Endividamento chega a mais de 60% das famílias, diz CNC
Apesar da sazonalidade favorável do período, todos os componentes da pesquisa apresentaram alta, aumentando a proporção das famílias que relataram ter dívidas
Da Redação
Publicado em 22 de dezembro de 2015 às 11h11.
Depois de dois meses consecutivos de queda na comparação mensal, o nível de endividamento dos brasileiros voltou a crescer em dezembro atingindo 61,1% das famílias – resultado 0,1 ponto percentual superior aos 61% do nível de endividamento registrado em novembro e 1,8 ponto percentual superior ao de novembro do ano passado.
A constatação é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou hoje (22), o resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Segundo a CNC, apesar da sazonalidade favorável do período, com o recebimento do décimo terceiro salário, todos os componentes da pesquisa apresentaram alta, aumentando a proporção das famílias que relataram ter dívidas com cheques pré-datado e especial, cartão de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal e prestação de carro e seguro.
A piora nos indicadores de endividamento e inadimplência ocorreu, segundo a economista da CNC Marianne Hansen, mesmo com a retração do consumo.
“Observamos uma retração nos indicadores de consumo das famílias, sobretudo em relação aos bens duráveis, porém o aumento das taxas de juros e a redução do emprego e da renda real dos consumidores motivaram a piora nos indicadores de endividamento e inadimplência”, avaliou.
Na comparação mensal, o aumento do endividamento ocorreu somente no grupo de famílias com renda superior a dez salários.
Nesta faixa de renda, a parcela de endividados ficou em 56% – alta de 1, 4 ponto percentual na comparação com novembro.
Já entre as famílias que recebem menos de dez salários mínimos, o percentual teve ligeira queda, passando de 62,3%, em novembro, para 62,2% em dezembro.
A pesquisa constatou, ainda, que a proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso alcançou neste último mês do ano o maior nível desde julho de 2012: 23,2%. Em novembro o percentual era 22,7%, e em dezembro de 2014, 18,5%.
Cartão de crédito
Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) indicam que 78,3% dos 18 mil entrevistados em todas as capitais e no Distrito Federal apontaram o cartão de crédito como o principal tipo de dívida.
O tempo médio de atraso entre as famílias com qualquer tipo de contas ou dívidas foi de 62,5 dias, com tempo de comprometimento da renda de 6,9 meses.
Uma parcela de 26,5% dessas famílias afirmou ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
Outro dado negativo: a parcela de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, aumentou de 8,5%, em novembro, para 8,7% em dezembro, ficando acima também dos 5,8% registrados em dezembro do ano passado.
A Peic é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010.
Depois de dois meses consecutivos de queda na comparação mensal, o nível de endividamento dos brasileiros voltou a crescer em dezembro atingindo 61,1% das famílias – resultado 0,1 ponto percentual superior aos 61% do nível de endividamento registrado em novembro e 1,8 ponto percentual superior ao de novembro do ano passado.
A constatação é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que divulgou hoje (22), o resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).
Segundo a CNC, apesar da sazonalidade favorável do período, com o recebimento do décimo terceiro salário, todos os componentes da pesquisa apresentaram alta, aumentando a proporção das famílias que relataram ter dívidas com cheques pré-datado e especial, cartão de crédito, carnês de lojas, empréstimo pessoal e prestação de carro e seguro.
A piora nos indicadores de endividamento e inadimplência ocorreu, segundo a economista da CNC Marianne Hansen, mesmo com a retração do consumo.
“Observamos uma retração nos indicadores de consumo das famílias, sobretudo em relação aos bens duráveis, porém o aumento das taxas de juros e a redução do emprego e da renda real dos consumidores motivaram a piora nos indicadores de endividamento e inadimplência”, avaliou.
Na comparação mensal, o aumento do endividamento ocorreu somente no grupo de famílias com renda superior a dez salários.
Nesta faixa de renda, a parcela de endividados ficou em 56% – alta de 1, 4 ponto percentual na comparação com novembro.
Já entre as famílias que recebem menos de dez salários mínimos, o percentual teve ligeira queda, passando de 62,3%, em novembro, para 62,2% em dezembro.
A pesquisa constatou, ainda, que a proporção de famílias com contas ou dívidas em atraso alcançou neste último mês do ano o maior nível desde julho de 2012: 23,2%. Em novembro o percentual era 22,7%, e em dezembro de 2014, 18,5%.
Cartão de crédito
Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) indicam que 78,3% dos 18 mil entrevistados em todas as capitais e no Distrito Federal apontaram o cartão de crédito como o principal tipo de dívida.
O tempo médio de atraso entre as famílias com qualquer tipo de contas ou dívidas foi de 62,5 dias, com tempo de comprometimento da renda de 6,9 meses.
Uma parcela de 26,5% dessas famílias afirmou ter mais da metade da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
Outro dado negativo: a parcela de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes, aumentou de 8,5%, em novembro, para 8,7% em dezembro, ficando acima também dos 5,8% registrados em dezembro do ano passado.
A Peic é apurada mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010.