. As quatro primeiras colocações foram mantidas:
São Paulo segue na liderança, seguido por Paraná, Santa Catarina e o Distrito Federal. Em quinto, ficou o Mato Grosso do Sul, roubando o lugar que era do Espírito Santo no ano passado. Foram analisados 65 itens em 10 pilares estratégicos: segurança pública; eficiência da máquina pública; sustentabilidade social; capital humano;
infraestrutura ; inovação;
educação ; potencial de mercado; solidez fiscal e sustentabilidade ambiental. Um balanço final gerou uma nota de 0 a 100 para cada estado. Veja nas fotos quais foram os 13 estados que ficaram acima da média brasileira, de 50,2 pontos, e no final, a lista dos 14 que ficaram abaixo.
- 2. 1. São Paulo
2 /16(Google Maps/Reprodução)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 88,9 | 1º |
Infraestrutura | 100 | 1º |
Sustentabilidade Social | 94,3 | 2º |
Segurança Pública | 94,2 | 2 |
Educação | 100 | 1º |
Solidez Fiscal | 49,5 | 15º |
Eficiência da Máquina Pública | 99,8 | 2º |
Capital Humano | 71,5 | 3º |
Sustentabilidade Ambiental | 82,1 | 5º |
Potencial de Mercado | 100 | 1º |
Inovação | 100 | 1º |
- 3. 2. Paraná
3 /16(Thinkstock/ Ziviani)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 76,9 | 2º |
Infraestrutura | 65 | 5º |
Sustentabilidade Social | 89,6 | 3º |
Segurança Pública | 100 | 1º |
Educação | 83,2 | 4º |
Solidez Fiscal | 73,9 | 5º |
Eficiência da Máquina Pública | 99,6 | 3º |
Capital Humano | 55,1 | 9º |
Sustentabilidade Ambiental | 96 | 2º |
Potencial de Mercado | 30,3 | 17º |
Inovação | 58,1 | 5º |
- 4. 3. Santa Catarina
4 /16(Michel Teo Sin/EXAME)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 74,3 | 3º |
Infraestrutura | 65,1 | 4º |
Sustentabilidade Social | 100 | 1º |
Segurança Pública | 91,5 | 4º |
Educação | 85,7 | 3º |
Solidez Fiscal | 64,5 | 10º |
Eficiência da Máquina Pública | 92,7 | 7º |
Capital Humano | 68 | 6º |
Sustentabilidade Ambiental | 57,9 | 9º |
Potencial de Mercado | 28,9 | 19º |
Inovação | 64,9 | 3º |
- 5. 4. Distrito Federal
5 /16(Agência Brasil)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 66,8 | 4º |
Infraestrutura | 54,3 | 10º |
Sustentabilidade Social | 86,7 | 5º |
Segurança Pública | 54,5 | 20º |
Educação | 77,5 | 5º |
Solidez Fiscal | 39,7 | 19º |
Eficiência da Máquina Pública | 92,8 | 6º |
Capital Humano | 87,9 | 2º |
Sustentabilidade Ambiental | 100 | 1º |
Potencial de Mercado | 40,9 | 13º |
Inovação | 45,4 | 6º |
- 6. 5. Mato Grosso do Sul
6 /16(Flickr/Renan de Oliveira Teles)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 65,1 | 5º |
Infraestrutura | 62,4 | 7º |
Sustentabilidade Social | 71,9 | 9º |
Segurança Pública | 67,9 | 14º |
Educação | 60,7 | 11º |
Solidez Fiscal | 92,9 | 3º |
Eficiência da Máquina Pública | 81,8 | 12º |
Capital Humano | 60,5 | 7º |
Sustentabilidade Ambiental | 49,4 | 12º |
Potencial de Mercado | 58,1 | 7º |
Inovação | 23,7 | 10º |
- 7. 6. Espírito Santo
7 /16(Carlos Antolini/Prefeitura de Vitória)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 62,6 | 6º |
Infraestrutura | 49,8 | 13º |
Sustentabilidade Social | 71,1 | 10º |
Segurança Pública | 74,2 | 11º |
Educação | 77 | 6º |
Solidez Fiscal | 62,9 | 11º |
Eficiência da Máquina Pública | 100 | 1º |
Capital Humano | 58,4 | 8º |
Sustentabilidade Ambiental | 60,2 | 8º |
Potencial de Mercado | 39,8 | 14º |
Inovação | 16 | 13º |
- 8. 7. Minas Gerais
8 /16(Thinkstock/filipefrazao)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 57,5 | 7º |
Infraestrutura | 63,3 | 6º |
Sustentabilidade Social | 81,2 | 7º |
