Espanha tem que tomar mais medidas para reduzir déficit
Páis prometeu reduzir o déficit de 8,5% em 2011 para 5,3% do PIB neste ano
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2012 às 07h46.
Bruxelas - A Espanha terá que fazer grandes economias adicionais neste ano e no próximo visando a cumprir suas ambiciosas metas de redução de déficit, uma vez que a economia espanhola estará em recessão em 2012 e 2013, mostraram estimativas da Comissão Europeia nesta sexta-feira.
Em seu panorama econômico para os 27 países da União Europeia, divulgado duas vezes por ano, o Executivo da UE informou que a Espanha terá um déficit orçamentário de 6,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 e de 6,3 por cento em 2013, a não ser que as políticas mudem.
A Espanha prometeu reduzir o déficit de 8,5 por cento em 2011 para 5,3 por cento do PIB neste ano e, a não ser que os ministros das Finanças da UE lhe deem mais tempo, reduzi-lo para 3 por cento em 2013 para evitar sanções financeiras.
"Embora a meta do governo central (de 5,3 por cento) deva estar ao alcance, desvios são projetados nesta etapa para governos regionais", informou a Comissão.
"Isso reflete o padrão de não alterar a política e o fato de que nem todas as medidas de consolidação a nível regional para 2012 foram especificadas ainda", completou.
"Além disso, o sistema de seguridade social deve registrar um recorde de novo neste ano, em linha com o cenário de deterioração do mercado de trabalho", diz a estimativa.
A Comissão revisou para baixo sua estimativa de crescimento econômico para a Espanha para uma recessão de 1,8 por cento neste ano, ante contração de 1 por cento em fevereiro.
O governo espanhol estima que a economia crescerá 0,2 por cento em 2013, mas a Comissão prevê que o país ainda encolherá mais 0,3 por cento no ano que vem.
Zona do euro crescerá em 2013
A Comissão projetou que a Espanha será o único país da zona do euro a estar em recessão no ano que vem e que a economia da região como um todo expandirá 1 por cento, após uma recessão de 0,3 por cento prevista para 2012.
"Uma recuperação está em vista, mas a situação econômica permanece frágil, ainda com grandes disparidades em todos os estados membros", disse o Comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, em comunicado.
O déficit orçamentário agregado da zona do euro encolherá de 4,1 por cento em 2011 para 3,2 por cento neste ano e para 2,9 por cento em 2013.
"Estamos testemunhando um ajuste contínuo dos desequilíbrios fiscal e estrutural construídos antes e depois do início da crise, piorados pelo ainda fraco sentimento econômico", disse ele.
"Sem mais ações determinadas, entretanto, o baixo crescimento na UE pode continuar. Sólidas finanças públicas são a condição para o crescimento duradouro, e para construção de uma nova base forte para a governança econômica, temos que dar suporte para os ajustes acelerando as políticas de estabilidade e de intensificação do crescimento." GRÉCIA, IRLANDA E PORTUGAL A Grécia, que deu início à crise da dívida soberana da zona do euro em 2010 e que agora depende do financiamento da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI), deve ter crescimento econômico zero em 2013 após contração de 4,7 por cento neste ano, seu quinto ano de recessão.
O déficit orçamentário grego deve recuar para 7,3 por cento neste ano ante 9,1 por cento no ano passado, mas a menos que a Grécia aprove uma legislação para reduzir ainda mais seu déficit, a diferença vai se ampliar de novo para 8,4 por cento no ano que vem, informou a Comissão.
Portugal, que como a Grécia depende financeiramente da UE e do FMI após perder a confiança do mercado, estará perto de cumprir suas metas de déficit neste ano e no próximo, com um déficit de 4,7 por cento em 2012 e de 3,1 por cento em 2013, de acordo com as estimativas.
A economia de Portugal deve contrair 3,3 por cento neste ano, após uma recessão de 1,6 por cento em 2011, mas crescerá de novo 0,3 por cento em 2013.
O terceiro país da zona do euro que usa a ajuda da UE e do FMI, a Irlanda, terá um crescimento de 0,5 por cento neste ano após crescimento de 0,7 por cento em 2011, e acelerará para 1,9 por cento em 2013. O país deve reduzir seu déficit orçamentário de 13,1 por cento no ano passado para 8,3 por cento em 2012 e para 7,5 por cento em 2013.
