Economistas elevam Selic em 2014 a 9,75%
Especialistas mantiveram a perspectiva de que a Selic encerrará este ano a 9,5 por cento mas elevaram a projeção para 2014
Da Redação
Publicado em 2 de setembro de 2013 às 09h28.
São Paulo - Economistas de instituições financeiras mantiveram a perspectiva para a Selic no final de 2014, ao mesmo tempo em que passaram a ver crescimento e inflação maiores neste ano, além de um dólar mais alto.
A mediana das projeções dos analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostra que a expectativa para a Selic no final deste ano foi mantida em 9,50 por cento. Mas para 2014 subiu a 9,75 por cento, ante 9,50 por cento na semana anterior.
O BC elevou na semana passada a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 9,0 por cento ao ano, repetindo o comunicado utilizado nas duas últimas reuniões, o que foi interpretado pelo mercado como um sinal de que elevará novamente a taxa em 0,5 ponto percentual na próxima reunião, em outubro.
Entretanto, a mediana das estimativas do Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, mudou para este ano, indicando um maior aperto monetário. A projeção agora é de que a Selic encerrará 2013 a 10 por cento, ante 9,75 por cento na pesquisa anterior. Mas em relação a 2014, a projeção foi mantida em 10 por cento.
O que deve influenciar a duração do atual ciclo de aperto monetário, para analistas, é o comportamento do câmbio e da economia daqui para a frente.
O mercado aguarda agora a divulgação da ata dessa reunião, na quinta-feira, em busca de mais sinais sobre os próximos passos da política monetária.
Crescimento
No segundo trimestre, a economia brasileira surpreendeu ao crescer 1,5 por cento ante os três primeiros meses do ano, no maior crescimento em mais de três anos. Mas a atividade econômica deve perder fôlego no terceiro trimestre, podendo ficar estagnada ou mesmo mostrar retração.
A perspectiva no Focus para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi elevada a 2,32 por cento, ante 2,20 por cento na pesquisa anterior. Para 2014, entretanto, houve redução a 2,30 por cento, ante 2,40 por cento.
Ao mesmo tempo, o momento é de preocupação com a valorização do dólar, dado o potencial impacto sobre os preços. No Focus, os economistas elevaram a expectativa para o dólar no final deste ano pela quarta semana seguida, para 2,36 reais, ante 2,32 reais.
Diante desse cenário, os economistas ainda elevaram a perspectiva para a inflação neste ano a 5,83 por cento, ante 5,80 por cento na semana anterior. Para 2014, a projeção para o IPCA foi mantida em 5,84 por cento.
Enquanto isso, a projeção para a inflação em 12 meses foi elevada pela nona vez seguida, a 6,12 por cento, ante 6,08 por cento.
Atualizada às 9h28
São Paulo - Economistas de instituições financeiras mantiveram a perspectiva para a Selic no final de 2014, ao mesmo tempo em que passaram a ver crescimento e inflação maiores neste ano, além de um dólar mais alto.
A mediana das projeções dos analistas consultados na pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira mostra que a expectativa para a Selic no final deste ano foi mantida em 9,50 por cento. Mas para 2014 subiu a 9,75 por cento, ante 9,50 por cento na semana anterior.
O BC elevou na semana passada a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 9,0 por cento ao ano, repetindo o comunicado utilizado nas duas últimas reuniões, o que foi interpretado pelo mercado como um sinal de que elevará novamente a taxa em 0,5 ponto percentual na próxima reunião, em outubro.
Entretanto, a mediana das estimativas do Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções nesse período, mudou para este ano, indicando um maior aperto monetário. A projeção agora é de que a Selic encerrará 2013 a 10 por cento, ante 9,75 por cento na pesquisa anterior. Mas em relação a 2014, a projeção foi mantida em 10 por cento.
O que deve influenciar a duração do atual ciclo de aperto monetário, para analistas, é o comportamento do câmbio e da economia daqui para a frente.
O mercado aguarda agora a divulgação da ata dessa reunião, na quinta-feira, em busca de mais sinais sobre os próximos passos da política monetária.
Crescimento
No segundo trimestre, a economia brasileira surpreendeu ao crescer 1,5 por cento ante os três primeiros meses do ano, no maior crescimento em mais de três anos. Mas a atividade econômica deve perder fôlego no terceiro trimestre, podendo ficar estagnada ou mesmo mostrar retração.
A perspectiva no Focus para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano foi elevada a 2,32 por cento, ante 2,20 por cento na pesquisa anterior. Para 2014, entretanto, houve redução a 2,30 por cento, ante 2,40 por cento.
Ao mesmo tempo, o momento é de preocupação com a valorização do dólar, dado o potencial impacto sobre os preços. No Focus, os economistas elevaram a expectativa para o dólar no final deste ano pela quarta semana seguida, para 2,36 reais, ante 2,32 reais.
Diante desse cenário, os economistas ainda elevaram a perspectiva para a inflação neste ano a 5,83 por cento, ante 5,80 por cento na semana anterior. Para 2014, a projeção para o IPCA foi mantida em 5,84 por cento.
Enquanto isso, a projeção para a inflação em 12 meses foi elevada pela nona vez seguida, a 6,12 por cento, ante 6,08 por cento.
Atualizada às 9h28