Moedas de real: Comitê de Política Monetária do BC divulga na quarta-feira sua decisão sobre os juros básicos (Arquivo/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 18 de janeiro de 2016 às 16h27.
São Paulo - Economistas mantiveram a perspectiva de que a taxa básica de juros será elevada em 0,5 ponto percentual nesta semana, mantendo a projeção para o final do ano mesmo em um ambiente de piora da inflação.
Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira, a projeção para a Selic no final de 2016 permaneceu 15,25 por cento.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC divulga na quarta-feira sua decisão sobre os juros básicos, atualmente em 14,25 por cento. No mercado futuro de juros, os DIs apontam chance de 61 por cento de alta de 0,5 ponto.
Apesar de críticas de que um aumento da Selic pioraria a crise fiscal e a recessão, pesquisa da Reuters apontou que 48 dos 59 economistas consultados esperam que o BC eleve a taxa em 0,50 ponto percentual, para o maior nível desde meados de 2006. Para 2017, a projeção para a Selic subiu a 12,88 por cento na mediana das projeções, contra 12,75 por cento na semana anterior. Ainda assim, o cenário inflacionário segue em deterioração e a expectativa para a alta do IPCA em 2016 subiu em 0,07 ponto percentual, a 7,0 por cento, estourando teto da meta do governo --4,5 por cento com tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Para 2017 a meta é de 4,5 por cento, mas com tolerância menor, de 1,5 ponto percentual, e o Focus mostra que a estimativa subiu a 5,40 por cento, contra 5,20 por cento.
A pesquisa com uma centena de economistas apontou ainda manutenção na expectativa para a atividade econômica este ano, com projeção de contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,99 por cento.
Divulgado na última sexta-feira, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) seguiu trajetória de baixa em novembro, pavimentando o caminho para o Brasil ter fechado 2015 com mais um trimestre no vermelho.
Por outro lado, para 2017 o Focus mostrou melhora na previsão, com estimativa de expansão de 1,0 por cento do PIB contra 0,86 por cento antes.