Economia

Empresários querem acordo UE-Mercosul antes do fim de 2017

Durante um encontro sobre o acordo, os empresários consideraram ser um erro não aproveitar o atual contexto político favorável ao pacto

Mercosul: organizações empresariais lembraram que nos 18 anos de negociação deste acordo com a UE, nunca antes se esteve tão perto de fechá-lo (Norberto Duarte/AFP)

Mercosul: organizações empresariais lembraram que nos 18 anos de negociação deste acordo com a UE, nunca antes se esteve tão perto de fechá-lo (Norberto Duarte/AFP)

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EFE

Publicado em 3 de julho de 2017 às 12h23.

Última atualização em 3 de julho de 2017 às 12h23.

Madri - Empresários espanhóis e de países do Mercado Comum do Sul (Mercosul), formado por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai, defenderam nesta segunda-feira a assinatura do acordo de livre-comércio entre a União Europeia (UE) e o bloco da América do Sul até o fim de 2017 e consideraram ser um erro não aproveitar o atual contexto político favorável ao pacto.

Durante o encontro "O livre-comércio como motor de crescimento: Futuro Acordo UE-Mercosul", as organizações empresariais participantes lembraram que nos 18 anos de negociação deste acordo, nunca antes se esteve tão perto de fechá-lo.

O presidente da Fundação Ibero-americana Empresarial, Josep Piqué, afirmou que é preciso concluir as negociações antes que a conjuntura política mude, já que isso é algo muito aguardado e que talvez não possa ser conseguido futuramente.

"Teremos um acordo UE-Mercosul no futuro, mas em um futuro próximo, porque precisamos dele o mais rápido possível", disse Piqué.

Já o diretor internacional da Câmara de Comércio da Espanha, Alfredo Bonet, destacou os benefícios que traria à economia europeia uma maior internacionalização das suas empresas, o que se traduziria em companhias mais eficientes, produtivas e capazes de oferecer emprego de mais qualidade. Ele assinalou a importância que o livre-comércio é para os países europeus, já que 90% do crescimento da economia mundial na próxima década se produzirá fora da UE.

Para o presidente da Confederação Espanhola de Pequenas e Médias Empresas (Cepyme) e vice-presidente da Confederação Espanhola de Organizações Empresariais (CEOE), Antonio Garamendi, as grandes beneficiadas do acordo seriam as pequenas e médias empresas de ambas as regiões, já que os custos tarifários são tão altos que impedem às empresas menores de trabalhar no exterior, ficando fechadas ao mercado doméstico sem possibilidades de alcançar a concorrência e importância necessárias.

O diretor-geral da indústria Cárnicas Tello, Alfonso Alcázar, por sua vez, destacou que as vantagens que o acordo teria para a Espanha, já que a existência de vínculos culturais, históricos e gastronômicos entre ambas as regiões barateia as campanhas promocionais do setor alimentício, por exemplo, tendo em vista que os produtos já são conhecidos.

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