Bruxelas - A Espanha terá que fazer grandes economias adicionais neste ano e no próximo visando a cumprir suas ambiciosas metas de redução de déficit, uma vez que a economia espanhola estará em recessão em 2012 e 2013, mostraram estimativas da Comissão Europeia nesta sexta-feira.
Em seu panorama econômico para os 27 países da União Europeia, divulgado duas vezes por ano, o Executivo da UE informou que a Espanha terá um déficit orçamentário de 6,4 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2012 e de 6,3 por cento em 2013, a não ser que as políticas mudem.
A Espanha prometeu reduzir o déficit de 8,5 por cento em 2011 para 5,3 por cento do PIB neste ano e, a não ser que os ministros das Finanças da UE lhe deem mais tempo, reduzi-lo para 3 por cento em 2013 para evitar sanções financeiras.
"Embora a meta do governo central (de 5,3 por cento) deva estar ao alcance, desvios são projetados nesta etapa para governos regionais", informou a Comissão.
"Isso reflete o padrão de não alterar a política e o fato de que nem todas as medidas de consolidação a nível regional para 2012 foram especificadas ainda", completou.
"Além disso, o sistema de seguridade social deve registrar um recorde de novo neste ano, em linha com o cenário de deterioração do mercado de trabalho", diz a estimativa.
A Comissão revisou para baixo sua estimativa de crescimento econômico para a Espanha para uma recessão de 1,8 por cento neste ano, ante contração de 1 por cento em fevereiro.
O governo espanhol estima que a economia crescerá 0,2 por cento em 2013, mas a Comissão prevê que o país ainda encolherá mais 0,3 por cento no ano que vem.
Zona do euro crescerá em 2013
A Comissão projetou que a Espanha será o único país da zona do euro a estar em recessão no ano que vem e que a economia da região como um todo expandirá 1 por cento, após uma recessão de 0,3 por cento prevista para 2012.
"Uma recuperação está em vista, mas a situação econômica permanece frágil, ainda com grandes disparidades em todos os estados membros", disse o Comissário de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, em comunicado.
O déficit orçamentário agregado da zona do euro encolherá de 4,1 por cento em 2011 para 3,2 por cento neste ano e para 2,9 por cento em 2013.
"Estamos testemunhando um ajuste contínuo dos desequilíbrios fiscal e estrutural construídos antes e depois do início da crise, piorados pelo ainda fraco sentimento econômico", disse ele.
"Sem mais ações determinadas, entretanto, o baixo crescimento na UE pode continuar. Sólidas finanças públicas são a condição para o crescimento duradouro, e para construção de uma nova base forte para a governança econômica, temos que dar suporte para os ajustes acelerando as políticas de estabilidade e de intensificação do crescimento." GRÉCIA, IRLANDA E PORTUGAL A Grécia, que deu início à crise da dívida soberana da zona do euro em 2010 e que agora depende do financiamento da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI), deve ter crescimento econômico zero em 2013 após contração de 4,7 por cento neste ano, seu quinto ano de recessão.
O déficit orçamentário grego deve recuar para 7,3 por cento neste ano ante 9,1 por cento no ano passado, mas a menos que a Grécia aprove uma legislação para reduzir ainda mais seu déficit, a diferença vai se ampliar de novo para 8,4 por cento no ano que vem, informou a Comissão.
Portugal, que como a Grécia depende financeiramente da UE e do FMI após perder a confiança do mercado, estará perto de cumprir suas metas de déficit neste ano e no próximo, com um déficit de 4,7 por cento em 2012 e de 3,1 por cento em 2013, de acordo com as estimativas.
A economia de Portugal deve contrair 3,3 por cento neste ano, após uma recessão de 1,6 por cento em 2011, mas crescerá de novo 0,3 por cento em 2013.
O terceiro país da zona do euro que usa a ajuda da UE e do FMI, a Irlanda, terá um crescimento de 0,5 por cento neste ano após crescimento de 0,7 por cento em 2011, e acelerará para 1,9 por cento em 2013. O país deve reduzir seu déficit orçamentário de 13,1 por cento no ano passado para 8,3 por cento em 2012 e para 7,5 por cento em 2013.