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Economia global pode estar lenta, mas nunca foi tão estável

A economia global está menos volátil do que em qualquer outro período da era modernam conclui pesquisa

Economia: amostra compara a metade do ciclo comercial anterior à Grande Recessão com a metade do ciclo seguinte, ou seja, 2013 a 2016 (SXC.Hu)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de julho de 2016 às 16h37.

Não é difícil concluir que, economicamente falando, vivemos uma época turbulenta. A grande desaceleração da China . Os persistentes problemas da Europa. O Brexit .

Contudo, numa escala maior, todo esse barulho está simplesmente ofuscando o fato de que a economia global está menos volátil do que em qualquer outro período da era moderna.

Esta é a conclusão de uma nova pesquisa realizada por David Hensley, diretor de coordenação econômica global do JPMorgan em Nova York.

O trabalho de Hensley mede os desvios-padrão do crescimento do produto interno bruto trimestral anualizado dos principais mercados desenvolvidos e emergentes, mais uma seleção de regiões.

A amostra compara a metade do ciclo comercial anterior à Grande Recessão com a metade do ciclo seguinte, ou seja, 2013 a 2016.

As conclusões mostram que embora algumas grandes economias, como EUA e Japão, estejam marginalmente mais voláteis agora do que durante a reconhecidamente calma “Grande Moderação”, outras estão muito menos.

O efeito líquido é um padrão de crescimento global menos acidentado do que em qualquer outro momento de 1970 para cá.

Hensley afirma que o fato de os mercados emergentes e desenvolvidos atualmente marcharem em uma sintonia menor do que no passado ajuda a “cancelar” parte dos sinais oriundos de economias individuais. Mas há outro fator tranquilizante: os bancos centrais.

O Federal Reserve, o Banco Central Europeu e o Banco do Japão alteraram suas políticas em resposta a riscos do exterior. Se antes se concentravam puramente nas metas da inflação doméstica, agora atuam como gestores de riscos globais.

“A mentalidade é que o nível de atividade está muito abaixo do que eles desejam, por isso estão mais conscientes em relação a riscos de todos os tipos”, disse Hensley.

“As políticas dos bancos centrais têm ajudado a gerar esse resultado”.

São Paulo - "Pense em um país e um produto qualquer. Depois se pergunte: se este país não fizer este produto, em quantos outros países ele pode ser feito? Se a resposta for "muitos países", então este país provavelmente não tem uma economia complexa." Foi a partir desse conceito que surgiu o Atlas de Complexidade Econômica, mantido desde 2011 por uma equipe que inclui Ricardo Hausman, de Harvard, e Cesar Hidalgo, do MIT. Ele mede o "conhecimento produtivo" de cada país. A ideia é que lugar nenhum passa de produzir uma banana para um computador de uma vez: isso exige um acúmulo gradual de habilidades e processos coletivos. A medição é feita analisando a natureza dos produtos exportados, já que "países podem fazer coisas que não exportam, mas o fato de que não exportem sugere que talvez não sejam muito bons nelas". No caso do Brasil, a pauta de exportação é dominada por commodities como minério de ferro, soja, açúcar e petróleo, ainda que itens como carros e aviões também apareçam com pequena participação. E por que isso importa? Porque a complexidade está relacionada com crescimento e renda futuros, além de desigualdade, segundo os autores do Atlas. Conheça as 14 economias mais complexas do mundo pelos os dados de 2014:
  • 2. 1. Japão

    2 /17(Universidade de Tóquio)

  • Veja também

    Principais exportações
    Carros13%
    Partes e acessórios de veículos motorizados5%
    Circuitos eletrônicos integrados4%
  • 3. 2. Alemanha

    3 /17(Wolfgang von Brauchitsch/Bloomberg)

  • Principais exportações
    Carros12%
    Partes e acessórios de veículos motorizados5%
    Medicamentos embalados4%
  • 4. 3. Suíça

    4 /17(Divulgação / SZU)

    Principais exportações
    Ouro19%
    Medicamentos embalados11%
    Sangue preparado para uso terapêutico5%
    Relógios de pulso e de bolso5%
  • 5. 4. Coreia do Sul

    5 /17(Woohae Cho/Iht/Nyt/Latinstock)

    Principais exportações
    Circuitos eletrônicos integrados14%
    Petróleo refinado8%
    Carros7%
  • 6. 5. Suécia

    6 /17(SKF AB via Bloomberg)

    Principais exportações
    Petróleo refinado7%
    Medicamentos embalados4%
    Partes e acessórios de veículos motorizados4%
  • 7. 6. Áustria

    7 /17(Divulgação)

    Principais exportações
    Medicamentos embalados4%
    Partes e acessórios de veículos motorizados3%
    Carros3%
  • 8. 7. República Tcheca

    8 /17(Martin Divisek/Bloomberg)

    Principais exportações
    Carros11%
    Partes e acessórios de veículos motorizados8%
    Máquinas de processamento de dados5%
  • 9. 8. Finlândia

    9 /17(Henrik Kettunen/Bloomberg)

    Principais exportações
    Petróleo refinado10%
    Papel/papelão com caulim8%
    Produtos de aço inoxidável5%
  • 10. 9. Hungria

    10 /17(Divulgação/LEGO®)

    Principais exportações
    Carros10%
    Partes e acessórios de veículos motorizados5%
    Motores a pistão4%
  • 11. 10. Reino Unido

    11 /17(Jason Alden/Bloomberg)

    Principais exportações
    Carros10%
    Ouro9%
    Petróleo bruto5%
    Petróleo refinado5%
  • 12. 11. Eslovênia

    12 /17(Srdjan Zivulovic/Reuters)

    Principais exportações
    Medicamentos embalados9%
    Carros9%
    Petróleo refinado4%
  • 13. 12. Singapura

    13 /17(Justin Guariglia/Latinstock)

    Principais exportações
    Petróleo refinado23%
    Circuitos eletrônicos integrados16%
    Máquinas de processamento de dados3%
  • 14. 13. Eslováquia

    14 /17(Divulgação)

    Principais exportações
    Carros19%
    Monitores, projetores e acessórios de recepção para TV8%
    Partes e acessórios de veículos motorizados6%
  • 15. 14. Estados Unidos

    15 /17(Justin Sullivan/Getty Images)

    Principais exportações
    Petróleo refinado7%
    Carros4%
    Veículos aéreos, espaciais e de lançamento3%
    Circuitos eletrônicos integrados3%
    Turbinas3%
    Medicamentos embalados3%
  • 16. 54. Brasil

    16 /17(Germano Lüders/EXAME)

    Principais exportações
    Minério de ferro15%
    Soja11%
    Petróleo bruto8%
  • 17 /17(Thinkstock/shironosov)

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