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Emissão e alta do dólar fazem Dívida subir R$ 42 bi

A dívida pública mobiliária (em títulos) interna subiu 2,14%, passando de R$ 1,795 trilhão para R$ 1,833 trilhão

Um brasileiro troca reais por dólares numa casa de câmbio no centro do Rio de Janeiro: A alta do dólar também contribuiu para o aumento da DPF (Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 17h16.

Brasília – A emissão de títulos e a alta do dólar fizeram a Dívida Pública Federal (DPF) subir 2,21% em maio. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou o mês passado em R$ 1,922 trilhão, contra R$ 1,880 trilhão registrados no fim de abril.

A dívida pública mobiliária (em títulos) interna subiu 2,14%, passando de R$ 1,795 trilhão para R$ 1,833 trilhão. Isso ocorreu porque o Tesouro emitiu R$ 19,97 bilhões em títulos a mais do que resgatou. A alta também foi impulsionada pela incorporação de R$ 18,44 bilhões em taxas de juros.

O reconhecimento de juros ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores (que emprestam dinheiro para que o governo possa rolar a dívida) é incorporada gradualmente ao valor devido. No caso de um investidor que comprou um título por R$ 100 com correção de 12% ao ano, ele receberá R$ 964 ao final de 20 anos. Essa diferença é incorporada mês a mês ao total da dívida pública.

A alta do dólar também contribuiu para o aumento da DPF. De acordo com o Tesouro, o aumento de 6,90% da moeda norte-americana em maio fez a dívida pública externa subir 3,7%, encerrando maio em R$ 88,91 bilhões, contra R$ 85,73 bilhões registrados no mês anterior.

A participação de títulos prefixados – com juros definidos antecipadamente – na dívida interna subiu de 38,55% em abril para 39,24% em maio, impulsionada pela emissão líquida de R$ 20,6 bilhões desse tipo de papel no mês passado. A fatia dos títulos vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia), caiu de 27,7% para 26,77%, permanecendo no menor nível desde 1997.


A participação dos títulos corrigidos pela inflação teve leve queda, passando de 33,52% para 33,15%. Também influenciada pela alta do dólar, a parcela da dívida interna vinculada subiu de 0,23% para 0,84%. Esses números levam em conta as operações de swap pelo Banco Central (BC), que equivalem a operações de compra ou venda de dólar no mercado futuro e têm impacto na dívida pública.

Com taxas definidas com antecedência, os títulos prefixados são preferíveis para o Tesouro Nacional porque dão maior previsibilidade à administração da dívida pública. Em contrapartida, os papéis vinculados à Selic representam mais risco porque pressionam a dívida para cima em ciclos de alta dos juros básicos.

O prazo médio da DPF apresentou leve piora, caindo de 3,85 anos em abril para 3,81 anos em maio. O Tesouro Nacional não divulga o resultado em meses, apenas em anos. Essa queda se refletiu no aumento da participação dos vencimentos nos próximos 12 meses, passando de 24,98% para 27,45%. Prazos mais longos são favoráveis para o Tesouro porque dão ao governo mais tempo para planejar e executar as operações de renegociação (rolagem) da dívida pública.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestados recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

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Brasília – A emissão de títulos e a alta do dólar fizeram a Dívida Pública Federal (DPF) subir 2,21% em maio. Segundo números divulgados há pouco pelo Tesouro Nacional, o estoque da DPF encerrou o mês passado em R$ 1,922 trilhão, contra R$ 1,880 trilhão registrados no fim de abril.

A dívida pública mobiliária (em títulos) interna subiu 2,14%, passando de R$ 1,795 trilhão para R$ 1,833 trilhão. Isso ocorreu porque o Tesouro emitiu R$ 19,97 bilhões em títulos a mais do que resgatou. A alta também foi impulsionada pela incorporação de R$ 18,44 bilhões em taxas de juros.

O reconhecimento de juros ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores (que emprestam dinheiro para que o governo possa rolar a dívida) é incorporada gradualmente ao valor devido. No caso de um investidor que comprou um título por R$ 100 com correção de 12% ao ano, ele receberá R$ 964 ao final de 20 anos. Essa diferença é incorporada mês a mês ao total da dívida pública.

A alta do dólar também contribuiu para o aumento da DPF. De acordo com o Tesouro, o aumento de 6,90% da moeda norte-americana em maio fez a dívida pública externa subir 3,7%, encerrando maio em R$ 88,91 bilhões, contra R$ 85,73 bilhões registrados no mês anterior.

A participação de títulos prefixados – com juros definidos antecipadamente – na dívida interna subiu de 38,55% em abril para 39,24% em maio, impulsionada pela emissão líquida de R$ 20,6 bilhões desse tipo de papel no mês passado. A fatia dos títulos vinculados a taxas flutuantes, como a Selic (taxa de juros básicos da economia), caiu de 27,7% para 26,77%, permanecendo no menor nível desde 1997.


A participação dos títulos corrigidos pela inflação teve leve queda, passando de 33,52% para 33,15%. Também influenciada pela alta do dólar, a parcela da dívida interna vinculada subiu de 0,23% para 0,84%. Esses números levam em conta as operações de swap pelo Banco Central (BC), que equivalem a operações de compra ou venda de dólar no mercado futuro e têm impacto na dívida pública.

Com taxas definidas com antecedência, os títulos prefixados são preferíveis para o Tesouro Nacional porque dão maior previsibilidade à administração da dívida pública. Em contrapartida, os papéis vinculados à Selic representam mais risco porque pressionam a dívida para cima em ciclos de alta dos juros básicos.

O prazo médio da DPF apresentou leve piora, caindo de 3,85 anos em abril para 3,81 anos em maio. O Tesouro Nacional não divulga o resultado em meses, apenas em anos. Essa queda se refletiu no aumento da participação dos vencimentos nos próximos 12 meses, passando de 24,98% para 27,45%. Prazos mais longos são favoráveis para o Tesouro porque dão ao governo mais tempo para planejar e executar as operações de renegociação (rolagem) da dívida pública.

Por meio da dívida pública, o governo pega emprestados recursos dos investidores para honrar compromissos. Em troca, compromete-se a devolver os recursos com alguma correção, que pode ser definida com antecedência, no caso dos títulos prefixados, ou seguir a variação da taxa Selic, da inflação ou do câmbio.

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