Segurança Pública | 76,5 | 9º |
Educação | 87,6 | 2º |
Solidez Fiscal | 0 | 27º |
Eficiência da Máquina Pública | 94,4 | 5º |
Capital Humano | 51,2 | 11º |
Sustentabilidade Ambiental | 57,5 | 10º |
Potencial de Mercado | 0,2 | 26º |
Inovação | 44,5 | 7º |
- 9. 8. Rio de Janeiro
9 /16(Thinkstock)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 56,7 | 8º |
Infraestrutura | 29,2 | 23º |
Sustentabilidade Social | 81,9 | 6º |
Segurança Pública | 51,6 | 22º |
Educação | 67,3 | 9º |
Solidez Fiscal | 17,7 | 24º |
Eficiência da Máquina Pública | 82 | 11º |
Capital Humano | 100 | 1º |
Sustentabilidade Ambiental | 70,8 | 6º |
Potencial de Mercado | 26,6 | 21º |
Inovação | 60,9 | 4º |
- 10. 9. Rio Grande do Sul
10 /16(Eurivan Barbosa/ Wikimedia Commons)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 55,5 | 9º |
Infraestrutura | 36,4 | 21º |
Sustentabilidade Social | 89,5 | 4º |
Segurança Pública | 77,2 | 8º |
Educação | 75 | 7º |
Solidez Fiscal | 0,2 | 26º |
Eficiência da Máquina Pública | 99,5 | 4º |
Capital Humano | 43,2 | 14º |
Sustentabilidade Ambiental | 44,9 | 17º |
Potencial de Mercado | 11,1 | 24º |
Inovação | 77,9 | 2º |
- 11. 10. Mato Grosso
11 /16(Marcos Vergueiro/Prefeitura de Cuiabá/Divulgação)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 55 | 10º |
Infraestrutura | 49,7 | 14º |
Sustentabilidade Social | 63,4 | 11º |
Segurança Pública | 62,5 | 18º |
Educação | 52,6 | 15º |
Solidez Fiscal | 73,7 | 6º |
Eficiência da Máquina Pública | 72,5 | 13º |
Capital Humano | 51,2 | 10º |
Sustentabilidade Ambiental | 9,4 | 25º |
Potencial de Mercado | 84,5 | 2º |
Inovação | 8,8 | 19º |
- 12. 11. Roraima
12 /16(Divulgação/Facebook/Prefeitura de Boa Vista/Divulgação)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 54,6 | 11º |
Infraestrutura | 42,5 | 19º |
Sustentabilidade Social | 40,1 | 17º |
Segurança Pública | 93,2 | 3º |
Educação | 33,1 | 17º |
Solidez Fiscal | 100 | 1º |
Eficiência da Máquina Pública | 20,4 | 22º |
Capital Humano | 26,3 | 22º |
Sustentabilidade Ambiental | 84,8 | 3º |
Potencial de Mercado | 75,7 | 3º |
Inovação | 1 | 26º |
- 13. 12. Goiás
13 /16(Wikimedia Commons)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 53,1 | 12º |
Infraestrutura | 29 | 24º |
Sustentabilidade Social | 73,5 | 8º |
Segurança Pública | 65,3 | 15º |
Educação | 75 | 8º |
Solidez Fiscal | 46,8 | 16º |
Eficiência da Máquina Pública | 66,6 | 14º |
Capital Humano | 36,5 | 17º |
Sustentabilidade Ambiental | 67,6 | 7º |
Potencial de Mercado | 42,8 | 11º |
Inovação | 11,8 | 16º |
- 14. 13. Pernambuco
14 /16(WikimediaCommons/Américo Nunes/Wikimedia Commons)
Indicadores | Pontuação | Posição no ranking |
---|
Geral | 50,3 | 13º |
Infraestrutura | 56,2 | 8º |
Sustentabilidade Social | 42,1 | 15º |
Segurança Pública | 53,8 | 21º |
Educação | 55,4 | 12º |
Solidez Fiscal | 58,4 | 14º |
Eficiência da Máquina Pública | 87 | 10º |
Capital Humano | 42,1 | 15º |
Sustentabilidade Ambiental | 45,6 | 16º |
Potencial de Mercado | 31 | 16º |
Inovação | 20,9 | 11º |
- 15. Os 14 estados abaixo da média
15 /16(Divulgação/Governo do Estado do Ceará)
Posição geral | Estado | Pontuação |
---|
14º | Ceará | 48,1 |
15º | Paraíba | 47,8 |
16º | Amapá | 45,5 |
17º | Amazonas | 45 |
18º | Rio Grande do Norte | 44,5 |
19º | Tocantins | 42,5 |
20º | Bahia | 42,3 |
21º | Pará | 38,7 |
22º | Rondônia | 37,9 |
23º | Maranhão | 34,3 |
24º | Piauí | 34,1 |
25º | Acre | 32 |
26º | Sergipe | 28,5 |
27º | Alagoas | 15,9 |
- 16. Veja também:
16 /16(Scott Olson/Getty Images)