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Economia da América Latina crescerá 4,6%

Banco de Compensações Internacionais divulga relatório anual

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h02.

Lideradas pelo forte crescimento da Argentina, as economias da América Latina crescerão uma média de 4,6% em 2006. A previsão está no 76º relatório anual do Banco de Compensações Internacionais (BIS), publicado nesta segunda-feira. No documento, a instituição internacional com sede na Basiléia (Suíça) analisa a situação da economia global desde o início deste ano e no ano passado.

"O crescimento observado nas economias emergentes desde 2002 se consolidou", diz o documento. Conforme o BIS, "o forte crescimento econômico foi acompanhado por um aumento do valor das exportações e por elevado déficit por conta corrente", o que permitiu reduzir a carga financeira da dívida externa.

De acordo com o BIS, a atividade econômica da Argentina crescerá 7,7% neste ano. A do México terá crescimento de 4%, e a do Brasil, de 3,5%. "Na América Latina, a expansão econômica se manteve intacta e a produção industrial voltou a crescer no Brasil e no México no início de 2006", diz o documento. Também observa que "Argentina, Chile, Colômbia e Peru registraram crescimentos acima da tendência".

As economias emergentes se beneficiaram de condições externas favoráveis, com uma demanda mundial forte e um acesso mais fácil ao financiamento externo, segundo BIS. No entanto, a entidade questiona "se as autoridades das economias emergentes aproveitaram adequadamente estas circunstâncias favoráveis para garantir melhorias duradouras em sua posição fiscal".

A instituição adverte também sobre os riscos inflacionários devido à volatilidade dos preços das matérias-primas e os níveis muito baixos ou negativos em que se situam as taxas de juros reais a curto prazo, apesar de "até agora a inflação ter permanecido contida". Por isso, segundo o BIS, o desafio das autoridades de muitos países "é evitar erros nas políticas monetárias que possam colocar em risco a estabilidade macroeconômica e financeira".

As previsões de crescimento da América Latina para 2006 estão sujeitas a alguns riscos, já que esta reativação depende das exportações, o que as torna vulneráveis à volatilidade das economias industrializadas e da China. Além disso, os países que receberam substancial financiamento externo podem ser afetados por mudanças na confiança dos investidores, afirmou o banco de pagamentos. Por outro lado, os fluxos líquidos de capital para a América Latina aumentaram notavelmente em 2005, sobretudo pelo investimento estrangeiro direto líquido, que chegou a 51 bilhões de dólares.

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