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Em 4 anos, BNDES já recebeu R$ 324 bilhões do Tesouro

No total de 2013 foram R$ 39 bilhões, menos do que os R$ 45 bilhões do ano passado

Sede do BNDES:  para este ano, é previsto um aporte de R$ 24 bilhões (Divulgação/BNDES)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2013 às 14h08.

Rio - Com o aporte anunciado nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da União (DOU), de R$ 24 bilhões em empréstimo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) - valor antecipado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, no último dia 13, chega a R$ 324 bilhões o montante repassado pelo Tesouro Nacional à instituição de fomento desde 2009.

Naquele ano de crise, o governo iniciou a política de repasse de recursos ao banco, classificando-a como anticíclica - que ajuda a economia em momentos de baixo crescimento.

No total de 2013 foram R$ 39 bilhões, menos do que os R$ 45 bilhões do ano passado. Uma parte (R$ 15 bilhões) foi em empréstimo de instrumento híbrido de capital e dívida, que conta como capital do banco e ajuda a elevar seu índice de Basileia, indicador internacional que mede a capacidade de emprestar de um banco. O índice do BNDES ficou em 17,7% em setembro.

Em setembro, autoridades da equipe econômica do governo, incluindo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, começaram a indicar uma redução, pouco a pouco, no repasse de recursos ao BNDES. O presidente do banco, Luciano Coutinho, passou a dar sinais de que o banco de fomento concentraria seus esforços no financiamento aos investimentos em infraestrutura.

Mantega chegou a informar que os desembolsos do BNDES em 2014 deverão ficar em R$ 150 bilhões, aproximadamente 20% menos do montante esperado para este ano, de R$ 190 bilhões. Para dar conta dos valores recordes de desembolsos projetados para este ano, o BNDES precisava continuar recebendo aportes do Tesouro Nacional, para complementar seu funding (capital).

Os R$ 190 bilhões previstos neste ano exigiriam aporte extra de cerca de R$ 30 bilhões do Tesouro Nacional neste segundo semestre. Porém, com a estratégia de reduzir os aportes, o Ministério da Fazenda e o BNDES começaram a pensar em alternativas.

A intenção era reduzir o valor para, no máximo, R$ 20 bilhões. Um primeiro passo foi ampliar a captação de recursos no exterior. Uma operação concretizada em setembro levantou US$ 2,5 bilhões no mercado internacional.

Os R$ 4 bilhões adicionados no empréstimo anunciado nesta sexta-feira são um reforço para não reduzir muito o orçamento dos financiamentos a caminhões e ônibus no âmbito do Programa de Sustentação de Investimento (PSI), lançado em 2009. Em sua quarta versão, o PSI deverá ser renovado (vence em 31 de dezembro próximo) com orçamento de R$ 80 bilhões, ante os R$ 100 bilhões atuais.

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Rio - Com o aporte anunciado nesta sexta-feira, 29, no Diário Oficial da União (DOU), de R$ 24 bilhões em empréstimo ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) - valor antecipado pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, no último dia 13, chega a R$ 324 bilhões o montante repassado pelo Tesouro Nacional à instituição de fomento desde 2009.

Naquele ano de crise, o governo iniciou a política de repasse de recursos ao banco, classificando-a como anticíclica - que ajuda a economia em momentos de baixo crescimento.

No total de 2013 foram R$ 39 bilhões, menos do que os R$ 45 bilhões do ano passado. Uma parte (R$ 15 bilhões) foi em empréstimo de instrumento híbrido de capital e dívida, que conta como capital do banco e ajuda a elevar seu índice de Basileia, indicador internacional que mede a capacidade de emprestar de um banco. O índice do BNDES ficou em 17,7% em setembro.

Em setembro, autoridades da equipe econômica do governo, incluindo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, começaram a indicar uma redução, pouco a pouco, no repasse de recursos ao BNDES. O presidente do banco, Luciano Coutinho, passou a dar sinais de que o banco de fomento concentraria seus esforços no financiamento aos investimentos em infraestrutura.

Mantega chegou a informar que os desembolsos do BNDES em 2014 deverão ficar em R$ 150 bilhões, aproximadamente 20% menos do montante esperado para este ano, de R$ 190 bilhões. Para dar conta dos valores recordes de desembolsos projetados para este ano, o BNDES precisava continuar recebendo aportes do Tesouro Nacional, para complementar seu funding (capital).

Os R$ 190 bilhões previstos neste ano exigiriam aporte extra de cerca de R$ 30 bilhões do Tesouro Nacional neste segundo semestre. Porém, com a estratégia de reduzir os aportes, o Ministério da Fazenda e o BNDES começaram a pensar em alternativas.

A intenção era reduzir o valor para, no máximo, R$ 20 bilhões. Um primeiro passo foi ampliar a captação de recursos no exterior. Uma operação concretizada em setembro levantou US$ 2,5 bilhões no mercado internacional.

Os R$ 4 bilhões adicionados no empréstimo anunciado nesta sexta-feira são um reforço para não reduzir muito o orçamento dos financiamentos a caminhões e ônibus no âmbito do Programa de Sustentação de Investimento (PSI), lançado em 2009. Em sua quarta versão, o PSI deverá ser renovado (vence em 31 de dezembro próximo) com orçamento de R$ 80 bilhões, ante os R$ 100 bilhões atuais.

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