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Efeitos de ações do BC "em parte" estão por se materializar

Banco Central informou que os efeitos da sua política monetária, "em parte, estão por se materializar", mas repetiu que tem de se manter "vigilante"

Banco Central: BC terá de voltar a elevar a Selic no fim deste ano, após as eleições (Ueslei Marcelino/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de junho de 2014 às 09h46.

São Paulo - Ao mesmo tempo em que reduziu as expectativas de inflação para este ano e o próximo e vê a economia crescendo menos, o Banco Central informou nesta quinta-feira que os efeitos da sua política monetária, "em parte, estão por se materializar", mas repetiu que tem de se manter "vigilante".

Segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando decidiu manter a Selic em 11 por cento ao ano, o BC também informou que "as decisões futuras de política monetária serão tomadas com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas".

"Nos últimos doze meses as condições monetárias foram apertadas, mas o Comitê avalia que os efeitos da elevação da taxa Selic sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar", trouxe a ata do Copom.

No documento anterior, de abril, a autoridade monetária havia dito que os efeitos da política monetária sobre a inflação eram "cumulativos" e se manifestavam "com defasagens", e que "parte significativa" dos efeitos das altas da Selic estava para acontecer.

Na semana passada, o BC interrompeu o ciclo de aperto monetário iniciado em abril de 2013 ao decidir manter a Selic em 11 por cento ao ano, como era amplamente esperado pelos agentes econômicos apesar de a inflação ainda estar elevada e perto do teto da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais.

O que chamou a atenção foi o BC ter dito, em comunicado, que a decisão ocorria "neste momento", expressão que voltou a usar na ata publicada mais cedo, deixando a porta aberta para voltar a subir a taxa básica de juro em pouco tempo.

Já existem apostas de que o BC terá de voltar a elevar a Selic no fim deste ano, após as eleições, ou no início do próximo, o que foi reforçado com o comunicado daquela noite.

Pesa ainda para o BC, segundo avaliação de parte dos agentes econômicos, o fraco desempenho da economia neste ano. Com mais altas de juros, a atividade poderia ser ainda mais afetada via consumo, justamente quando a presidente Dilma Rousseff tenta a reeleição.

Na ata, o BC também afirmou que o ritmo de crescimento da atividade doméstica tende a ser menor neste ano, diferentemente do que afirmava até então, de que ele tendia a se manter "relativamente estável".

Pela ata, o BC também reduziu sua projeção para a inflação, sem informar os valores, tanto para 2014 quanto 2015 pelo cenário de referência. No entanto, informou que elas continuam acima do centro da meta.

Dirigentes do BC têm dito que a recente inflação nos preços dos alimentos é temporária, balizando a decisão de parar de subir os juros. Mas, por outro lado, demonstra forte preocupação com a inflação de preços administrados. Na ata o BC manteve o cálculo de que ela ficará em 5 por cento neste ano.

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São Paulo - Ao mesmo tempo em que reduziu as expectativas de inflação para este ano e o próximo e vê a economia crescendo menos, o Banco Central informou nesta quinta-feira que os efeitos da sua política monetária, "em parte, estão por se materializar", mas repetiu que tem de se manter "vigilante".

Segundo a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), quando decidiu manter a Selic em 11 por cento ao ano, o BC também informou que "as decisões futuras de política monetária serão tomadas com vistas a assegurar a convergência tempestiva da inflação para a trajetória de metas".

"Nos últimos doze meses as condições monetárias foram apertadas, mas o Comitê avalia que os efeitos da elevação da taxa Selic sobre a inflação, em parte, ainda estão por se materializar", trouxe a ata do Copom.

No documento anterior, de abril, a autoridade monetária havia dito que os efeitos da política monetária sobre a inflação eram "cumulativos" e se manifestavam "com defasagens", e que "parte significativa" dos efeitos das altas da Selic estava para acontecer.

Na semana passada, o BC interrompeu o ciclo de aperto monetário iniciado em abril de 2013 ao decidir manter a Selic em 11 por cento ao ano, como era amplamente esperado pelos agentes econômicos apesar de a inflação ainda estar elevada e perto do teto da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais.

O que chamou a atenção foi o BC ter dito, em comunicado, que a decisão ocorria "neste momento", expressão que voltou a usar na ata publicada mais cedo, deixando a porta aberta para voltar a subir a taxa básica de juro em pouco tempo.

Já existem apostas de que o BC terá de voltar a elevar a Selic no fim deste ano, após as eleições, ou no início do próximo, o que foi reforçado com o comunicado daquela noite.

Pesa ainda para o BC, segundo avaliação de parte dos agentes econômicos, o fraco desempenho da economia neste ano. Com mais altas de juros, a atividade poderia ser ainda mais afetada via consumo, justamente quando a presidente Dilma Rousseff tenta a reeleição.

Na ata, o BC também afirmou que o ritmo de crescimento da atividade doméstica tende a ser menor neste ano, diferentemente do que afirmava até então, de que ele tendia a se manter "relativamente estável".

Pela ata, o BC também reduziu sua projeção para a inflação, sem informar os valores, tanto para 2014 quanto 2015 pelo cenário de referência. No entanto, informou que elas continuam acima do centro da meta.

Dirigentes do BC têm dito que a recente inflação nos preços dos alimentos é temporária, balizando a decisão de parar de subir os juros. Mas, por outro lado, demonstra forte preocupação com a inflação de preços administrados. Na ata o BC manteve o cálculo de que ela ficará em 5 por cento neste ano.

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