Economia

Mercado volta a reduzir previsão para Selic em 2020 e aponta piora do PIB

Levantamento semanal continuou apontando piora do cenário econômico, com reduções para as projeções de crescimento do PIB

Real: especialistas ajustam as expectativas sobre a economia brasileira (Priscila Zambotto/Getty Images)

Real: especialistas ajustam as expectativas sobre a economia brasileira (Priscila Zambotto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 25 de março de 2019 às 09h08.

Última atualização em 25 de março de 2019 às 09h26.

São Paulo — Economistas reduziram pela segunda vez seguida a expectativa para a taxa básica de juros no final de 2020, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, após o BC indicar que vê a economia aquém do esperado e balanço equilibrado de riscos.

O Focus mostrou que a expectativa para a Selic passou a 7,50 por cento no próximo ano, de 7,75 por cento previstos antes, e em linha agora com a projeção do Top-5, grupo daqueles que mais acertam as previsões. Para este ano, permanece a estimativa de taxa básica de juros a 6,50 por cento.

O Banco Central indicou na semana passada que, diante da retomada econômica abaixo do esperado, o balanço de riscos para a inflação tem pesos iguais tanto para cima quanto para baixo.

A decisão do BC, que manteve a taxa básica de juros em 6,5 por cento na semana passada, tira o impedimento explícito que a autoridade vinha apontando para possivelmente diminuir os juros à frente. O mercado aguarda agora a divulgação da ata desse encontro na terça-feira.

O levantamento semanal continuou apontando piora do cenário econômico, com reduções de 0,01 ponto percentual e de 0,02 ponto para as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), respectivamente em 2019 e 2020, a 2,0 e 2,78 por cento.

A pesquisa com uma centena de economistas apontou ainda que não houve mudanças nas expectativas para a alta do IPCA, permanecendo em 3,89 por cento para 2019 e 4,00 em 2020.

O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

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