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Empresas pedem corte de gastos públicos no 2º mandato de Lula

Associações afirmam que é preciso liberar recursos para investimento na economia

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h59.

As associações empresariais não mudaram discurso - nem amenizaram o tom - adotado durante o primeiro governo de Lula e repetiram reivindicações para o segundo mandato: querem que o governo economize mais e arrecade menos para que haja espaço para investimento.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirmou que o governo precisa assumir uma nova postura na área fiscal, "para que o setor público recupere sua capacidade de investimento, e o setor privado possa ser desonerado gradualmente com a redução da carga tributária", nas palavras do presidente da CNI, Armando Monteiro Neto.

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A Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio - SP) ressalta que Lula terá como desafio fazer a economia crescer com mais solidez e ganhar espaço no cenário mundial. "Dificilmente isso será possível com a insuportável carga tributária atual, sem uma reforma previdenciária, sem a efetiva queda dos juros ou a redução da estratosférica dívida pública", afirma Abram Szajman, presidente da Fecomercio.

Também a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) se manifestou sobre o segundo mandato de Lula. De acordo com o presidente Alfried Plöger, é preciso cortar os juros da economia para permitir a realização de investimentos. "É imprescindível ajustar os nossos juros a níveis internacionais e reduzir drasticamente a carga tributária", diz o presidente da Abrasca.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) diz ainda que o desenvolvimento do Brasil não deve ser apenas resultante de um cenário econômico favorável e sim meta prioritária do governo. De acordo com o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o Brasil está crescendo abaixo da meta mundial e dos países emergentes, e o governo falhou em atingir as metas de crescimento prometidas. "Conversamos com os candidatos e vamos ajudar em tudo o que for possível para que isso [o desenvolvimento] seja colocado em prática e esperamos que haja essa vontade por parte do presidente", afirma.

Para Skaf, o crescimento pode ser atingido a partir da redução dos juros, de reformas - econômica, política e tributária -, da desburocratização e do choque de gestão para a redução dos gastos públicos.

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